O Sol quente sexta-feira me lembrava o quanto eu detestava estar no centro da cidade depois do meio dia talvez era pelo fato de que naquele horário a Av. estava um caos de pessoas indo e voltando dos seus respectivos trabalhos ou compromisso ultra importantes que não se importava com quem estava à sua frente.
Caminhando pela Av. principal para mais uma entrevista entre tantas que havia feito no decorrer daquela semana, torcendo para não ser mais um daqueles processos seletivos cansativos no qual você se empenha o máximo para chega no final e a entrevistadora lhe dizer que você não faz o perfil da vaga, mantendo a calma peguei meu mini Pocket que já estava gritando por aposentadoria escolhendo mais uma música do Mumford & Sons eu amava banda o som o banjo era um calmante para mim, não havia notado um poste enorme parado no meio da calçada fui de cara com toda força caindo em cheio de bunda no chão ouvindo o barulho do meu mini de partindo em dois e minhas coisas caindo da minha bolsa e se espalhando no chão da Av. movimentada enquanto pessoas passavam apressadas sem se dar ao mínimo de desviar dos meus pertences.
"Puta merda"
Pensei a medida em que fui levantando a cabeça já com um palavrão na ponta da língua quando fui fisgada por um par de olhos azuis-turquesas.
— Você está bem?
Disse o estranho com um leve sotaque inglês dava as caras com o português sua voz essa
profunda grossa e suave ao mesmo tempo, se aproximava estendo sua mão para me ajudar a levantar. Ao mesmo tempo que ele se aproximava para me ajudar, analisei seu rosto, maxilar definido, queixo quadrado com uma barba por fazer. Seus cabelos negros sedosos e estava penteado para trás, fiquei imaginando como seria ele bagunçado em meus dedos coçaram para bagunçar aquela linda cabeleira.
— Moça você está bem?
Repetiu ele me despertando dos meus pensamentos olhei para sua mão estendida,
aceitando sua ajuda recolhendo meus pertences me levantando.
— Estou bem, Você não deveria ficar parado no meio do caminho em Av .movimentada como essa. Parecendo um poste com roupas.
— Me desculpe, mas a senhorita deveria olhar por onde anda e não fica andando com os olhos no chão.
Mas que petulante, lhe dei um olhar mortal jogando meu mini na bolsa e a colocando sobre o ombro, virando a esquina já estava atrasada para a entrevista.
— Ei moça espere!!
Williams Park Technology um edifício alto com janelas espelhadas e uma porta automática também espelhada com uma recepção moderna com duas poltronas aparentemente confortáveis e uma mesa de centro de vidro me aproximando do balcão de granito preto o porteiro que aparentava ter uns sessenta anos com um olhar gentil é cabelo grisalho estava sentado em uma cadeira pouco confortável que parece não sustentar bem o peso da sua barriga protuberante que se escondia por debaixo do terno.
— Boa tarde tenho uma entrevista hoje com Lívia Andrade.
— Identidade por favor.
Me curvei para minha bolsa mexendo dentro dela a procura da minha carteira que deveria estar em algum lugar fui tirando algumas coisas e o coração gelado e um frio na espinha quando percebi que havia perdido minha carteira com os documentos.
"Oh, Deus como vou embora agora" Apertei bem os olhos respirando fundo e expirando.
— Procurando por isso?
Aquela voz novamente, quando me virei dando de cara com o estranho que havia tombado na rua.
— Onde foi que a encontrou?
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Páginas em Branco
RomanceHelena e uma jovem a procura de trabalho, quando surge uma oportunidade para ela trabalhar em uma empresa de Tecnologia internacional ela não esperava que em seu caminho esbarraria em Ralph Williams um executivo teimoso e mal humorado que se apaixon...