Enganada

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Aviso: Esse capítulo e o próximo terão algumas imagens. Sei que não costumo fazer isso, mas acho que pode ser legal pra vocês imaginarem a cena. Qualquer coisa se vocês gostarem, posso fazer isso mais vezes. Me digam nos comentários o que acharam.
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Acordei no sábado e não achei Margot em lugar algum. Liguei pra ela e a chamada não completava. Não conseguia falar com Carol, muito menos com Karen. Resolvi não pirar. Elas provavelmente estavam juntas. Como estavam sempre nos últimos dias. Já estava acostumada a dividir a atenção de Margot com elas. Fui até a casa de Karen e não tinha ninguém lá.

- Deuses, onde será que estão aquelas meninas? -Elas tinham simplesmente evaporado.

- Falou comigo, senhora? - a empregada de Karen apareceu atrás de mim, me dando um susto. Estava tão distraída que não notei sua presença.

- Olá, Gabriela. Você por acaso viu Karen hoje, ou Margot? - Disse enquanto pegava um copo de suco na geladeira. Era tão engraçado como pequenos gestos mantinham as aparências.

- Vi as duas hoje mais cedo. Elas falaram que se você passasse aqui era pra eu dizer a senhora que a senhora deveria ir se encontrar com Yuri...É, acho que era esse nome mesmo. — ela disse enquanto colocava a sacola de compras na bancada da cozinha.

- Muito obrigada, e...Gabriela? Me chame de você, ou Sofia. Senhora faz eu me sentir com 100 anos. Precisa de ajuda com isso? — disse apontando para a bolsa. Ela sorriu e negou — Então tchau querida — Disse sorrindo enquanto passava por ela e ia até meu carro.

Quando cheguei na boate, fui até a sala de Yuri, ele estava lá mexendo em seu BlackBerry. Digitava naquilo como um louco, como se estivesse mandando um email com um baita esporro para alguém. Me aproximei devagar, mas sabia que ele já tinha percebido que eu estava ali. Bati na porta mesmo depois de ter aberto, só para chamar a atenção dele, que levantou os olhos do telefone.

- Olá Yuri. Margot me mandou vir aqui, aconteceu alguma coisa? — Eu parecia preocupada e mesmo assim ele estava tranquilo.

— Uhm, ela mandou foi? Então você gosta de obedecer ordens. — ele falou sem perder a oportunidade de me zoar, enquanto voltava a atenção ao telefone.

— Seu imbecil. — Disse rindo enquanto deitava em seu divã. — Onde está minha noiva?

— E o que te faz achar que eu saberia responder essa pergunta? Ela é sua noiva, e não minha. — ele disse enquanto deixava o telefone de lado e arrumava algumas pastas em cima de sua mesa.

- Ela me mandou até aqui, achei que você soubesse onde ela está. Margot não atende o telefone. Já liguei umas vinte vezes.

- Entendo. Me fale Sofia, você pensa em se casar de vestido? — Ele disse anulando tudo que eu tinha falado com ele antes. Yuri se recostou um pouco na cadeira, como se estivesse se espreguiçando.

- Acho que não, talvez um terninho branco... — sempre achei que um terno era mais o meu estilo. Se eu não tivesse  tanta raiva do general, talvez me casasse com meu uniforme de major.

-E você usaria um salto? — Yuri estava engraçado naquela posição. Ele tinha as mãos juntas, com os cotovelos apoiados nos braços da cadeira. Ele parecia pensativo.

— Ai sim, Karen me mataria se eu não estivesse de salto em meu casamento. — Dessa eu definitivamente não iria fugir. Yuri levantou e foi até o banheiro de sua sala, voltando de lá com um embrulho preto grande. Estava jogado pelo seu braço e tinha um cabidedo lado de fora.

— Como seu padrinho de casamento e te conhecendo bem melhor do que você mesma, tomei a liberdade de escolher uma coisa, experimente e me diga o que acha. Caso não goste, podemos trocar, então não se sinta pressionada.

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