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- E então Gui? Vão prendê-la? – Lucas perguntava aflito enquanto o homem pálido beberica um pouco mais de seu chá verde.

- Não. Seria uma acusação sem fundamento, mas Aline ainda tem que se cuidar. A polícia sabe que é obra de apenas uma pessoa já que as assinaturas batem na morte de Tereza e Tito. O que faz Aline se livrar é que onde Vagner foi encontrado morto não há rosa nenhuma, pelo menos não encontrada pela polícia, e também seu álibi é bom e com testemunhas. Mas na minha sincera opinião, se vocês estiverem certos e existir um assassino querendo por Aline na cadeia, estou certo de que ele vai matar pessoas próximas a você indiazinha.

Engulo seco encarando meu primo.

- Como assim?

- É o jeito mais fácil de fazer a polícia acreditar. Matar pessoas próximas a ela, pessoas que pudessem tê-la irritado. Uma foi Tereza, uma amiga recente de uma garota que aparentemente não gosta de companhia. Poderia causar raiva. O segundo foi Tito, seu patrão. Fala sério, qualquer pessoa é irritada pelo patrão, faz parte em ser funcionário.

Os homens sorriem abertamente mas eu sinceramente não percebo a graça.

- Enfim... O assassino tem um padrão. Se quiser poupar a vida de seus amigos saia de perto deles. Por exemplo, Cecília pode ser a próxima vítima.

Arregalo os olhos.

- Cecília sabe se cuidar – Lucas fala com precisão – Mais alguém em mente?

Lucas não poderia estar pensando na vadia da...

- Se pensa em Nicole está errado, não totalmente, mas creio que pela lógica o assassino a matará mais tarde. Um bom palpite é o médico que foi ver ontem.

Inacreditável. Não Lucas ter contado absolutamente tudo que sabia de mim para esse amigo esquisito da polícia – que eu ainda não confio – mas sim ele estar preocupado com Nicole? Quem me dera o assassino fizesse esse favor a mim. Cedo ou tarde eu farei isso.

- Obrigado Gui. Nem sei como agradecer – Eles se levantam e se cumprimentam.

- Que isso, eu que te devo e muito. Acho que vou assumir parte desse caso e mantê-los informados.

- Nós agradeceríamos muito.

Cruzo os braços esperando meu primo e o amiguinho de despedirem e assim que o faz, Lucas entra confuso.

- Por que essa cara?

- Peocupainho com a namoada?

Lucas sorri de lado e quase deixo o assunto morrer para me perder naquela expressão perfeita.

- Ciúmes? – Ele sorri se aproximando enquanto eu levanto uma das sobrancelhas.

- Até paece.

Lucas continua sorrindo até eu empurra-lo na parede com mais brutalidade do que eu pretendia e ver seus olhos curiosos me encararem, desmanchando o sorriso de minutos atrás.

- Fiz algo errado? – Ele engole seco alternando seu olhar entre o meu e meu corpo.

- Talve...

Me aproximo ainda mais dele, apoiando minha mão na parede ao lado de seu rosto.

- Se estiver desejando pofundamente alguém que não deveia... É eado.

Ele engole seco e eu sorrio me afastando.

- Não queo ela aqui – Digo dando as costas para ele e pegando Gato no colo.

Okay. Lucas eu consigo controlar. Acabei de perceber isso. Agora preciso fazer todos agirem como ele. Se fizeram o que eu quero, talvez ninguém mais tenha que morrer.

Os Corpos de Palmas IOnde histórias criam vida. Descubra agora