Declaração

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  Bom, gente, como demorei para lhes postar e não queria mais deixá-las esperando muito, tive que sacrificar a noite deles para publicar este capítulo. Mas praticamente o finalzinho já deixa no ponto para a tão aguardada noite.

Espero que me compreendam, não é pouco caso, é muita coisa mesmo que tenho que me dedicar, enfim.

O vídeo no meio do capítulo é da música Hungry Eyes, de Eric Carmen. Era do filme Dirty Dancing - Ritmo Quente, anos oitenta. Pessoal, a maioria das músicas que eu colocar vão ser mais dos anos oitenta e noventa, assim que não reparem muito e apenas apreciem. Mas também devo colocar algumas dos anos maris recentes também.

Sem mais delongas, divirtam-se!  

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Letícia se mirou no espelho e aprovou sua aparência. O vestido creme de alças que usava não era nem longo demais, tampouco curto; possuía o tamanho e o estilo adequado para um jantar num restaurante e para dançar. Na hora de comprá-lo, ela o considerou meio ousado por uma leve abertura nas costas, mas não resistiu em adquiri-lo porque era deslumbrante; esperava que Ricardo gostasse.

O cabelo estava bem escovado, mas optou por prendê-lo num coque alto. Os cachos que o cabeleireiro Charles havia feito começavam a se desmanchar; depois pediria à mãe para marcar horário em outro dia.

Estava devidamente maquiada e com brincos e anel de brilhantes. Pensou em usar o Leviev Fancy que o marido lhe deu, porém, considerou não ser prudente usar uma fortuna daquela num lugar mais público. Talvez numa festa particular de algum outro sócio de Ricardo, como a do Mauro Nogueira em que foram.

Faltava o toque final. O Joy. Usava o perfume todos os dias para agradar o marido. Ela também gostava, embora preferisse a fragrância do Channel, como Ricardo havia dito. Talvez alternasse as essências e usasse o Channel sempre que fosse ao seu trabalho na ONG.

Havia conversado sobre o retorno às suas atividades com Laura por telefone no dia anterior. Sua amiga não pôde comparecer em mais nenhum dia da semana para visitá-la, conforme havia prometido, devido a vários assuntos da Girassol que requeriam sua atenção, mas se falavam por telefone todos os dias.

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Laura se entusiasmou com sua decisão de voltar à instituição, embora com uma leve hesitação na voz.

- Você... tem certeza de que é o que quer? - indagou a moça – Posso dar conta se você ainda não estiver preparada.

- Tenho, Laura.... Preciso. – suspirou – Não aguento ficar mais à toa nesta mansão enorme como se fosse uma dondoca sendo servida por empregados e vivendo às custas da fortuna do meu marido. Tenho que me movimentar.

Laura riu.

- Eu sabia que você não ia aguentar ficar de pernas para o ar por muito tempo, Letícia – o tom era divertido – Não faz parte da sua natureza. Você sempre foi muito ativa.

- É, e também preciso voltar à minha rotina de antes do acidente... fazer as coisas que eu tinha o hábito de fazer para me ajudar a recuperar a memória. Voltar a ONG também pode me ajudar nisso. Falei com a doutora Marcela e ela concordou.

- E o Ricardo... está de acordo? – havia certa apreensão na pergunta

- Vou falar com ele hoje. Tenho a impressão de que não vai gostar muito por causa da minha amnésia... e com aquele jeito protetor dele, mas espero que me entenda e me apoie.

- É... pode ser – havia certa descrença na voz da amiga – Então... você quer começar nesta segunda?

- Sim, se não for te atrapalhar. Eu... vou precisar de sua orientação para me lembrar de tudo o que eu fazia.... E sei que requer algum tempo.

Perigosas LembrançasOnde histórias criam vida. Descubra agora