Vida Corrida

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Minha vida estava uma loucura com a monitoria, estava me perguntando o por quê que entrei nessa loucura. Alunos batiam na minha porta o tempo todo em todas as horas, ao ponto de um dia eu e Mark sermos interrompidos tantas vezes que ele se irritou , se vestiu e foi embora. Mark também estava muito ocupado, eram muitas dissertações, textos, trabalhos e ficava sobrecarregado também. Passaram duas semanas e a gente se encontrava quando dava no almoço e raramente para dormir juntos. Estávamos distantes e eu nem conseguia pensar direito nisso, porque a rotina pesada não deixava.

Meus pesadelos continuavam e eu  andava mais mau humorado do que nunca, sentia saudades de Sílvie, de Tony, estava muito cansado, ainda sentia algumas dores e não conseguia fazer a fisioterapia direito.  Não estava mais conectado com o queria para o futuro. E Mark não estava sendo essencial nesse momento.

Estava terminando de responder uma infinidade de e-mails da monitoria, quando alguém bateu na minha porta, o que ocorria de segundos em segundos, acho que realmente Tony queria acabar com minha vida sexual, social e acadêmica, por me indicar a monitoria.

- Oi.. - Abri a porta já esperando um dos meus monitorados e era Luka.
Estava extraordinariamente bonito, com um jeans apertado, uma jaqueta e um cachecol que o deixava mais atraente . Me olhou de cima a baixo.

- Oi Sig, cansei de mandar e-mail e não ser respondido.

- Oi Luka, desculpa. Essa monitoria é como morar no inferno.

- Posso entrar?

- Claro. Deve. Senão a gente não consegue conversar.

Luka entrou olhando para o quarto todo.

- Legal aqui.. - Virando pra mim e já me encarando.

- Aceite um conselho, nunca pegue a monitoria. Agora entendo o porquê do salário.

- É um andar masculino? Só tem rapazes por aqui?

- Sim. São 24 alunos sob o meu comando..

- Se eu tivesse aqui bateria nessa porta a todo instante. - Disse isso me olhando fixamente, eu estava com um moleton largo e uma camiseta, mas parecia que eu estava nu.

- Luka.. Não faz isso.. - Aquele olhar me desconcertava, mas tinha que lutar contra isso.

- Isso o quê?..Te olhar? - E ele foi se aproximando, chegando bem perto de mim.

- Você sabe..

- Por causa de Mark?

- Claro..

- Que bom, pensei que fosse por sua causa, Mark não me interessa.. - Deu um beijo no meu rosto.

Ele me desconcertava e era muito inteligente e sedutor.

- Mas ele me interessa, é meu namorado. Temos um relacionamento que deve ser respeitado. - Me afastei, me agarrando no mínimo de discernimento que ainda me restava.

- Humhum.. E você não pode nem paquerar? Flertar?

- Pode tudo, todo mundo pode tudo. Mas não tenho vontade, prefiro estar com ele.

- Uma pena - Ele chegou bem perto de mim e passou um dedo no meu rosto, foi chegando cada vez mais perto e me beijou, um beijo forte, diferente. Era mais desejo, uma atração física.

Não sei explicar por que não impedi aquilo. Pela primeira vez tinha que admitir que outro homem me atraía além de Mark e isso estava me deixando confuso.

O beijo foi ficando mais quente e a gente começou a se agarrar com vontade e eu não estava pensando em mais nada. Tirei a blusa dele, ele tinha um corpo magro, mas definido. O clima estava ficando realmente quente, ele passava a mão pelo meu corpo que reagia imediatamente.

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