Provas de roupa e amor jovem

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Quando eu cheguei no quarto, Margot estava deitada de lado nua na cama, ela parecia magoada, mas eu não sabia o que falar, porque não sabia o que estava acontecendo. Eu deitei e puxei ela pros meus braços.

-Me desculpa, amor. Não quis ser grossa com você. - Eu beijei seu ombro e ela se virou pro meu lado.

-Eu estava preocupada com você. Se nós vamos fazer isso, você precisa confiar em mim...precisa me deixar entrar.

-Eu poderia ter te machucado. Você viu o que eu fiz no banho, eu não estava bem. Isso pode ser algum tipo de doença, não sei.

-Bom, daqui a um tempo vai ser na saúde e na doença. - Ela disse me beijando. Eu sabia que ela estava magoada, não poderia tranquilizá-la justamente por não saber o que acontecia comigo, mesmo assim, ela tentava me acalmar.

-Você não ficou com medo de mim?

-Não, eu te disse, só estava preocupada. Já é a segunda vez que acontece isso com seus olhos, precisamos descobrir o que é.

-Vou conversar com Yuri amanhã. Não precisa se preocupar, dorme que eu já roubei muitas horas de sono de você.

Eu a abracei e fechei meus olhos, enquanto meu corpo relaxava por estar com ela de novo.

Margot me acordou, essa era inédita, eu olhei para o lado, procurando meu relógio e o mesmo marcava nove horas da manhã. Eu tinha dormido a noite toda, aquilo só ficava mais e mais estranho. Enquanto nós estávamos tomando café, ela praticamente quicava na cadeira.

-Posso saber o que está acontecendo?

-Eu tô animada.

-Isso eu entendi, mas porque?

-Hoje é a prova do meu vestido, mais precisamente, daqui a duas horas. - Ela disse e os olhos dela brilharam, eu não aguentei ver aquele rostinho feliz daquele jeito. No próximo segundo eu ja tinha ela nos meus braços.

-Você está animada com o casamento?

-Uhum - ela disse rindo e eu a levei pro quarto. Tudo relacionado ao casamento, nosso casamento, me deixava de ótimo humor, e saber que Margot também estava ansiosa me deixava mais feliz ainda. Depois de ficarmos um tempo na cama, Margot foi se arrumar para sair.

-Eu queria ir também.- Disse rolando na cama e ficando de bruços enquanto a via se arrumar.

-Não senhora, Dá má sorte ver a noiva de vestido antes do casamento.

-Mas eu também sou a noiva.

Ela estava colocando o tênis e por um minuto pareceu estar considerando a idéia. Se ela aceitasse, eu pularia da cama na mesma hora.

-Mesmo assim não. Alem do mais, você tem que trabalhar.

-Verdade, vamos que eu deixo você na casa de Karen. Depois do trabalho vou até a boate.

Nós saímos de casa e Margot sentou no carro e apagou. Quando eu estacionei o carro na garagem da casa de Karen, acordei a loira desmaiada ao meu lado.

-Eu queria saber que tipo de sonífero que tem nesse carro que só atinge você. Como pode você sempre dormir aqui? - Disse soltando o cinto de segurança dela e a sentando no meu colo. -Você tem andado muito cansada nos últimos dias, é algo relacionado ao casamento?

-Não, nada disso, só estou sobrecarregada na faculdade, mas é o normal. Daqui a um tempo acaba, e então eu vou ser só sua. - Ela disse beijando meu pescoço.

-Só minha, até que não é uma má ideia. - Eu disse e ia beijar ela, quando ela se soltou de mim e saiu do carro, ela queria brincar, acho que ela esqueceu que eu não jogo limpo, quando eu saí do carro segurei ela pela cintura e a sentei no capô do carro.

-Sabe que você não consegue fugir de mim, não é? Eu sou muito mais rápida que você. - Disse segurando seus pulsos com uma mão enquanto afastava suas pernas com a outra, eu fiquei em pé entre suas coxas e ela estava quente. E linda. Sua franja estava na frente de seu olho e eu estava completamente distraída por ela ali na minha frente, tão distraída que comecei a beijar Margot e não percebi que tinha alguém olhando aquela cena toda. Quando o beijo começou a ficar indecente, Karen tossiu muito alto e Margot me empurrou descendo do carro como se tivesse levado um choque. Eu ri e segurei a cintura dela, beijando seu ombro.

-Para, Sofia. Oi Karen, tudo bem?

-Não tão bem como vocês pombinhas, mas estou bem sim. Olá, titia, será possível que a senhora não consegue desgrudar nem por um minuto de Margot? Só falta você me falar que ela vai com a gente. - Karen disse olhando acusadoramente para Margot.

-Achei que você gostasse da minha companhia, minha sobrinha querida. Tudo bem, vou deixar vocês a sós, tenho uma coisa para resolver. - Eu fui até Karen e dei um beijo em sua bochecha, ela entrou gritando para Margot que estava esperando ela na cozinha. Eu me aproximei da loirinha e ela parecia envergonhada.

-Suas sobrinhas não podem ver a gente assim toda hora.

-Você está com vergonha, Gogo? - Eu segurei ela pela cintura e puxei ela pra mim, encaixando ela no meu colo, ela cruzou as pernas e segurou meu pescoço com força..

- Eu não estou com vergonha, é falta de respeito com elas.

-Elas não estão nem ai se a gente se beija ou não na frente delas, mas já que você pediu, eu vou tentar me segurar quando nós estivermos em público, tudo bem?

-Tudo bem. Eu te amo, viu? - Ela disse beijando meu pescoço e eu abafei um gemido.

-Você não pode fazer uma coisa dessas comigo em público também, porque agora eu quero levar você de volta pro nosso quarto. - Eu apertei a bunda dela por cima da calça e ela rebolou fechando os olhos, aquilo definitivamente não era justo. Quando ela ia me beijar mais uma vez, Karen apareceu na sacada da varanda de novo.

-É pra hoje essa despedida? - Quando ela viu Margot no meu colo, ela gritou "SAFADAS" e eu ri alto, Margot deu um tapa na minha cabeça e eu a deixei no chão. Ela estava vermelha e eu não conseguia parar de rir. Quando ela se arrumou e ia em direção a casa, eu dei um tapa em sua bunda e Karen riu mais alto ainda, e mesmo com a cara de assassina que Margot me mostrou, valeu a pena, eu voltei para o carro e já estava acelerando para longe dali antes das duas entrarem em casa.
Eu parei na frente do clube e entrei sem me preocupar em falar com alguém por ali, eu queria encontrar Yuri, e eu o achei em sua sala, fazendo o que ele mais gostava, contando seu dinheiro. Eu entrei e me sentei, quando ele olhou para cima, abri um sorriso.

-E então, mais rico do que semana passada? - Ele me olhou e sua testa criou um vinco de preocupação, aquilo realmente me deixou preocupada.

-Com toda certeza, mas não foi isso que você veio saber, não é mesmo? -Comecei a pensar se Yuri não tinha poderes e talvez tivesse lido minha mente, bobeira, ele teria falado comigo se conseguisse fazer alguma coisa.

-Não, tem uma coisa acontecendo comigo.

-Imaginei. Espere, já vamos conversar.

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