CAPÍTULO 27 - ABEL
- Alby? - Thomas perguntou.
- Sim - Brooklyn respondeu.
- Pai? - Minho perguntou.
- Sim - Brooklyn respondeu.
- O nosso Alby? - Newt perguntou.
- Qual outro Alby já conhecemos? - Brooklyn perguntou.
- De sangue? - Caçarola perguntou.
- Exatamente - Brooklyn respondeu - Foi ele quem me ajudou a entrar no Labirinto.
- É um prazer revê-los, pessoal - Abel se aproximou dos meninos e apertou de Minho - Minho, você deu uma bela dor de cabeça para o Cruel com o seu sarcasmo.
- Para todo mundo - Newt respondeu, enquanto apertava a mão de Abel.
- Newt - Abel sorriu mais ainda - Você deu bastante dor de cabeça para Thomas, depois de um tempo, quando... bom, Thomas e Brooklyn passavam por um momento delicado. Mas devo dizer que você a ajudou muito, foi um amigo para ela quando ela não tinha mais ninguém. Nem a Thomas, nem a mim.
Abel e Newt olharam para Brooklyn e a garota sentiu-se envergonhada por rápidos segundos.
- Caçarola - Abel apertou a mão do garoto - Você foi pego muitas vezes na cozinha, de madrugada, quando todos deviam estar na cama. Todos já estavam cheio de chamar sua atenção, mas Brooklyn achava o máximo, foi por isso que viraram amigos.
Caçarola sorriu orgulhoso de si mesmo e Abel se dirigiu a Thomas, então respirou fundo, mas não estendeu a mão cumprimentá-lo.
- Thomas, da última vez que nos vimos, algumas coisas aconteceram - Abel disse - Mas tem o meu perdão e imagino que agora possamos ser amigos.
- O que aconteceu? - Thomas perguntou.
Abel se virou e tossiu. Brooklyn se aproximou e o segurou, o ajudando a andar até uma cama improvisada no meio da tenda.
- Foi um pouco depois de Brooklyn ter chegado ao Labirinto - Abel informou, sentando-se na cama - Você apareceu no meu quarto, com todas as suas conclusões tomadas. Tinha certeza que eu estava envolvido e bom, você não estava errado. Disse que me mataria. No entanto, eu imaginei que era apenas o choque do momento falando por você, do mesmo jeito que eu falei coisas absurdas para Brooklyn quando você enviou Alby para a tal Clareira e ela me ajudou. Mas então, eu me lembrei que você me odiava muito antes disso acontecer.
Abel voltou a tossir fortemente, levando a mão no peito e Brooklyn tentou imaginar o quanto ele estava dolorido. A garota se sentou ao lado do amigo e deu batidinhas em suas costas.
- Por que? - Thomas perguntou e Abel respirou fundo antes de continuar:
- Naquela época, Brooklyn e você já não tinham mais tanto contato e o pouco que tinha, sempre terminava em brigas. Pudera, Brooklyn era inteiramente contra o Cruel e você... bom, por um tempo ficou meio divido. O Cruel sempre soube que mudar a cabeça de Brooklyn seria a coisa mais complicada do mundo, mas a sua não. Eles trabalharam em uma forma de te convencer que eles eram os corretos e enviaram...
- Tereza?! Que choque! - Brooklyn ironizou, notando a ausência da garota - Eu me lembro disso também. Eu não deixei de falar com Thomas por opção, não falava com ele porque ele não tinha tempo para mim, só para ela e para o Cruel. Não é atoa que eu nunca gostei dela, desde a primeira vez que eu a vi na caixa.
- De qualquer modo, os meses iam passando, mas o seu ódio por mim não - Abel continuou - Tentei conversar com você, virar seu amigo, mas não consegui. Então, acidentalmente, na hora do almoço e no meio do pátio, você deixou escapar que fui eu quem enviou Brooklyn para o Labirinto. Um agente do Cruel que, desde o ocorrido, queria encontrar um motivo para retribuir o acidente que havia acontecido com ele e Brooklyn, teve sua permissão e me furou com uma agulha infectada com o fulgor.
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Scorch Trials and Burning Love [2]
Teen FictionNem todos haviam saído da Clareira, nem todos haviam sobrevivido ao labirinto e Brooklyn sentia muito por isso. Ela estava desapontada consigo mesma, por deixar isso acontecer, mas havia escolha? Para ela não, mas para Newt sim e ele havia escolhido...