35: A imundice do submundo.

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Aviso! Música na mídia é pesada, se vc se sentir incomodado pare de ouvir. O MESMO VALE PARA O CAPÍTULO! Se em algum momento sentir que vai te fazer mal, pare a leitura. O capítulo pode ter cenas perturbadoras para alguns, cuidado. 

***

— Isso é desumano! — A voz de Pan se fez presente, mas naquele momento ele não era Pan, pai de Grover, melhor amigo de Poseidon e um grande policial em ascensão. Ele era Jaiden, um cara envolvido na maior facção dos EUA que era comandado por Cronos e Gaia Titãs, claro que ninguém realmente podia confirmar isso. 

Jaiden estava assustado, em sua visão havia umas 40 crianças, meninas e meninos, sujos, pobres, acabados e morrendo de fome num caminhão pronto para os levar para outros países, onde seriam vendidos. Existia também, em um dos cantos daquele galpão imundo, várias mulheres prontas para vender drogas e se vender pela aquela facção. Sem realmente quererem, a maioria vinha de um daqueles caminhões trazidas de todos os lugares do mundo achando que ganhariam dinheiro e uma vida digna ao viajar a procura de emprego. Triste engano. 

— Cala a boca, Jay. Tu não quer crescer na facção? Então vai ter que fazer o que eu mandar! — A voz irritante de um homem se fez presente, ele era um capanga comum, cego pelo dinheiro. — Vamos, não é difícil, tudo o que tem que fazer é ensinar essas crianças a obedecerem. Vou te mostrar. 

Ele pegou um menino de aparentemente doze anos, o menino chorava gritando pela mãe, não queria de jeito nenhum entrar naquele caminhão que o levaria para o inferno. O homem nojento, segurou o menino pelos seus cabelos longos e o jogou longe, o fazendo bater a cabeça numa pilatra proxima, então se aproximou segurando o rosto do menino que gemia de dor. 

— Fica quieto ou eu te arrebento garoto. Não precisa ter medo, vamos achar uma nova família pra você — o homem sorriu — Só não prometo que sua família não vá fazer pior que eu. 

Pan sentiu nojo, uma vontade imensa de vomitar quando viu aquele caminhão dar partida, queria pegar a arma que estava em seu bolso e atirar naquele homem, atirar em todos e depois salvar todas aquelas crianças e jovens que estavam naquele galpão. Não ia adiantar muito, ele ia ser morto e depois mais crianças e jovens voltariam para aquele lugar e teriam o mesmo destino, enquanto Gaia Titãs e Cronos vivessem, aquele mundo iria continuar, talvez mesmo que eles morressem, alguém como aquele nojento homem iria os tomar o lugar. 

Tudo era um grande circulo de maldade que ligava o submundo ao mundo normal, interminável, implacável e cruel. Jaiden se sentia imensamente sujo. 

*** 

— Você só precisa mata-la — Um dos homens falou — Vamos, se mata-la irá ganhar a tua tão almejada promoção. 

Jaiden olhou para a menina amarrada ao poste, ela era bonita, tinha em torno de 19 anos e tinha um corpo estrutural. Era prostituta, ligada a gangue e trabalhava tanto vendendo drogas quanto armas e, é claro, a si mesma. Todo dinheiro ia para a gangue e em troca ela tinha roupas e comida na mesa. Ela tinha um filho, ele já havia o conhecido, era um menino jovem de 6 anos que mal sabia falar.

Aquela jovem estava ali, amarrada ao poste e tremendamente ferida porque havia traído a facção ao tentar fugir junto a um dos seus clientes, com certeza, ela estava tentando salvar ao filho ao pedir ajuda a um cliente e tentar fugir. 

— Vamos! Não tenho o dia todo, essa nojenta tem que morrer! — Outro capanga que observava a cena gritou. 

Ali estava Pan, segurando uma arma, apontando para aquela pobre mulher. A mulher por um momento olhou em seus olhos e viu bondade, ela sorriu, aquele homem tinha pena dela, poucos realmente tinham pena. Ela pediu que ele chegasse perto.

Ele se aproximou e apontou sua arma para seu peito, onde sabia que se atirasse ia ser fatal e ouviu ela suspirar em seu ouvido: 

— Não tenha pena, ele está bem é isso que importa. Seja um bom policial e salve minhas amigas.

Ele atirou, o som da arma se fez presente, ele queria chorar, era bondoso demais para viver esse mundo tão caótico, aquela mulher morreu para salvar o filho, morreu para que sua criança tivesse um destino diferente do seu.

Pan não deixou de pensar que faria o mesmo se Grover estivesse em perigo, por isso engoliu o choro e o ódio e disse:

— Pessoas nojentas como ela devem morrer, agora eu entendo. 

— O que ela suspirou pra você para te deixar tão nervoso? — Um dos homens riu — Bom, pelo menos agora parou de ser um fracote, vamos ver até onde vai subir. 

Ele iria até o topo e destruiria tudo até que não sobrasse nada, o ódio o inundou, ele tinha que destruir tudo, nem que morresse para isso, pela aquela menina que ele mesmo matou e por toda as outras que ainda estavam vivas e lutando para sobreviver, ele realizaria seu desejo, ele salvaria aquelas pessoas perdidas como a jovem que morreu e a criança que entrou no caminhão. 

Nem que seja o última coisa que ele faça, ele mataria Cronos e Gaia Titãs. Espero que me perdoe, filho. 

***

Deu aquela dor no coração né? Gente eu odeio esse capítulo com todas as minhas forças, pois é tão real e cruel... Tenho um pouco de tristeza ao escreve-lo, mas ele é importante e bem chocante, espero que tenham gostado. 

Estamos chegando a 9k, não se esqueçam que ao chegar a 10k teremos surpresas vindo! Tenho certeza que vão amar o que preparei para vocês. Vamos divulgar, votar e chamar os amiguinhos para ler, estamos perto dessa linda realização :) 

Gente, a primeira a comentar foi a @mariamariguela que deve estar com o coração acabado depois desse capítulo... A segunda foi a @Yissaddy, gostou do capítulo de hoje?

Ps: próximo capítulo vai fazer muitas pessoas chorarem de alegria e gritarem muito, prometo. Só dou uma dica: Percabeth <3 

Até domingo pessoal.


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