Capítulo 4

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CAPÍTULO 4 - PROPOSTA.

Brooklyn acompanhou Brigitte até o local onde ela disse que iriam acontecer os exames, onde Brigitte prometeu que Brooklyn reencontraria seus amigos.

A garota esteve tão ocupada com sua menarca, que havia se esquecido que passou quase quarenta minutos chorando e que seu rosto, provavelmente, estava inchado.

Rapidamente, Brooklyn o massageou, implorando mentalmente que ele não a entregasse para os amigos que ela estivera chorando, pois não queria que os amigos imaginassem que ela estava triste e assim, acabasse com a felicidade deles de estarem em um novo lugar.

- Chegamos - Brigitte informou.

Elas estavam paradas em uma grande porta, Brigitte passou seu cartão em uma máquina que ficava ao lado da porta e essa se ergueu.

Brooklyn se viu de frente para um grande laboratório e enquanto ainda acompanhava Brigitte, a garota observou os vários outros doutores que caminhavam de um lado para o outro, carregando amostras de sangue, raios x ou acompanhando outros adolescentes.

Brooklyn avistou seus amigos a alguns metros a sua frente. Minho corria em uma máquina, Thomas, Winston e Caçarola estavam sentados em um banco e Newt em uma cadeira, de frente para os amigos, enquanto um doutor conversava com ele.

Brooklyn ignorou o fato de ainda estar sendo acompanhada por Brigitte e correu em direção aos seus amigos. Escutou quando um homem gritou:

- Sem correr por aqui!

Então parou de correr, mas já estava próxima dos amigos, que haviam notado sua presença. Newt ignorou o que o médico lhe dizia e se levantou, ao mesmo tempo que Winston, Caçarola e Thomas também se levantaram e Minho descia da máquina em que corria. Eles se aproximaram até estarem de frente para a garota, que sentiu uma enorme vontade de abraçá-los.

- Por que demorou tanto? - Newt perguntou, levemente preocupado - Estávamos preocupados.

- Eu tive um probleminha - Brooklyn respondeu, não conseguindo olhar nos olhos de Newt - Vocês estão bem?

- Estamos - Winston respondeu - Você está?

Brooklyn assentiu com a cabeça, duvidando da própria resposta.

- Newt, por favor, sente-se aqui novamente - O médico pediu a Newt, apontando para a cadeira onde ele esteve sentado minutos antes.

Newt confirmou com a cabeça e andou até o médico, se sentando na cadeira. O médico pegou uma grande seringa sobre a mesinha ao lado e a pressionou, deixando um pouco do líquido que tinha dentro pingar no chão.

- Espera aí - Pediu Newt - O que é isso?

- É só um coquetel - O médico respondeu, enquanto encarava Brooklyn - Cálcio, ácido clórico, vitaminas de A à Z, quase tudo que não tiveram lá fora.

Brooklyn não se acanhou e retribuiu o olhar do homem. Analisou seu rosto; a cicatriz que descia do meio da sobrancelha esquerda, até perto dos lábios, os olhos sombrios e maliciosos que não foram atingindo por ela, o sorrisinho desafiador que ele havia lançado a Brooklyn antes de se voltar a Newt e dizer:

- Tenta relaxar!

Brooklyn não perdoava Newt pelo que ele havia feito a Cedrico, mas, ainda mais, não se perdoava pelo fato de se importar com ele, de gostar daquele que traíra sua confiança.

Mesmo irritada consigo mesma e com Newt, a garota sentia vontade de gritar a ele para sair daquela cadeira, para não confiar naquele homem, mesmo sem saber o real motivo para isso.

Scorch Trials and Burning Love [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora