Capítulo LXX - MAG

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Depois da treta, finalmente Joca se ligou que a ideia dele era muito ruim.

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 Depois de alguns dias sem falar com o Joca devido a sua teimosia sem fim e seu jeito nada amistoso do tratar as pessoas, resolvi lhe dar mais um voto de confiança.

Ele estava sentado no jardim de cabeça baixa. Aproximei-me sentei-me ao seu lado.

– O que está fazendo? - perguntei.

– Nada – deu de ombros.

Fitei-o com os olhos cerrados, tentando lhe mostrar que eu não colocava nenhuma fé naquela historinha dele.

– É sério, Mag – insistiu. – Eu não estava fazendo nada.

– Tá bom – disse, sarcástica.

– Pra que perguntar se você já sabe a resposta? – Revirou os olhos.

Resolvi que a discussão não valia a pena, por isso só dei de ombros e me mantive em silêncio. Ficamos lado a lado sem dizer uma única palavra até que ele quebrou o silêncio.

– Você está certa. Eu não vou conseguir invadir a prefeitura sozinho.

Mesmo que aquilo fosse o que eu queria ouvir, admito que estranhei sua atitude. O Joca nunca fizera o tipo que dá o braço a torcer com facilidade.

– Nós precisamos que alguém nos ajude – continuou. – Eu só não sei quem pode fazer isso.

Balancei a cabeça, enquanto olhava o jardim. Precisávamos de alguém que nos ajudasse, mas alguém que fosse de confiança e tivesse poderes realmente úteis.

Foi nesse momento que notei na Dani e no Tavinho conversando aos cochichos. E me senti muito burra em não ter pensado nisso antes. Não existia ninguém nesse grupo que fosse mais de confiança do que a minha própria irmã.

Levantei num salto e corri até ela, enquanto o Joca corria atrás de mim perguntando e insistindo o que tinha dado em mim.

– Dani, Danizinha! - cantarolei, não controlando a minha felicidade. – Nós podemos conversar a sós?

Estranhando a minha reação – o que era compreensível, já que não era normal me ver nessa felicidade toda – ela deu de ombros e me seguiu até um local afastado.

Contei-lhe toda a historia, mesmo que não dissesse respeito a mim. Se ela ia nos ajudar, era justo que soubesse de todos os detalhes. Ela ouviu tudo atentamente e finalmente abriu a boca.

– Se isso é tão importante, eu ajudo – respondeu, como se fosse uma coisa simples.

Ela girou nos calcanhares e saiu, deixando me sozinha.

– Ei! Precisamos de um plano – insisti.

– Eu já tenho um plano, Mag. Ele está todinho aqui. – Ela apontou pra sua cabeça.

Puxa! Ela estava andando demais com o Tavinho.

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Ainda bem que a Dani está aí, né?? 

Pra quem acompanha meu outro livro, Por Amor às Causas Perdidas, postei hoje o segundo capítulo. :D

Beijos e até amanhã

As Últimas Cobaias - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora