Capítulo CXXIII - BRUNO

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Bruno recuperou a memória.

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- Você está acordado?

Três palavras foram responsáveis pela minha felicidade. Era a Malu, tentando entrar em contato comigo e eu estava pronto para lhe dar as informações que ela precisava.

 Você não vai acreditar no que aconteceu – comecei. – Eles tentaram apagar a minha memória, mas falharam miseravelmente. Menos de doze horas depois do procedimento eu já lembrava de tudo. Pelo menos o que há de importante para ser lembrado.

 Isso é incrível! Quer dizer então que eles estão com medo de você, Bruno.

 É bom mesmo que eles se borrem de medo, porque a hora que eu pegar eles...

 Calma. Primeiro eu quero que você continue fingindo. Nós vamos invadir esse hospital e te tirar daí o quanto antes, mas eu preciso que você coopere.

 Não se preocupa, Malu. Eu vou ser a melhor cobaia deles.

 Se tudo der certo, você e a Flávia serão as últimas cobaias desse inferno, entendeu?

Permaneci em silêncio por um instante, apesar de saber que a Malu estava conseguindo ouvir tudo o que eu pensava. Pelo menos, nem precisei lhe contar sobre isso – o que seria bem constrangedor.

 A Helô não quer falar com você. Acabei de contatar ela.

Eu já imaginava que isso fosse acontecer.

 Ela vai participar da invasão, né?

 Vai.

 Ótimo. 

Agora eu só precisava pensar em um jeito de fazer a Helô me desculpar. 

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Do jeito que a Helô tá pistola, o Bruno vai penar, viu?

Beijão e até amanhã

As Últimas Cobaias - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora