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Acordo com o barulho do liquidificador alto

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Acordo com o barulho do liquidificador alto. Ele fez um novo bichano saltar da cama de meu primo e miar algumas vezes.

Saio da cama indignada com meu celular em mãos. Maldito gato! Não é o meu, é só um substituto.

Quando Lucas desliga aquela porcaria de máquina e me encara, eu lanço meu celular na bancada esperando o índio ler.

Minha língua está dormente hoje, não estou muito a fim de força-la.

- E daí que esse gato se parece com o que eu tinha te dado?

Contorno a bancada pegando o aparelho e uma faca.

Por que me deu um igual ao que morreu?

- Eu não sei Aline, eu só... – Um longo suspiro sai de seus lábios enquanto ele coloca um liquido amarelo no copo – Só achei que seria bom te dar outro gato.

Eu caminho até aquele bicho que está miando alto, um miado estridente, chato, irritante. Pego ele pelo pescoço encarando meu primo, enquanto a porcaria do animal se debate em minhas mãos.

- O que está fazendo, Aline? Se não gostou eu dou para...

Antes que ele termine a frase a garganta do animal já está cortada. Lucas faz um gesto como o de quem quer vomitar e eu largo a carcaça do animal e facas no chão, caminhando em direção a bancada. Digito o que eu quero e vou me arrumar, tenho que sair.

*Pessoas não são substituíveis. O que te faz pensar que animais são?*

 O que te faz pensar que animais são?*

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- Não precisava ter feito isso. Podia ter conversado com ele de uma forma mais tradicional.

João coloca seu bom senso de humor e situações onde não havia graça, e essa era uma peculiaridade dele que eu gosto.

*Ele está apaixonado*

- Tentar mostrar para Lucas que é incapaz de sentir algo, não fará com que ele não te ame.

*Então ele é burro*

João ri com minha frase.

- Não é assim que funciona, Aline. Nós não escolhemos sentir e o tamanho do nosso sentimento. Pode parecer confuso para você, que tem o controle de todas as suas atitudes, mas para meras pessoas como nós o amor é algo... Incontrolável.

Os Corpos de Palmas IOnde histórias criam vida. Descubra agora