(Por Ralph)
Os dias se passaram depois da transfusão de sangue, mas Helena não respondia aos exames os médicos disseram que pela perda de sangue é o ferimento exposto por muito tempo ela pode ter contraído uma infecção, já que o corte não se cicatriza. Todos os dias depois do trabalho é até antes dele mesmo eu passava no hospital para ver lá com a esperança dela acorda, é eu poder ouvir sua doce voz novamente ou me perder em sua risada que era o que eu mais gostava nela a forma como me olhava sempre apaixonada é entregue, é me derreter em seus braços tão protetores e carinhosos. Só agora percebi que Helena era toda minha vida.
— Como ela está?
Perguntou Tom entrando no quarto me tirando dos meus pensamentos.
— Na mesma.
Respondi segurando a mão tão macia e delicada de Helena, as vezes eu me perguntava se ela realmente trabalhava no arquivo já que suas mãos estavam sempre macias.
— Não posso perde lá Tom.
— Calma Ral ela vai sair dessa, é como estão os bebês?
— Os médicos dizem que estão estáveis.
— Vou pegar algo pra você comer.
Apenas acenei com a cabeça eu não comia a dias, mas não sentia falta, abaixei minha cabeça encostando minha testa em sua mão, segurando firme eu rezava todos os dias para que ela me respondesse com um gesto, depois de três semanas essa era minha única opção.
— Minha Helena.
Uma voz fraca é melosa soou pelo quarto sua mão apertou a minha, olhei para seu rosto seus olhos se abriam e fechavam ao mesmo tempo tentando se adaptar a luz do quarto. Meu coração bateu mais forte como se ganhasse carga total o alívio se instalou em meu corpo é uma felicidade abundante tomou conta de mim.
— Ral..
— Estou aqui baby.
— Ag... Água...
Peguei um copo de água que estava ao lado da cama coloquei sobre sua boca é a ajudei a beber, depois de um breve minuto ela encostou a cabeça sobre o travesseiro fechando os olhos novamente.
— Helena?
Chamei seu nome temendo que ela apagasse novamente.
— Nossas bebês?
— Estão bem.
Sua expressão relaxou é por instinto suas mãos tocaram a barriga, ela sorriu olhando para mim.
— Nossos pequenos são heróis por enfrentar essa loucura.
— Verdade é a mãe deles é uma heroína também.
— Me sinto o Nick Fury.
A notícia de que ela havia acordando se seguiu para todos, é em dois dias Helena recebeu visitas é mais visitas, sua recuperação rápida era um alívio para todos é logo poderíamos voltar para casa, mas algo estava errado com Helena a cada vez que tocamos no assunto dos nossos filhos ela se hesitava é mudava de assunto é eu podia apostar meu Aston Martin que isso era resultado da revelação de Rachel.
No sábado de manhã Helena recebeu alta, mas como seu corte foi profundo é não havia cicatrizado completamente precisaria de repouso total, seguimos para o Bentley é durante todo o caminho ela se manteve calada é distante.
— Baby eu sei porque você está assim.
— Você fez isso mesmo Ralph, matou uma vida por que não queria responsabilidade?
Parei o carro no estacionamento soltei um suspiro me virando para ela.
— Helena a história não foi assim como Rachel contou, quando eu estava com ela não tínhamos um relacionamento saudável, ela vivia instável tomado remédios controlados. Quando descobriu que estava grávida ela não sabia o que fazer é disse que não poderia ter o bebê naquele momento pois tinha um ensaio na costa do Caribe é quando sugerir o aborto já que ela estava de apenas duas semanas Rachel aceitou, depois disso nós conhecemos é você me mostrou a felicidade, me apaixonei por você desde o primeiro instante Helena. Não me julgue por um erro do passado.
Helena me estudou com seus lindos olhos castanhos escuros é então para meu total surpresa ela tomou minha mão beijando nos nós dos meus dedos.
— Nunca iria te julgar Ralph só foi chocante demais para mim saber que você já quase foi pai uma vez.
Tomei seu rosto com minhas mãos é finalmente pude beijar seus lábios macios e doces novamente, Helena tinha os lábios pequenos, mas carnudos e saborosos que já tinha provado na minha vida me viciei neles é quando ela os usava para me dar prazer Deus.
— Vamos subir antes de Isadora desça é nos arranques do carro.
Ela soltou sua risada meiga novamente é com bastante cuidado saiu do carro, segurei ela em meus braços é assim subimos para nosso apartamento. Já não era mais estranho dizer "nosso" sendo que tudo nessa vida se resumia a fazer Helena feliz é agora mais do que nunca fazer meus pequenos felizes também.
A porta de casa se abriu e todos nossos amigos estavam à espera com um sonoro "Bem-Vinda" Helena sorriu recebendo vários abraços beijos e votos de boa recuperação só uma pessoa apareceu em meio àquela multidão que não esperava.
— Pequena Elie.
A voz de Eduardo despertou a atenção de Helena seu rosto se iluminou em um piscar de olhos ela estava em seus braços em um abraço apertado é íntimo demais para simples amigos.
— Calma amigo.
Marcelo apareceu do meu lado apertando meu ombro me entregando uma garrafa de cerveja.
— Não vai querer causar mais tumulto.
— Quem o chamou para cá?
— Sua prima. Lívia.
Um sorriso sacana tomou o rosto de Marcelo, confusão foi o que eu consegui descrever, o que Lívia tinha a ver com esse cara na minha casa.
— Lívia? Mas estava na Austrália.
— E pelo o que eu saiba, Eduardo também.
Juntando as peças do quebra cabeça infernal que Marcelo fez.
— Não!
— Isso mesmo.
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Páginas em Branco
RomanceHelena e uma jovem a procura de trabalho, quando surge uma oportunidade para ela trabalhar em uma empresa de Tecnologia internacional ela não esperava que em seu caminho esbarraria em Ralph Williams um executivo teimoso e mal humorado que se apaixon...