Capítulo 32

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O gosto de sangue em minha boca me deixava ainda mais enjoada Salma havia amarrado minhas mãos me espancado com socos e tapas e vários xingamentos o som das minhas filhas chorando ao meu lado estava me partindo o coração mas precisava me manter forte e foco em mim para ela não tentar nada, no fundo eu acreditava e confiava que Ralph nos encontraria o mais rápido possível.

— Calma meninas papai está vindo.

Me arrastando para o mais perto do carrinho, precisava alcançar o celular que ainda estava escondido na bolsa, a dor era insuportável pegando o telefone a bateria estava em dez por cento, mas daria para fazer uma ligação, discando Ralph atendeu no primeiro toque.

— Helena?

— Ralph...eu não posso falar muito, mas aí estamos em uma espécie de depósito.

— Já temos sua localização estamos montando uma estratégia para resgata lãs, aguente firme.

— Ela me espancou muito.

Solucei as palavras ouvindo Ralph proferir um monte de palavrões em outras línguas como de costume.

— Aguente firme baby estou indo te buscar.

— Ralph... eu...

O celular vibrou desligando senti uma imensa raiva de mim por não conseguir dizer ao homem que mais amava nesse mundo que eu o amava e se esse fosse meu último momento de vida quero dizer que perdoou o Ralph de todo meu coração e que seja possa ser muito feliz cuidado das nossas meninas, meus olhos arderam pelas lágrimas caindo.

— Já está chorando? Nem comece com a diversão ainda.

— Me mata logo sua psicopata!

Salma soltou uma risada que me arrepiou quase toda a espinha ela estalou os dedos segurando com força em minhas tranças desferindo um tapa com força em meu rosto a queimação em minha bochecha era dolorosa.

— Você realmente se acha forte quero ver se eu cortar um desses dedinhos gordinhos e fofinho.

— NÃO! Não faça nada com elas e em mim que você deve descontar sua raiva e frustrações.

Ela me olhou com desprezo me empurrando novamente contra parede, Salma se virou remexendo em uma bolsa em cima de uma mesa e quando se voltou a mim estava segurando uma tesoura.

— Nunca gostei dessas tranças são horríveis.

Salma veio até a mim e com as mãos nada gentis começou a cortar minhas tranças tentei me consolar dizendo a mim mesma que já estava na hora de tirar lãs, cinco minutos depois eu estava com meus cabelos curtos novamente.

— Não melhorou nada na sua aparência. Fico me perguntando o que ele viu em você uma mulher gorda sem atrativo nenhum.

— Com toda certeza não tenho problemas psicológicos.

— Abusada!

Um soco veio em cheio em meu rosto senti gosto de sangue em meus lábios e uma dor horrível acompanhada, deveria manter minha boca fechada a partir de agora se ela continuar me batendo desse jeito não irá sobrar dentes.

— Preciso amamentar.

Salma desamarrou minhas mãos se virando saindo da sala, puxei o carrinho pegando Natasha primeiro depois Selina e por último Diana, seu rosto tão pequeno parecia tanto com Ralph.

— Você vai ser tão linda quanto seu pai, mas por favor não se envolva com homens psicologicamente instáveis.

Ela bocejou fechando os olhinhos e um sorrisinho brotou em seus lábios tão pequenos em questão de minutos ela já estava dormindo tranquila alheia ao que acontecia aproximei seu rostinho sentindo seu cheiro tão doce.

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