Capítulo 23

6.6K 675 650
                                    

CAPÍTULO 23 - CARTA

O salão do prédio era iluminado por poucos raios de luzes, que vazavam das madeiras e lonas presas nas janelas. A música era envolvente e muitas mulheres e homens se remexiam sensualmente. Brooklyn quase se juntou a eles, mas se lembrou do real motivo para entrar.

- Precisamos nos separar - Brooklyn informou - Vamos procurar pelos outros.

- Eu vou para esquerda - Brenda disse.

- Certo - Brooklyn respondeu - Vou para direita.

- Parece que eu vou procurar por aqui - Thomas disse.

Poucos passos depois de ter se afastado, Brooklyn sentiu o corpo mole e tudo ao redor pareceu ficar distante, até mesmo o som. Trazendo a ela a sensação de calor e anestesia, fazendo a garota não ter muita força e controle sobre si.

Quanto mais se afastava, mais sentia que devia voltar. Havia alguma coisa errada e não havia nenhum sinal dos meninos. Ela iria voltar para Thomas e Brenda e eles sairiam desse lugar. Brooklyn se virou e se deparou com Chuck a sua frente, a blusa, na altura do peito, manchada de sangue.

- Chuck! - Brooklyn murmurou baixinho.

- Isso aconteceu comigo por sua causa! - Chuck disse a ela, enquanto o sangue escorria pela boca e tom de voz aumentava a cada palavra - Sua causa! Devia ter dito algo! Devia ter chamado Gally! Eu morri por sua culpa, Brooklyn! Todos nós!

Brooklyn, com medo, se virou para correr de Chuck, mas então se deparou com Alby, o moreno estava com as marcas da garra mecânica do verdugo, na altura das costelas.

- Você fez isso comigo! - Alby gritou para a menina - Foi você que me colocou naquele maldito labirinto, Brooklyn!

- Não, Alby... - Brooklyn não tinha forças nem para falar.

A garota se virou para o lado e se deparou com a imagem de Winston, o garoto tinha sangue escorrendo pelas laterais da cabeça, onde Brooklyn imaginou ter sido o local por onde a bala passou e a barriga estava tão horrível quanto antes.

- Você deixou que isso acontecesse comigo! - Winston disse - Deixou que eles me dessem a arma e deixou que eu atirasse na minha própria cabeça!

- Winston...

Brooklyn virou para o lado oposto a Winston e se deparou com Cedrico. O garoto estava limpo, sem nenhum arranhão ou marca de sangue, enquanto encarava Brooklyn silenciosamente.

- Por favor - Brooklyn pediu chorando e caiu sobre os próprios joelhos  - Me desculpa, Drico, por favor...

Cedrico levou as mãos na altura do peito e segurou o seu colar. O colar que agora pertencia a Newt.

A imagem de Cedrico foi ficando desfocada, a respiração ficava pesada e tudo o que Brooklyn queria era apenas dormir.

- Brooklyn! - A garota escutou uma voz distante a chamar - Brooklyn!

Newt atravessou a imagem de Cedrico se ajoelhou ao lado de Brooklyn.

- Newt! - Brooklyn disse grogue, apertando os braços do menino para se certificar se ele era real.

Quando Brooklyn afirmou que o garoto era mesmo de carne e osso, o agarrou pela nuca e o puxou para um beijo. Ela o invadiu com a língua, enquanto puxava o cabelo do garoto e ele a segurava fortemente pela cintura.

Eles se separaram por falta de ar e pela zonzeira de Brooklyn e quando olharam para o lado, Minho e Caçarola os encaravam boquiabertos.

- Desde quando? - Caçarola perguntou, contendo uma gargalhada.

Scorch Trials and Burning Love [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora