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Sento-me na classe econômica, ansiosa para aterrissar em Miami

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Sento-me na classe econômica, ansiosa para aterrissar em Miami. Mesmo que eu também esteja um pouco receosa, afinal, sei que quando chegar ao casamento, talvez eu escute um sermão do homem que é o meu tutor.

A verdade é que Hunter quer me matar, sim é isso...

O motivo?

Bem, talvez porque eu lhe desobedecido. Ok, a verdade é que simplesmente não aceitei vir no seu jatinho particular e apesar de tudo que eu terei que ouvir, eu não me importo. O russo desde que resolveu todo drama terrível que eu estava vivendo na mal daquelas garotas desprezíveis e da conselheira ( que já não se encontram na escola), ele mal fez questão de me visitar em Boston, mandou algumas mensagens mas nada além disso.

No começo eu fiquei magoada, depois chateada para no final ficar revoltada com o seu descaso. Contudo, até eu tenho dignidade e amor próprio, não disse nada a ele, parei de ficar mandando mensagens, estou agindo como ele.

Tem uma hora que temos que ser sim orgulhosos, ter "um pingo de vergonha na cara", como Jasmine sempre diz.

Claro que apesar de ter ficado magoada com a sua triste e fria distância imposta, não deixe de desejar as melhores coisas para ele, não deixei de ser grata a tudo que ele vem fazendo para mim.

Já faz oito meses que não o vejo, mas ainda assim, meu pobre e tolo coração bate com força por esse homem tão diferente de tudo que já conheci.

Sim, percebi que o amo de verdade.

Como? Eu vivi como qualquer mulher da minha idade vive, nos finais de semana saí com minhas novas amigas, dancei, beijei na boca, tive ficantes, tentei até namorar, mas nada deu certo, mesmo que no fundo do meu coração eu tenha tentado com todas as minhas forças.

Até mesmo eu achava que estava encantada, deslumbrada, como tantas garotas "recém adultas" ficam com caras mais velhos e experientes. Só que para o meu azar, não é nada disso, parece que nunca foi e nunca vai ser.

Hunter tomou uma parte tão grande do meu coração e de maneira tão forte, que eu duvido que um cara qualquer possa mudar isso, mesmo que eu queira.

Ainda assim, eu não serei a garota fraca que faz o que ele quer, só porque sinto algo por ele. Nunca gostei de receber ordens, nunca gostei de ser submissa, nem mesmo quando eu estava com o monstro do Bill eu aceitava as coisas de cabeça baixa.

É sangue latino, sangue brasileiro que corre pelas minhas veias, da mesma forma que não desistimos nunca, também não ( pelo menos a grande maioria das mulheres) não somos submissas, não abaixamos a cabeça para ninguém.

Essa sou eu, apesar de tranquila, nunca fui uma mulher compassiva, que aceita tudo com o bico calado e um sorriso no rosto. Eu posso morrer de amores pelo russo, o maldito cabeça dura, só que sou tão geniosa quanto ele, isso eu posso apostar.

 Hunter, Meu Malvado Favorito Onde histórias criam vida. Descubra agora