- Acorda!. - escuto a minha mãe batendo na porta.
- Já vou. - pego meu celular para olhar a hora e são 5:50 em pleno domingo ? Me sento na cama e minha mãe abre a porta.
- Vamos, levanta logo.
- Pra que tão cedo ?.
- Você tem hora marcada as 6:30.
- Hora marcada onde ?. - não estou entendendo nada.
- Você tem uma consulta com a doutora Cassandra.
- Oque, não, eu não vou ver aquela mulher de novo.
- Você vai e pronto, se arruma logo.
- Que droga!.
Passo as mãos pelo rosto respirando fundo, tenho quase certeza de ela vai querer internar de novo, vou até o banheiro e me peso 42,8 agora que estou tão perto do meu objetivo, que merda, tomo meu banho faço minhas higienes e me troco.
Desço as escadas e vejo minha mãe toda apressada arrumando a bolsa dela, vou até a cozinha e pego meu chá e um cacho de uva.
Depois de comer nós fomos até o carro e depois fomos até o consultório da Cassandra.
Depois de ficar esperando impacientemente chegou a minha vez.
- Que bom revê-la Chloe. - ela se levanta e estende a mão.
- Não posso dizer o mesmo. - a comprimento e me sento.
- Me diga o que está acontecendo ?.
- Bom se minha mãe me trouxe aqui então é obvio o que está acontecendo.
- Ok, Bom Chloe, você sabe o que pode acontecer se não colaborar. - ela fala séria mas ao mesmo tempo com serenidade.
- Dá outra vez colaborei e fui internada.
- Dá outra vez e dessa vez você continua com o mesmo problema.
- Exatamente, então não vai adiantar me internar por mais que seja por um ano.
- Será complicado. - ela me olha confusa, como se estivesse bolando uma estratégia de xadrez.
- E oque vai acontecer dessa vez ?.
- Logo saberá.
Ela chama a minha mãe e eu saio da sala as deixando a sós.
Depois que ela me chama para entrar ela me explica que me internará dessa vez com aconpanhamento de um psiquiatra, minha mãe obviamente concorda, então hoje mesmo irei para o hospital.
Chego em casa faço a minha mala ficarei por lá pelo menos uma semana.
Fomos para o hospital, chego e fomos direto para a ala de internação, todos que estavam lá ficavam me olhando, todos contemplando o corpo magro caminhado em ruma a cura de tudo.
Chego e é como se fosse um quarto normal tem uma cama e um guarda-roupas, está tudo como antes.
Eles me levam para ver o psiquiatra e nós conversamos sobre meu caso, depois voltei para o quarto, aqui é entediante tem uma enfermeira toda hora no quarto para garantir que não faça exercícios ou vá no banheiro despejar as calorias ingeridas.
Fico sentada na cama assistindo TV enquanto els força o meu corpo ingerir 2.000 kcal pela veia do meu braço.
Um homem chega na porta com uma bandeja onde tem um prato com arroz, ervilha, purê de batata e um pedaço de frango assado, do lado tem um copo de suco, provavelmente de laranja, ele deixa em cima da minha cama e sai, a enfermeira fica me encarrando na esperança que meu primeiro ato ao ver a bandeja seja me sentar e pega-la pra começar a entupir meu estomago, mas essa é a última coisa que farei.
Ela vem até mim e pede para que eu coma, ela deve ser nova aqui, perece ter uns 27 anos.
- Você precisa comer.
- Não quero.
- Se você não comer ficara mais tempo aqui até que coma.
- Não me importo.
Ela até que é gentil, outra enfermeira já estaria me ameaçando se não começe.
Fico deitada a tarde inteira, o prato continuou intacto em cima da cama, dá a hora de tomar banho, entro no banheiro onde não a porta, para garantir que eu não vá trancar a porta e fazer exercício até desmaiar, tiro a roupa e entro no chuveiro, a água morna é uma maravilha, vejo a enfermeira pegar o prato e sair, aproveito para fazer agachamento, faço cerca de 56 até ela chegar no quarto novamente, termino meu banho e saio, me troco e volto para a cama, logo o mesmo homem chega com outra bandeja, a janta, tem salada de alface com tomate, um bife e palitinho de cenoura.
Faço o mesmo outra vez, deixo o prato intacto no seu lugar.
Da a hora de dormir, pego o prato e o coloco em cima de uma mesinha que tem do lado da cama, a enfermeira está escrevendo em uma caderneta, deve ser o relatório do que aconteceu aqui hoje, depois ela arruma o sofá-cama e se deita, eu desligo a TV e logo escuto ela respirando profundamente, já deve ter dormido.
Espero uns vinte minutos e faço alguns barulhos de propósito mas ela não acorda então me ajeito e começo a fazer abdominais, faço 146 até que me canso, me seco com a toalha que estava na cadeira do meu lado e me arrumo na cama para dormir.
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Ainda sou eu, Chloe Benson (Concluída)
Подростковая литератураATENÇÃO: esse livro pode se tornar um gatilho, então se não estiver bem por favor não o leia (Ele fala sobre transtorno alimentar, depressão, tentativa de suicídio, abuso sexual e mortes). Chloe Benson é uma garota de 15 que está no segundo ano do...