O Lago

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Cheguei em Paris e estava surpreendentemente calmo, tinha feito tudo o que devia fazer, agora só dependia de Mark.

Peguei um táxi e fui até o hotel que Mark estava hospedado.

- Olá. Bom dia Mark Zandvliet , por favor.

- Um minuto Sr.

O recepcionista ligou para o quarto e ninguém atendeu.

-O Sr Zandvliet não está.

Vi que tinha um bar no terraço do hotel.

- Posso deixar um recado e esperar naquele bar?

- Sim Sr. Fique a vontade.

Fui para o bar e pedi um refrigerante, estava um dia lindo e estava surpreso no quanto estava calmo e seguro.

Vinte minutos depois vi Mark chegando na recepção e o recepcionista apontando para o bar. Mark fez cara de surpreso, quando o vi andando em minha direção meu coração deu pulos. Ele estava lindo.

- Você aqui? Como?

- É tão ruim assim? - Disse olhando fundo nos seus olhos - Queria conversar com você, teria um lugar mais reservado?

- Vamos até o meu quarto.

Passei na recepção e fiz meu check in.

- Cama de casal por favor. - Pedi na recepção.Mark fez uma cara de surpreso e o recepcionista deu um risinho cúmplice.

Chegamos no quarto de Mark e ele me deu um abraço apertado.

- Como você sabia que eu estava aqui?

- Nem desconfia?

- Não.

- Vamos nos sentar.

Sentei de frente a Mark na cama, por que queria falar olhando bem fundo de seus olhos , aquele seria um momento muito importante para nós.

- Mark, depois de tudo isso que nos aconteceu, eu sabia que precisava de um movimento muito grande para mudar tudo e para isso precisava voltar ao começo. Precisava consertar tudo o que estava errado e estar aqui limpo e aberto pra você. Fiz o caminho de volta até a nossa cidade.

- Nossa Sig..

- Foi uma viagem difícil mas muito necessária, fui ver Stef e quando me dei conta já estava falando do meu amor por você, conheci meu sobrinho Cásper e ele é lindo Mark - Nós dois estávamos emocionados nesse momento.

- Me encontrei com meu pai e Edy. No momento que o Edy me pediu perdão por tudo de ruim que fez pra nós foi a deixa para eu perceber que tudo tinha mudado e fui até seus pais.

- Meus pais? Você foi até eles? Na minha casa?

- Sim, não sei se você sabe, mas naquele maldito dia, depois que Edy te machucou, seu pai foi a minha casa e me disse coisas muito duras, me chamou de covarde e que eu não merecia seu amor..

- Não é verdade o que ele disse..

- Era verdade sim Mark, estava afundado no ódio, no rancor e na vergonha de sentir o que sentia por você. Sabia o tamanho do meu amor, mas não sabia o que fazer com ele e Sílvie me abriu os olhos.

- Hum Sílvie..

- Não seja bobo, ela é minha irmã de coração.Mas continuando, falei com seus pais e tivemos uma conversa linda e de presente ganhei esse endereço.. - Nós dois rimos emocionados. - Faltava meu pai.

- O mais difícil - constatou Mark.

- Meu pai está envelhecido Mark, senti ele triste, tomado pela solidão. Mas fiz ele entender o amor que sinto por você, ele me respeita agora, só não quer intimidades na casa dele - disse rindo e chorando ao mesmo tempo.

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