Seus corpos

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  Esse capítulo tem mais hentai. Divirtam-se!

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 Letícia sentiu a claridade invadir seu quarto, mas não se animou a despertar. O corpo estava bastante cansado e as pálpebras lhe pesavam, mas se sentia bastante aconchegada.

Não era o colchão confortável, os lençóis e o travesseiro fofo; eram uns braços fortes que a seguravam e um corpo quente em que o seu se enroscava. A consciência meio inerte não lhe dava uma ideia clara de como isso era possível, apenas sabia que estava segura, protegida... e amada.

Escutou uma respiração que não a sua ressoar alto como se alguém despertasse, mas, ainda assim, ela não acordou; uma mão alisou seu cabelo, mas permaneceu com os olhos fechados, embora apreciasse o contato; sentiu lábios depositarem beijos em seu rosto, ela emulou um sorriso e, finalmente, abriu os olhos.

Viu a face bela e estampada de seu marido a observar. Ele lhe brindava com um largo sorriso.

- Bom dia – disse-lhe com voz rouca e serena.

- Bom... dia – respondeu Letícia após um segundo de confusão. Lembrou-se da noite anterior. Do jantar. Da dança. De ter se entregado a Ricardo. De terem feito amor. Inconscientemente, Letícia se desvencilhou dos braços dele e cobriu a cabeça com o cobertor que os envolvia – Ai, meu Deus!

- Letícia... o que foi? – ele retirou a coberta de sua cabeça, mas ela mordeu os lábios e fechou os olhos para não encará-lo – O que foi, meu amor?

- É que... nós dormimos juntos – abriu os olhos, mas não o encarava diretamente – e... bom... eu... eu... você me viu sem roupa...

- E você está com vergonha de eu ter te visto nua? – ela assentiu e desviou o rosto querendo sumir. Ele soltou um breve riso e virou o rosto dela com a mão em sua direção – Minha querida, depois de tudo o que fizemos ontem... por que se sentir envergonhada comigo?

- É, eu sei... E nem foi a primeira vez que você me viu sem roupa... mas... – colocou as mãos sobre o rosto exasperada – Ah, Ricardo! Eu... eu me sinto como uma adolescente na minha primeira vez, mesmo sabendo que tenho mais de vinte anos e que nós fizemos isso outras vezes.

- "Isso" que fizemos foi amor, Letícia... e foi esplêndido em todos os sentidos – ele tirou as mãos de seu rosto. Ostentava um sorriso, mas falava num tom mais profundo e sério – Pelo menos para mim. Ou para você não? – arqueou a sobrancelha, mas gracejava – Hum?

- Claro que para mim também, Ricardo. Foi lindo! – fitou-o com mais coragem – Eu... te disse ontem... eu até chorei de felicidade. – apertou os olhos – Ah, Ricardo! Eu sou uma boba! Pareço uma menina.

- Sim, uma menina. Minha menina. – disse com ternura e acariciou seu rosto – Minha Letícia.

- Gosto quando você me chama assim... "Minha Letícia"

- Eu te chamo assim desde pequena... Quando eu era adolescente e você uma criança, eu me sentia como se fosse seu protetor... e você minha responsabilidade. Uma parte de mim, a melhor, que eu devia proteger. – Letícia estremeceu com tal revelação e com aquele olhar de adoração que ele costumava lhe dirigir – E mesmo quando ficamos anos separados e te reencontrei mais adulta, você nunca deixou de ser "Minha Letícia." Só que mais do que uma responsabilidade, você passou a ser a mulher da minha vida. – deu-lhe um selinho – E sempre vai ser.

Letícia engoliu em seco ao escutar mais uma declaração de amor e ficaram se contemplando por alguns instantes ainda deitados. O ronco do estômago de Letícia interrompeu o interlúdio. Ela arregalou os olhos e desviou o rosto. Escutou mais uma vez a risada alta do marido.

Perigosas LembrançasOnde histórias criam vida. Descubra agora