41: O egoísmo mata.

1.1K 93 77
                                    

Bianca estava arrasada, havia 1 mês que sua mãe morrerá, seu pai nunca parava em casa e sobrava para ela cuidar de Nico que parecia um fantasma, não comia, não dormia, não vivia, ela por si só já estava destruída, queria espaço, queria respirar, queria sobretudo sua mãe. Ela tinha 13 anos e tinha que lidar com a morte da mãe, a falta de presença do pai e ser mãe\irmã de seu irmão de 12.

Ela era egoísta ao ponto de pensar em fugir, queria ir para um internato, para outro país qualquer lugar longe das inconstâncias da sua vida, a verdade, ela era uma criança que não conseguia lidar direito com o que sua vida se tornou.

Todos os dias tinha que obrigar Nico a ir a escola, a comer, tinha que contar histórias para Nico, brigar com Nico por mal comportamento que tinha na escola, fazer o lanche de Nico, ficar de olho em Nico. Tudo na sua vida era Nico, Nico e Nico. Não teve tempo de nem ao menos respirar e superar a morte trágica da mãe. Ela precisava respirar por isso juntando todos esses motivos, ela pensou em uma desculpa boa o bastante para se afastar de Nico.

"Qual é!" Era o que pensava, "ele precisa acordar, voltar a vida, ele tem quase a minha idade! Já está na hora dele voltar e encarar a vida. Eu tenho mimado ele demais, está na hora dele acordar e ver a realidade!"

Por isso, pediu ao seu pai que a matricula-se em uma escola bem longe dali, aquela casa nova dava nojo a ela, era diferente nada parecida com o lar que vivia feliz com a sua mãe, lar que agora só fazia parte de seus sonhos mais profundos. Chamou seu irmão para conversar e soltou logo:

— Vou embora. — Nico se assustou, arregalhou os olhos prestes a chorar, em sua mente era como se ela nunca mais fosse voltar, como sua mãe. — Eu sei que você está triste agora, mas vai ser bom para você sem mim. Vai crescer e superar tudo está na hora de acordar Nico.

— Por favor, não me deixe como a mamãe, por favor fica comigo, eu prometo ser bom e comer tudo, faço qualquer coisa só não me deixe sozinho de novo. Não quero ver as sombras novamente, não quero! Não quero!

Nico se debatia, chorando.

— Para Nico! Para!! Eu não vou embora pra sempre eu vou voltar, nós feriados, aniversários e nas festas, não vou embora pra sempre, é só por um tempo.

— Minha mãe também disse que ia voltar, que está logo atrás e ela não estava. Você também não vai, eu sei que não.

— Para Nico! Mamãe morreu, eu estou viva ainda, vivinha da silva. Não vou morrer tão cedo e quando prometo algo eu cumpro, sempre cumpro. Para de ser chorão, acorda!

— Você que é feia! Egoísta e má. Vai me abandonar como todos fazem, sem nem olhar para trás. Vai mas não volte nunca mais! Nunca mais!!

Nico gritou a expulsando do quarto, chorou a noite inteira, tanto Nico como Bianca e quando Bianca se foi ele nem ao menos saiu para olhar, seus olhos negros e brilhantes perderam totalmente o brilho infantil, ele acordou mas acordou sem coração algum e cheio de ódio e mágoa por dentro.

Assim como pediu, Bianca nunca voltou para casa, nem nos feriados, nem nos aniversários muito menos nas férias. Nico se permitiu esquecer da irmã e cada dia mais se afundou na tristeza e dor chegando ao ponto alto de sua depressão.

***

— Nico, acorda! Nico.

O menino de agora 14 anos abriu os olhos aos poucos, olhando ao redor se viu numa maca e olhando em seu corpo viu vários curativos, por um minuto não sabia o que aconteceu, mas quando sua mente voltou a funcionar se lembrou do que o fez está aqui. Havia tentado se matar...

Só não afundou o canivete em seu coração porque desmaiará pelo sangue e em seus devaneios viu sua mãe, dessa vez não em um pesadelo em que via novamente sua morte, mas um sonho em que ela dizia sorrindo " não morri para que desperdiça-se sua vida, viva meu bebê, viva o que não pude viver". Mesmo que sentisse no fundo do seu coração que não conseguiria, foi essa visão que o deu forças para abrir os olhos mais uma vez.

— Nico, finalmente! — Foi abraçado por uma voz feminina desconhecida, olhando para os seus cabelos logo reconheceu, era sua irmã, era Bianca — Por favor, me perdoe Nico, não faça isso de novo, fiquei com tanto medo!

— Não é como se preocupa-se muito, onde estava nesses últimos anos, se divertiu enquanto eu sofria?

— Não fala assim...

— Não seja hipócrita, Bianca, você some por anos sem nem dar noticias, ai volta dizendo que se importa comigo? Se se importa-se como diz não teria me deixado quando viu que eu estava sofrendo, mas que seja não preciso de você, vai embora, volta pra sua vida de princesa, bem longe da sua família.

— Não vou embora, não mais, voltei para ficar Nico, vamos recomeçar, por favor, me dê uma chance!

— Não. Agora posso dormir? Estou cansado de ouvir sua voz. 

***

Porque estou postando no sábado? É simples, hoje é aniversário do nosso amado Percy!! Claro, que eu não iria deixar de comemorar com vocês, então estou postando o capítulo adiantado para vocês aproveitarem e chorarem um pouco. 

Espero que tenham gostado da surpresa! <3 

A primeira a comentar foi a @CamilleVitria e a segunda foi a nossa amada @mariamariguela, então minhas meninas, o que acharam do capítulo dessa semana? Choraram bastante?!

Até domingo pessoal, espero vocês na semana que vem. Não se esqueçam dos desafios e de dar parabéns ao Percy, nosso amado lerdo. 

Olimpus Family IOnde histórias criam vida. Descubra agora