Primeiro ouvimos um grito da Malu, então o Zeca foi jogado para fora da sala e a porta foi fechada com um estrondo ensurdecedor. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas tinha certeza que as coisas não saíram como o planejado.
Sem contar tempo, corri até o Zeca que parecia dar sinais de estar acordando.
– O que aconteceu? – perguntei, alarmado, com a Sara no meu encalço.
Ele não respondeu nada. Apenas levou a mão à cabeça, parecendo estar sentindo muita dor.
– A Malu! – disse, levantando-se num salto e correndo até a porta. Mas para a nossa surpresa, ele não conseguiu atravessá-la. – Ela está em perigo! Vem aqui me ajudar.
Eu ainda não tinha entendido o que tinha acontecido, mas eu estava assustado de verdade. Encarei a Sara e ela me devolveu um olhar apavorado. Talvez tão apavorado quanto o meu.
– Anda, Tonho – insistiu ele, tentando empurrar a porta com o ombro.
Corri até a porta e nós dois nos revezamos tentando abrir aquela porta à força, mas sem nenhum sucesso. A Sara tentava enxergar através da porta, mas também não estava conseguindo.
– Eu não sei o que está acontecendo, mas parece que essa sala é mais segura que a segurança máxima. – Concluiu ela, arrastando-nos para longe daquela maldita porta.
O Zeca estava fora de si e eu entendia ele de verdade, mas no momento tínhamos que raciocinar com clareza. E isso exigia que parássemos por alguns instantes.
– A Sara está certa – concordei. – Agora temos que tentar pensar em uma maneira de entrar nessa sala e tirar a Malu dali de dentro.
– Eu não posso deixar ela ali sozinha – argumentou, esfregando a mão na cabeça e soltando um grunhido. – Nós temos que tirá-la dali agora.
– Mas não tem como! – devolveu a Sara, erguendo a voz e o segurando pelos ombros. – A gente vai pensar em uma maneira de tirá-la dali, mas para isso você tem que cooperar ao invés de ficar dando chilique.
Eu acho que ele não estava acostumado a ver a Sara tomando as rédeas da situação. Só isso explica a cara de bobo que ele fez naquele momento.
– Nós entramos juntos e vamos sair juntos, sem deixar ninguém pra trás – continuou, agora em um tom de voz bem mais calmo. – Só precisamos pensar em uma saída. Você sempre foi o cara dos planos, Zeca. Pensa.
Antes que ele tivesse chance de dizer qualquer coisa, puxei os dois pela blusa para longe dali.
– Eu acho que tive uma ideia.
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Tonho tendo ideias? Sei não...
Não esqueçam dos comentários e votos.
Beijão e até amanhã.
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As Últimas Cobaias - Livro 3
Science FictionATENÇÃO! Esse livro é a continuação dos livros A Segunda Geração e a Terceira Criança e sua sinopse possui spoilers dos primeiros livros. Quatro meses após o fracasso do plano, o hospital finalmente conseguiu unir a Segunda Geração e está mais próxi...