#34.2 🗝️🖤

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Sinto tanto frio que meu corpo chega a tremer, por isso mal me importo com o sangue seco em meu lábio ou o quanto o meu corpo inteiro dói

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Sinto tanto frio que meu corpo chega a tremer, por isso mal me importo com o sangue seco em meu lábio ou o quanto o meu corpo inteiro dói. A única coisa que consigo pensar é no Hunter, se ele está vivo e bem. Tentei não chorar dentro dessa salinha que me colocaram, mas foi inútil, só de pensar que talvez tenham o matado, chorei baixinho a noite toda.

Ainda estou tentando entender porque tudo isso está acontecendo e qual é o motivo para quererem acabar com o homem que eu amo. Hunter é uma pessoa boa, mesmo sendo durão, nunca machucaria uma pessoa inocente.

Preciso descobrir alguma forma de fugia daqui porque está claro que tu não passa de uma armadilha e querem me usar como uma isca, para atrair o Hunter.

Um homem estranho entra na salinha e me puxa com força do chão, machucando meu pulso, sou arrastada para um outro lugar, um tipo de porão. Olho disfarçadamente em volta, noto a quantidade de câmeras e homens armados, vejo uns falando em si e a ficha cai ao ouvir em que idioma falam.

Rússia, estou na Rússia e não consigo acreditar, depois que fui jogada para dentro do helicóptero, o infeliz me apagou para não dar trabalho. Me vejo mais uma vez presa como uma criminosa, todo o meu corpo dói, contudo, fico quieta, não darei esse gostinho a nenhum desses bandidos, a única coisa que me dói, é a possibilidade de morrer e nem ter tido a coragem para dizer que o amo mais que tudo.

Dois homens em ternos caros surgem e andam cheios de arrogância até a mim, contudo, é o homem mais velho que me paralisa, há algo nele que não consigo descrever, algo imundo e maligno, nem Bill fazia eu me sentir assim, algo me diz que esse homem é o próprio diabo.

— Me falaram que você é bonita, só não sabia quanto, para uma negra, você é bonita até demais. — Me olha com malícia, se não fosse tão asqueroso poderia ser considerado muito bonito.

— Tão bonita e exótica. — O senhor toca no meu rosto, me dando asco, seus olhos me medindo de maneira doentia.

Tento chuta-lo para afastá-lo para longe de mim, ambos dão risada, como se tudo fosse uma piada. Entro em pânico ao ser enforcada pelo mais velho que olha no fundo dos meus olhos.

— Não sabia que Alek gostava das bravas. — O mais jovem zomba vendo a minha agonia.

Alek, quem é Alek?!

— Você sabe quem é o seu namoradinho? Um estuprador, assassino — Fala inglês, me soltando de supetão e respiro ofegante.

— Mentira! — Grito não acreditando nesse bandido.

— Ele estuprou a minha mulher repetidas vezes! — Arseny conta com tanta certeza que chego a ficar gelada, mas ainda assim não acredito. — Por causa dele todos se viraram contra mim, por isso todos irão pagar, ele, meu pai, meu irmão.

Fico horrorizada, porque se uma pessoa é capaz de matar a própria família por poder e vingança, é capaz então de tudo.

Me nego acreditar e não porque amo Hunter, mas sim porque conheço o seu caráter, ele nunca faria mal a mulher alguma.

 Hunter, Meu Malvado Favorito Onde histórias criam vida. Descubra agora