Prisioneira-

Capítulo 37 - Maneira

[Lia Young On]

Continuei andando de um lado para o outro naquele maldito escritório enquanto esperava qualquer uma pessoa aparecer para me dar uma notícia sequer. Mas nããão... já era quase meio-dia e nada de ninguém me dizer nada! Nem mesmo um “oi Lia”.

Bufei completamente irritada e balançando a cabeça negativamente, decidi que iria voltar para a sala; ali veria qualquer uma pessoa que entrasse na casa. Cruzei os braços e segui em direção a porta, mas assim que fiz isso a mesma se abriu e um Yoongi completamente irritado entrou sozinho.

Assim que pensei em abrir a boca para perguntar qualquer coisa, ele simplesmente pegou a primeira coisa que viu pela frente e jogou contra a parede. Apertei as mãos com força e dei um passo para trás, por mais que já estivéssemos convivendo a um bom tempo, vê-lo dessa maneira me trazia péssimas lembranças.

- Yoongi... – o chamo e ele bate as mãos com força na madeira da mesa que ele usa para o trabalho.

- Aquele filho da mãe ousou prejudicar minha empresa! – o ouso dizer e ele franzo as sobrancelhas. – Mas se ele acha que eu vou deixar qualquer coisa deste tipo barato, hã, aquele... Desgraçado!

- Quem fez algo com sua empresa Yoongi? – questiono me aproximando e tocando seu ombro, mas assim que faço isso, ele se afasta bruscamente e me olha com uma raiva de pôr medo em qualquer um.

- Vai embora Lia, eu quero resolver tudo isso sozinho.

- Mas...

- VAI EMBORA! – desvio meu olhar do dele e ainda sem qualquer reação aparente, assinto e caminho em direção a porta, mas antes que eu chegasse até a mesma, a mão de Yoongi segura meu pulso e fazendo-me parar de caminhar, vira-me para si. O encarei sem demonstrar qualquer emoção e o vi acalmar-se aos poucos. Sinceramente, não fazia a mínima ideia se deveria ficar com raiva ou não pelo fato dele ter falado comigo daquela forma ou por eu ter “provocado” vendo a forma como ele estava. – Me... – expira e puxa-me para mais perto de si – me desculpe.

Dei de ombros e abraçando sua cintura com força, ficamos daquela maneira por uns instantes. A respiração dele que antes parecia pesada, tranquilizou-se aos poucos e já podia perceber que Yoongi estava mais calmo.

- Tudo bem. – falo ainda abraçada a ele. – Mas não vai me dizer o que aconteceu? É algo envolvendo a volta de Seokjin?

Yoongi deslizou as mãos por minhas costas e me causando rápidos arrepios, afastou-se minimamente de mim.

- Não... – balança a cabeça negativamente – quer dizer, isso também. Mas o problema da vez é com outro, Kim ChungHo.

- Nunca ouvi falar – dou de ombros e quebrando aquele abraço, caminho até a mesa e afastando algumas coisas que tinham em cima da mesma, sento e encaro Yoongi por uns instantes. – O que este fez?

- Tentando comprar aos poucos as ações de meus acionistas. – bufa e revira os olhos. – E parece que está conseguindo!

- Mas você não é dono da maioria?! – franzo as sobrancelhas e o vejo assentir. – E então?

- Eu não quero que ele tenha nem dez por cento de nada das minhas empresas! – diz entredentes.

- Mesmo assim Yoongi – reviro os olhos – se algum destes acionistas venderem suas próprias porcentagens, não mudará o fato de que você é o maior dono de ações! E também você é o presidente... pode muito bem sugerir uma reunião e você mesmo comprar as ações deste, ou não pode? – franzo as sobrancelhas e ele apenas maneia uma das mãos. – Certo... esquecendo tudo isto, e Seokjin? Ele sabe da localização do meu... de Marcus?