24: Gosto do meu eu quando estou com você.

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Annie estava triste aquele dia, em seu rosto não havia expressão alguma, foi para a escola sem nenhuma animação, o fim de semana estava chegando, mesmo assim nada a motivava. Naquela manhã mais uma vez seu celular tocou, ela quase não mexia no celular, porque era realmente difícil para ela conseguir manter um celular sem que alguém rackeie sem que ela note. As pessoas tem ficado cada vez mais desesperadas por noticias. Mas ela, mesmo assim, mantinha um celular escondido, com o sentimento de que com ele, ela até poderia ser uma garota normal.

Mas naquele dia, ele novamente fez aquele som infernal e ela de novo o recusou, o som de chamada, o som de seu pai tentando manter contato. A mais de meses que ele tenta sem sucesso ligar para ela. E Annie sempre recusou, com medo do que ele tinha a tratar, ela não queria nada com aquela família, nada! Mas sempre que aquele telefone chamava, um frio na espinha era sentido e ele nunca parava de tocar, toda a semana, pelo menos uma vez, ele tentava ligar para ela. E por muitas das vezes ela se sentiu tentada a atender, no mesmo momento o recusando com louvor!

Annabeth então, depois de ver mais uma tentativa furada de seu pai, se sentiu extremamente irritada com a insistência dele, e com sua curiosidade de saber do que se tratava as ligações. Entrou na escola calada, mal falou com todos que se afastaram sabendo que quando ela agia assim era melhor se manter longe. Até mesmo Thalia e Luke que tinham conhecimentos das crises e geralmente ficavam perto dela mesmo assim preferiram se manter longe para evitar transtornos. Ela não foi ao almoço e preferiu ficar em seu lugar preferido que era a árvore perto da entrada da escola, sentada para o lado do muro.

— Annie? — Percy a chamou, ela logo o olhou assustada.

— O que faz aqui? Não quero conversar Percy, me deixe em paz.

— Eí, não precisa da sua proteção comigo, vamos se quisesse mesmo que ninguém de incomoda-se, não estaria nem deixando eu falar contigo. Já teria me mandado para bem longe, antes mesmo de eu chegar perto.

Ela somente desviou o olhar

— Me fala o que tu tem?

— Meu pai tem me ligado muito e eu tenho medo do motivo para isso. Não é como se ele algum dia ligou para mim e eu não sei como acabar com isso, com esse sofrimento. Percy, não quero ter nada a ver com aquele homem, nada! Eu só fico com raiva de mim mesma por querer atender ele! Depois de todos esses anos eu ainda consigo ser fraca dessa forma.

— Porque não simplesmente cede? — Ele perguntou, Annie ficou chocada. — Não significa que tem que perdoa-lo ou que precise simplesmente esquecer. Mas atende-lo pode te dar a chance de matar todo esse seu rancor. É muito estranho que ele te ligue depois de tanto tempo, talvez devesse simplesmente atende-lo e descobrir o porque. Para ele querer falar contigo, deve ter um motivo bem cabuloso.

— Vou pensar no caso...

— Annie, tudo bem não perdoa-lo mas você precisa deixar isso para trás, precisa deixar a dor ir embora e não ficar receosa com todos que conhece somente por causa de alguém que magoou você precisa superar isso e viver sua vida sem medo.

E com uma dor no coração, pela primeira vez ela deu o braço a torcer.

— Eu sei...

— Sabe Annie, as vezes a força não é ser sem sentimentos ou simplesmente alheia a tudo e se proteger de todos como um escudo intransponível, sempre demostrando força sem igual. As vezes ser forte é enfrentar seus próprios desafios sem perder a habilidade de ser humano, é saber lidar com seus sentimentos sem acabar destruindo-os e os excluindo de sua vida.

— Mas doí, Percy. Doí muito, só de pensar que tudo pode acontecer novamente... eu só não quero que doa mais, só quero nunca mais sofrer.

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