Capítulo 8

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CAPÍTULO 8 - SEGREDOS

Logo que saiu da sala de Brigitte, a garota se deparou com um guarda a sua espera. Ele a avisou que ela teria de fazer uma série de exames até a hora do almoço e Brooklyn o seguiu.

Depois de duas horas e meia de exames de sangue, raio-x e de ter que contar detalhadamente como era morar na Clareira, Brooklyn foi dispensada. Foi acompanhada por um guarda até o refeitório, onde se encontrou com Winston, Caçarola, Minho e Newt.

A garota pegou uma bandeja com comida e se sentou entre Winston e Caçarola, de frente para Minho e Newt (e Cedrico), mas enquanto comia e conversava com os amigos, o ignorou os dois últimos.

- E Thomas, onde está? - Brooklyn perguntou, finalmente notando sua ausência.

- Deve estar fazendo alguns exames - Winston disse, dando os ombros.

- Ou só evitando a gente - Minho disse com desdém - Engraçado como, rodeado de novas pessoas, aquele mértila se esqueceu dos amigos.

- Como assim? - Brooklyn perguntou.

- Hoje, no café da manhã, ele nem olhou pra gente - Caçarola respondeu - Se sentou com aquele garoto que está aqui a mais tempo e quando o chamamos, nos ignorou.

- Mas aí o horário do café da manhã acabou e fomos todos para cada lado, fazer exames - Winston completou - E não conversamos com ele.

Brooklyn sentiu o coração se apertar. E se ele recebera a mesma proposta que ela, sobre se lembrar do seu passado e para isso, esquecer os amigos? E diferente dela, Thomas ter aceitado?

Brooklyn tentou imaginar o garoto dizendo "sim" e com qual emoção e determinação Thomas havia demonstrado. O garoto, desde quando chegara a Clareira, foi o que mais demorou a abandonar a ideia de tentar se lembrar do passado.

Brooklyn sentiu-se magoada, Thomas foi um dos motivos para ter negado a essa proposta, mas ele havia pensado nela? Em Winston? Caçarola? Minho? Newt? Até mesmo em Tereza?

Depois de terem terminado de almoçar, guardas vieram chamar a Minho, Newt e ela.

Winston e Caçarola já haviam feitos todos os exames e como os enfermeiros disseram a eles, era só esperarem para serem chamados para ir para casa.

"Nós somos a casa um do outro", Brooklyn pensou em dizer, mas achou que estaria sendo dramática demais e por isso se manteve calada.

Quando Newt percebeu que Brooklyn iria para um caminho diferente dele e de Minho, o garoto segurou levemente seu pulso, a puxando para parar de andar e o olha-lo.

- Brooklyn, anda me ignorando? - Newt perguntou e Brooklyn assentiu com a cabeça. Minho e os guardas continuavam andando. - Me desculpa...

Brooklyn sabia que Newt havia entendido o motivo para ignorá-lo: Cedrico!

- Newt – A garota sentiu a garganta coçar ao pronunciar seu nome - Eu não consigo olhar para você e não me lembrar do que aconteceu no labirinto.

Brooklyn não mentiu ao dizer isso. Por mais que tentasse, a imagem de Cedrico atrás de Newt nunca melhoraria e todo aquele sangue pelo seu corpo a faria lembrar do labirinto e não dos momentos bons que teve com o melhor amigo, como ela gostaria que fosse.

Newt assentiu, engolindo o seco e Brooklyn voltou a seguir Minho e os guardas.

A garota foi levada para uma sala e quando entrou nela, se deparou com Thomas, sentado, com as mãos sobre a mesa no centro da sala.

Brooklyn ficou surpresa, ela admitira pra si mesma. Thomas parecia pronto para conversar formalmente com ela, como todas as pessoas que trabalhavam nesse lugar faziam.

Scorch Trials and Burning Love [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora