55: Eu preferia que estivesse morto.

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Poseidon estava com os olhos vidrados na janela a horas, seus pensamentos estavam confusos e seu coração doendo. O que faria? Será que algum dia seria perdoado? Ele sabia que não.

Olhava para seus dedos levemente tremendo, estava realmente muito nervoso. Quando a porta foi aberta dando de cara com o alvo de suas perguntas, ao olha-lo, ele sentiu seu coração disparar, aquele olhar perdido, aquele momento em que ele simplesmente notou o que fez com aquele pobre menino.

Ele mostrava tão perdido, como se o chão em seus pés tivesse sumido, ele estava no mais profundo tártaro, seu filho, que ele havia abandonado, aquele em que ele sempre sentiu falta, que amava incondicionamento, que deixou para trás pois sabia o quanto era podre e que só ia machuca-lo, estava de volta e com uma ferida que talvez jamais se cicatrizaria e era por culpa dele.

— Porquê? — Ele perguntou, mas Poseidon também fazia essa pergunta. Porquê? Ele foi longe demais, talvez, tinha motivos, mas mesmo assim... Porquê? Ele não tinha o direito de machuca-lo tanto assim, seu precioso Percy, o único que nunca foi maculado por sua sujeira, o único a nunca precisar entrar na nojeira que era sua família, Poseidon o protegeu por tanto tempo para somente no final destrui-lo da pior forma possível.

Mas era necessário, ele tinha que protege-lo, ele tinha que proteger sua família, mesmo que custe sua vida.

— Eu... — Poseidon tremeu, sem saber o que falar. A fúria nos olhos de Percy o afugentará

— Porquê?!! — Ele gritou, fechando a porta com força, seus olhos azuis como o seu estavam como uma tempestade em seu apice, quando as ondas quebram de forma tão violenta que as pessoas ao redor logo sentiam que um tsuname estava as esperando. — O que eu fiz para você? Para me odiar tanto?

Mas ele não o odiava, ele o amava demais, amava tanto que para o seu bem — em sua opinião é claro — faria qualquer coisa, o amava demais para simplesmente se sentir digno de olhar em seus olhos.

— Perdão, filho.

— Eu não sou seu filho! — Percy estava fora de si, em seus olhos pequenas lágrimas saiam — Você nunca será meu pai! Não estava lá, nunca estava quando eu precisei de você, não finja que se importa. Não estava lá quando minha mãe se casou com um bêbado que a batia, não estava lá quando eu precisei, quando eu fui diagnosticado como maluco, nem ao menos esteve ao meu lado quando eu apanhei por isso e não foram poucas vezes, não me ajudou, não ligou, nunca esteve ao meu lado. Não finja que algum dia se lembrou que tinha um filho pobre que precisava de ajuda.

— Por favor, pare. — Doia, a verdade sempre doi, era verdade tudo aquilo era verdade, ele nunca esteve com seus filhos quando precisava, nem com Percy, nem com Roda, nem com Tyson, muito menos com Tritão. Ele era o pior pai do mundo. — Eu estava tentando te proteger..

— De que? Você nunca me protegeu! Como pode proteger alguém que nunca esteve perto, como vai me proteger se nunca esteve perto de mim? Não sabe o que eu sofri, o quanto clamei que meu pai estivesse vivo para que me salvasse do desespero, mas você estava, mas nunca esteve perto para me proteger. Eu cresci, com muitos machucados, mais forte, não preciso de você, então suma como tem feito nesses 17 anos, suma e não venha para perto de mim. Não quero você, não é meu pai, não é ninguém, além de um homem que eu vi algumas vezes e que sempre deixou claro o seu desprezo por mim. Não sou um Olimpus então desminta esses jornais agora e me deixe em paz!

— Não posso — Falou tão baixo que mal deu para se ouvir.

— Não pode? — Percy estava fora de si — Você vai fazer isso agora! Não tem esse direito!! Não pode sumir por anos e voltar para me fazer ser alvo de paparazes por meses. Isso é inaceitável.

— Por favor entenda, não posso fazer isso. Tudo menos isso.

— Eu te odeio!

— Eu sei — Ele riu sem humor — Eu também me odeio.

— Preferia que estivesse morto, como ouvi até hoje. Espero que esteja feliz por destruir minha vida!!

Os dois se enfrentaram em uma troca de olhares, Percy estava furioso. Suas palavras foram como lanças bem miradas para destruir o coração de Poseidon, mas ele nada pode fazer a não ser olhar para e se martilizar.

Percy se virou e saiu da sala pegando fogo, com muita raiva no coração. Enquanto Poseidon olhou para a porta ser fechada e se jogou no chão, as lágrimas desceram sem pressa. Ele gritou, berrou e chorou alto. Ele havia destruído, havia destruído a vida de uma das poucas pessoas que amava, a única que sempre tentou ao máximo deixa-lo bem longe de si, até agora, e no fim, ele estava certo, se ele tivesse morrido, simplesmente nenhuma das pessoas que amava precisariam chorar, como até hoje choram por causa dele.

*** 

Gente, sintam o impacto <3 Não vou comentar muito vou deixar vocês livres para se expressarem. 

Gente, a primeira a comentar foi a @Gaby_Obrien e a segunda foi a @juliaolivye. Duas fofinhas <3 espero saber a opinião de vocês sobre o capítulo em! 

Estou preparando para vocês um pequeno especial de natal, e vocês vão enlouquecer quando souberem o que planejei, esperem! Até lá, que tal a gente se juntar para até o fim do ano chegar a 30k? <3 

Pessoal, comentem o que acharam, estou doida para ver as reações de vocês, até domingo! 

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