22: Só uma nerd.

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Annabeth sorria no avião como uma idiota, só de pensar no que a aguardava lá em baixo. Quando desceu e viu seu nome em um lindo cartaz correu para o encontro do homem que o segurava. Ele sorriu.

— Você é meu pai? — sua voz inocente questionou.

— Sou e você deve ser Annabeth?

— Sou — Então ela o abraçou, fazendo ele se desequilibrar de surpresa.

Ela andou com ele até onde descarregavam as malas e pegou suas mochilas, seu pai segurou a mala e logo estranhou. Ela só ficaria 1 mês com ele, mas aquelas malas, para uma criança de 12 anos, pareciam ter uma tonelada.

— O que tem aqui? Pesos de ginastica?

Ele abriu a mochila com violência, se deparando com uma pilha de livros.

— São só meus livros, mamãe disse que já que vou ficar tanto tempo aqui, deveria ter algo produtivo para ocupar a mente. Acho que ela está certa, de qualquer forma, esse são meus deveres de casa mesmo.

— Meu Deus! Livros sobre raiz quadrada para uma menina da sua idade? Isso deveria ser crime! — ele resmungou — Bem a cara da sua mãe — falou com um tom de deboche, algo simples, mas que foi o começo de uma grande mágoa. Annabeth se sentiu ofendida de imediato, mesmo que naquele momento não entende-se muito bem o que aquela acidez poderia causar.

— Não leio isso só porque minha mãe pede, leio isso porque gosto. Sou o que chamam de superdotada, tenho um grau muito maior de inteligência e memória que a maioria das crianças, Tenho um pequeno grau de autismo. Quando tinha 5 anos, fazia deveres das crianças grandes. Só não estou em uma turma maior, porque seria muito pesado para eu ter que me acostumar com as crianças grandes que geralmente são más comigo e porque gosto de ficar com meus amigos. Se não fosse isso, estaria estudando em casa com um ensino do meu nível. Não sabe nada de mim, não tente julgar minhas ações somente pela minha idade.

Seu pai só conseguiu raciocinar alguns minutos depois pensando: essa garota com certeza é filha de Atena. Nunca virá alguém da sua idade falar daquela forma tão agressiva e forte. Era um adulto em forma de menina e isso era tremendamente perigoso.

***

Os dias passaram rápido, Annabeth a cada momento se sentia mais sozinha. Seu pai ia trabalhar e só voltava a noite e sua madrasta era, no mínimo, irritante para ela. Não gostava que a menina se aproxima-se dos filhos pequenos, a achava estranha, principalmente por carregar consigo sempre um livro de baixo do braço; era rude e chata, quando dirigia a palavra a menina.

Um dia, Annabeth resmungava tarde da noite com o livro em mãos e a luz ligada. Odiava aquele livro com todas as suas forças, o jogou no chão só de raiva, mas se arrependeu. Todos estavam dormindo, seus irmãos dormiam pesado, mas a peste da madrasta dormia bem leve para poder ouvir o marido chegar, tomara que não o barulho não tenha acordado ninguém. Minutos depois ouvi uma batida na porta, o coração de Annie acelerou.

— Sou eu, Frederick, posso entrar? É que ouvi um barulho. — ele gritou atrás da porta

— Pode.

Ele abriu e olhou para Annabeth, a menina estava com um olhar assustado e mirava seu rosto e o livro jogado ao chão. Ele pegou o livro com curiosidade, era um livro de história, de dificuldade bem média para os livros em que lia.

— Problemas no paraíso?

— Não sou boa em história, ou geografia. Um pouco de ciências me confunde também.

— Se é uma matéria difícil para você porque não se foca nas que aprende rápido?

— Porque assim nunca serei a melhor, se tenho uma dificuldade não vou ignora-la vou enfrenta-la e pronto! Não sou fraca para só me garantir em matemática tenho que me garantir em tudo e superar expectativas.

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