XXXI - morte

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   Acordo já com os efeitos colaterais do laxante, as cólicas, me levanto e vou até o banheiro, faço o que deveria e já entro no chuveiro para tomar um banho, a água quente me reconfortar da sensação ruim de ter as cólicas e ao mesmo tempo boa por meu corpo estar purificado dos seus pecados.
   Fico no chuveiro uns 12 minutos sentindo as gotas de água escorregando pelo meu corpo e algumas se alojado nas minhas clavícula.
   Desligo o chuveiro e me enxugou, coloco a roupa branca novamente.
   Volto para o quarto e noto que a Cassie não está mais ali, na verdade estou sozinha no quarto, o que está acontecendo ?.
   Escuto uns gritos no corredor, vou até a porta e a abro, olho para o lado direito e nada olho para o esquerdo e vejo a Cassie sendo arrastada pelos braço por dois enfermeiros e a enfermeira que estava com a gente junta deles, e então somem da minha vista.
 - O que está fazendo no corredor ?. - escuto a voz suave da antiga enfermeira atrás de mim.
 - Eu só estava vendo o que está acontecendo no corredor, porque escutei gritos.
 - Então, já viu, pode voltar para o quarto. - ela fala tão doce que a sua ordem vira quase um pedido, então entro de volta para o quarto e ela entra comigo, trazendo meu café da manhã.
 - O que está acontecendo com a Cassie ?.
 - Bom ... parece que ... encontraram ela tomando laxantes, não sabemos como ela os conseguiu. - ela ficou nervosa de repente.
 - O que foi ?. - a encaro e vejo um gota escorrem pelo seu resto pálido.
 - Bom, é que a Cassie é minha irmã ... e eu não suporto vela nessa situação.
 - Eu achei que ela fosse filha unica. - então foi por isso que trocaram as enfermeiras.
 - Nós somos irmãs por parte de pai.
 - Entendi.
   Pego só o café com leite e deixo o resto na bandeja.
   Lembro do livro que estava lendo e o pego para ler, a irmã da Cassei fica me acompanhado.
   Me perco nas palavra do livro, como se não existisse mais nada a minha volta, até um rapaz chegar na porta.
 - Ela precisa pesar. - ele fala abrindo a porta para passarmos.
 - Está bem, vamos. - ela me olha sorrindo, guardo o livro e coloco minhas pantufas.
   Chegando na sala onde pesa me vem o desespero por ter emagrecido mais e ter que ficar aqui por mais tempo, e ao mesmo tempo satisfação por poder ter perdido mais peso.
   Subo na balança e entro em um mar de sentimentos dentro de mim, e volto a realidade ao escutar meu peso saindo da boca do enfermeiro.
 - 39,8.
   Eu não acredito nisso, eu não sei nem como reagir a isso.
   Finalmente consegui chegar no meu peso final, estou tão feliz que poderia explodir, se isso fosse cientificamente possível.
   Voltamos para o quarto, me sento na cama e pego meu livro novamente, e novamente pego meu livro para me perder novamente na minha imaginação.
   Leio uma boa parte e o guardo novamente.
   Ligo a TV até chegar o almoço e eu me recusar novamente a ingerir qualquer coisa que há ali, agora que cheguei no meu peso ideal não vou estragar isso tão rápido assim.
   Deixo a bandeja de lado por mais que o cheiro esteja me envenenando, preciso ter controle sobre mim.
   Tento focar do na TV e me esquecer de todo o resto a minha volta, assim fico até as 6:00 horas da tarde, então resolvo tomar meu banho, está começando a ficar frio, estamos entrando no inverno.
   Pego minha troca de roupas e vou para o banheiro, faço um coque para não molhar o cabelo e entro no chuveiro, tomo meu banho rapido antes que meu esqueleto congele.
   Me troco rapidamente e entro debaixo das cobertas quentes e macias, essa é uma desvantagem minha, sentir mais frio que as outras pessoas.
   Pego meu livro novamente já que não tem nada de bom pra fazer aqui além de ler ou assistir TV.
   A bandeja da janta chega e vejo a perdição na minha frente, macarrão com queijo, não é possível, essa é a minha comida favorita, eu amo macarrão com queijo, como eles descobriram.

   Para, para, para, para.
   Controle, 39,8.

 Controle
 Controle
 Controle
 Controle

   Preciso me distrair com algo, não posso comer isso, é super calórico.
   O cheiro invade meus pulmões e mexe com meus pensamentos.
   Não consigo evitar é minha comida favorita, pego a bandeja nas mãos e a encaro, não aguento, eu preciso comer isso.
   Começo a comer igual a uma louca, o queijo derretendo na minha boca é maravilhiso, como tudo que estava no prato, estava tão bom que cheguei a raspar o prato.
   Essa é a pior parte, a comida acabou e a culpa junta do ódio de mim mesma começam a me atormentar.
   Quero muito tomar meu laxante, mas a enfermeira não tira os olhos de mim, isso esta me irritando.
   Coloco no canal de filmes e assim ficou até as 9:30 até eu começar a fingir que estou com sono para dormimos e eu finalmente tomar o laxante.
   Desligo a TV e me aconchego entre as cobertas, a enfermeira faz o mesmo.
   Tiro um cochilo e acordo, olho no relógio e são exatamente 11:37, me levanto e pego o lax para tomar pego dois logo.
   Vou até a pia do banheiro e encho a boca de água e os tomo.
   Escuto um grito de apavoro e logo em seguida alguém passa correndo na frente do meu quarto, sinto uma sensação desconfortável, e a primeira coisa que faço é sair do quarto, viro para a esquerda e vou até o fim do corredor, vejo uma porta meio aberta e a luz acessa então resolvo entrar para ver o que está acontecendo.
   Abro a porta e vejo aparentemente sangue no chão, olho mais para frente e vejo o corpo da Cassie estendido no chão com os antibraços rasgados, uma linha do pulso até o fim do antebraço.
 
   A Cassie se matou.

   Eu fico paralisada olhando seu corpo esgotado no chão com sua mão ainda segurando a lâmina usada por ela e seus olhos ainda abertos me encarando.
   Fico sem reação como se meu pés estivessem presos ao chão até um enfermeiro chegar e me tirar do transe.
 - O que você está fazendo fora do seu quarto. - uma enfermeira grita comigo, até a irmão da Cassie chegar aos prantos e me levar para o quarto e lá ficamos passando a noite em claro só vendo a enfermeira chorando pela sua irmã e eu ainda em choque com o que vi.
         
   

Ainda sou eu, Chloe Benson (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora