CAPÍTULO 22 - FESTA
Os três pularam pelo buraco, se deparando com túneis.
- Eu vou na frente - Brenda informou e entrou pelo túnel ao lado.
- Fica perto de mim - Brooklyn falou para Thomas, estendendo a mão para ele - Vou te ajudar com a lanterna.
Apesar do gesto, Thomas sabia que Brooklyn ainda estava magoada com ele sobre o fato de querer abandonar Winston.
- Mora gente aqui? - Brooklyn perguntou a Brenda, depois de terem virado pela quinta vez.
- As tempestades solares obrigaram as pessoas a se esconderem no subsolo - Brenda respondeu - O Jorge disse que há acampamentos por todos esses túneis.
- O Jorge é seu pai? - Brooklyn perguntou.
- Quase isso - Brenda respondeu - A verdade é que eu nem sei bem o que ele é. Ele sempre esteve ao meu lado e eu sempre fiz o que ele me pediu, até as maiores burrices.
- Acha que o braço direito não é real? - Thomas perguntou e eles escutaram ruídos de Cranks atrás deles.
Brooklyn iluminou o local, enquanto involuntáriamente apertava a mão de Thomas.
- Acho que esperança é uma coisa perigosa - Brenda respondeu, enquanto voltavam a anda - Esperança já matou mais amigos meus do que o fulgor e o deserto juntos.
Brooklyn se lembrou de sua vida na Clareira, como todos viviam a base de esperança e o que aconteceu a seus amigos. Como vivem agora e o que continua a acontecer com eles.
- Droga! - Brooklyn ouviu Brenda murmurar.
A garota levantou a cabeça e se deparou com outros seis túneis e ficou visível que Brenda não sabia por qual ir.
- Ei, Brooklyn - Thomas chamou e a garota apenas murmurou em resposta - Desculpa eu ter me comportado daquela maneira sobre Winston. A minha intenção nunca foi abandoná-lo para eu conseguir chegar aqui... Foi para que você chegasse.
Brooklyn o olhou.
- Thomas, eu estou cansada! - Brooklyn disse - Estou cansada de perder meus amigos e não poder fazer nada! Foi o Cruel e sempre o Cruel que nos obrigou, indiretamente, a abandoná-los e agora que não estamos mais nas mãos dela, temos que insistir em manter os meus amigos vivos! Era só isso que eu queria fazer!
Thomas abraçou Brooklyn fortemente e a garota retribuiu o abraço, sentindo o calor do Thomas aconchegá-la.
- Pessoal, vem dar uma olhada nisso - Brenda disse em um dos túneis.
Brooklyn e Thomas se separaram e a seguiram. Brenda iluminou as paredes do lugar, mostrando os que pareciam ser raízes. O cheiro podre se intensificando cada vez mais. Eles escutaram o barulho de um Crank vindo de um cano na parede e ficaram imóveis, enquanto o barulho aumentava cada vez mais, no fim, revelando ser um rato, que caiu no chão.
Brenda o chutou para o lado e o rato correu na direção contrária a eles, até que uma mão o agarrou e do meio de um monte de raízes, um Crank, tão pode e desnutrido quanto todos que Brooklyn já havia visto, comeu a cabeça do rato. Outros cinco Cranks apareceram do meio das raízes, em começaram a brigar pelo rato. Thomas, Brooklyn e Tereza se viraram para correr e se deparam com um Crank a pouco passos deles.
Brooklyn chutou as pernas do monstros que caiu no chão e o três passaram por ele. Ao olhar para trás, Brooklyn reparou que eles haviam conseguido a atenção dos outros Cranks.
- Vai! Vai! Vai! - Thomas gritou.
Eles correram por outro túnel, sendo seguidos pelos monstros. A escuridão do túnel foi clareada pela luz do sol, conforme eles se aproximavam de uma possível saída, quando Brooklyn e Thomas notaram se tratar de um penhasco, ambos frearam a tempo, parando quase na ponta do penhasco.
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Scorch Trials and Burning Love [2]
Подростковая литератураNem todos haviam saído da Clareira, nem todos haviam sobrevivido ao labirinto e Brooklyn sentia muito por isso. Ela estava desapontada consigo mesma, por deixar isso acontecer, mas havia escolha? Para ela não, mas para Newt sim e ele havia escolhido...