59: Deixa eu te contar a verdade?

1K 83 32
                                    

 — Vai voltar para casa? — A pergunta foi dia na manhã seguinte, Annabeth estava sentada na beira da cama, colocando sua camiseta enquanto tentava fazer Percy se levantar.

— Eu não sei se consigo voltar lá...

— Vai conseguir, precisa se levantar, foi legal fugir e tal, mas precisa enfrentar tudo isso e não fugir sempre que se sentir ameaçado ou com medo.

— Eu sei, eu só, não quero enfrenta-la ainda...

— Ela deve estar preocupada Percy, precisa ir até lá e encontrar as respostas que procura.

— Eu sei, mas depois ok? Quer tomar um banho de praia?

— Não vai conseguir fugir pra sempre — Ela encarou seu rosto, mas ele somente tinha um olhar fechado — Vamos logo.

Ele sorriu e a puxou para fora da cabana. Ela sorriu entrando com ele na água, estava gelada e Percy começou a rir vendo Annabeth trancar os dentes de frio.

— Já quer sair? — Ele riu vendo ela endurecer o olhar. Parou de rir imediatamente quando ela pulou pra perto dele e tentou o afogar na água, ele prendeu a respiração e se soltou dela ficando a baixo da água mesmo ela o soltando e tentando achá-lo.

— Percy! Onde você está? Não tem graça! — Ela gritou.

Percy se segurou para não ir e foi mais fundo na água, Annabeth se mexia na água tentando achá-lo e ele somente prendia a respiração vendo ela o procurar, foi para trás dela e apareceu a dando um susto.

— Seu idiota! — Ela tentou xingar e começou a rir quando viu Percy um uma pequena alga no cabelo, sem ele notar. — Cabeça de alga idiota.

Percy ficou confuso mas botou a mão na cabeça sentindo a alga cair. Ele começou a rir, gargalhando ele empurrou Annabeth que começou a gargalhar jogando água nele. Estavam relaxados e felizes e riam alto brincando um com o outro, para depois se unirem em um beijo salgado e delicioso.

***

Era de tarde, Percy deixou Annabeth na esquina de casa, por medo dos fotógrafos o verem e seguiu para sua casa. Ainda haviam alguns papparazes na porta, mas ele contornou pela porta de trás do apartamento. Ficou parado na porta por alguns minutos, quase tocando a maçaneta mas sem coragem de abri-la e no fim, respirou fundo e abriu a porta do apartamento. Dando de cara com sua mãe sentada no sofá dormindo como se espera-se alguém a qualquer momento.

O barulho da porta se abrindo a acordou e ela tomou um susto ao encarar o rosto de seu filho. Correu para abraça-lo mas inconscientemente ele se afastou. Sally abaixou o olhar para o chão.

— Porque? Por que mentiu para mim? — O som da voz de Percy foi suspirante e baixo, se controlando para não desabar ali mesmo. Não era tão fácil quanto pensará que era encara-la depois de tudo. 

— Eu posso explicar — Ela o encarou tremendo um pouco.

— Então explica! — Ele gritou e depois botou a mão na boca assustado por sua própria reação, respirou fundo e continuou — Me explica porque acreditei a vida inteira que meu pai tava morto e um dia eu acordo e descubro que estou em todas as revistas do mundo como filho de um rico mimado! Me explica porque deixou que minha vida toda fosse uma grande mentira.

— Meu menino.. — Ela desabou a chorar vendo os olhos de Percy se tornarem nublados pela raiva.

— Eu te amo tanto, não ligo pro Poseidon, se tivesse me falado que ele tinha me abandonado eu não ligaria. Por que preferiu mentir para mim que eu tinha um pai morto. Porque não me contar a verdade? Se não tivesse aparecido nos jornais, algum dia eu saberia disse? Tudo que contou sobre meu pai era mentira não era?

Olimpus Family IOnde histórias criam vida. Descubra agora