Acordo no meio da noite, não consigo esquecer os beijos de hoje, será que ele fez isso para evitar que eu fizesse uma besteira ou porque ele gosta de mim, eu realmente não consigo entender que seja possível alguém gostar de mim, se eu mesma me odeio.
Me sento na cama, vou para o banheiro, lavo o rosto e fico me encarando no espelho, começo a chorar, que ódio, porque não inventam um modo de saber se a pessoa gosta de você, ele deve ter sofrido muito com a perda da sua irmã, talvez ele esteja tentando me ajudar só porque não consegui fazer isso com sua própria irmã, como um ato de caridade, que idiotice.
Me troco, desço as escada e saio de casa sem fazer barulho, isso já virou rotina.
Saio na rua sem rumo, só coloco os fones e fico andando por ai como se estivesse indo para um destino certo, não sinto nada, faz alguns dias que não tomo mais meu remédio, não quero depender de drogas, mesmo que lícitas.
Vou parar praticamente no fim da cidade, tem prédios em construção, é bem alto, deve estar bem fresco lá encima, estou com calor, vejo a escada, o prédio tem 5 andares.
Subo até o ultima andar, as janelas são maiores que as portas, me sento na beirada com as pernas penduradas para fora, que sensação estranha, sinto um paz que me deixa em êxtase, porque essa sensação é tão boa, o vento batendo contra o meu rosto bagunça todo o meu cabelo.
Olho pra cima, o vento, o momento, está tudo perfeito, me inclino para frente, o vento fica mais forte, não tem estrelas no céu, sinto uma gotinha fina caindo, melhor ir embora.
Desço as escada, escuto um barulho, tem um homem do lado das maquinas, ele me ve e fica me encarando, me viro para frente e começo andar rapido, olho para trás, o homem está andando em minha direção, ambos começamos a correm, mais estou fraca e não consigo correr rapido, ele me agarra pelo braço.
- O que você está fazendo aqui ?. - ele fala em um tom estranho, com um sorriso perverso.
- Eu só estava sem sono e resolvi passear. - falo tentando soltar meu braço.
- Você não sabe que é perigoso a noite, deixa que eu te levo para casa. - ele da uma risada assustadora.
- Eu sei me virar sozinha. - ele esta apertando meu braço com força, esta começando a me machucar.
- Não se preocupe eu vou te ajudar.
- Não pedi sua ajuda.
Ele começa a vir encima de mim e passa a mão acariciando meu rosto, vejo um martelo bem do lado dele, o-empurro e pego o martelo, ele vem pra cima de mim e dou um martelada no ombro dele, tentei acerta a cabeça mais errei, estou muito tonta, ele me puxa e arranca o martelo da minha mão, ele me da um soco no rosto, e como já estou tonta caiu no chão, ele tira a camisa, eu tento me levantar e ele me segura com força tento me soltar, começo a gritar, a pedir por socorro, mais está de madrugada é claro que ninguém escutaria, muito menos no fim da cidade, ele tapa minha boca com as mãos e me joga no chão novamente.
Ele termina o que fazia e me deixa jogada com as roupas rasgadas, obviamente, o que eu estava esperando que ele me estuprasse depois me deixasse na porta de casa, ele se veste e embora.
Começo a chorar, não me sinto mais no meu corpo, tudo esta confuso, acabei de ser estuprada e não fiz o possível para evitar o acontecimento, olho para cima e vejo o prédio que estava.
Subo novamente no ultimo andar, vou rumo a janela, fico com os pés na beirada, olho uma última vez para o céu, fecho os olhos, e pulo.
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Ainda sou eu, Chloe Benson (Concluída)
Teen FictionATENÇÃO: esse livro pode se tornar um gatilho, então se não estiver bem por favor não o leia (Ele fala sobre transtorno alimentar, depressão, tentativa de suicídio, abuso sexual e mortes). Chloe Benson é uma garota de 15 que está no segundo ano do...