Capitulo 7

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Elizabeth

O caminho ate o castelo é longo, com esse silencio tornar-se um castigo, em minha mente ouço novamente as palavras de Drácula, não consigo acreditar que um dia me apaixonei por alguém tão estúpido, ele permanece olhando para fora da janela, por ser um vampiro tenho certeza que tem uma visão mais ampla que a minha.

- O que esta observando? Pergunto para quebrar o silencio.

- Estou apenas verificando se os lobisomens estão em seus devidos lugares. Ele diz com uma voz calma ainda olhando para fora da janela.

- E o que faria se eles estivem fora de seus lugares? Pergunto ansiosa pela sua resposta.

Ele finalmente olha em meus olhos, mesmo com pouca luz dentro da carruagem que esta iluminada apenas por uma pequena lamparina, posso ver uma expressão sarcástica em seu rosto.

- Bem, acho que teria que destruí-los, e o que faço com quem não me obedece. Ele diz com sorriso que faz meu coração fica ainda mais acelerado.

- Esta insinuando que vai me destruir, caso eu permanece na Transilvânia? Pergunto

Drácula se aproxima do meu rosto e diz:

- Talvez. Sua voz sai como um sussurro.

- Pois saiba que eu não tenho medo de você. Posso ate esta com medo mais isso ele nunca vai ouvir sair da minha boca.

- Pelas batidas de seu coração, posso afirma que esta mentindo. Sua proximidade esta começando a me incomodar, me afasto para mais perto da janela.

- Esta tirando conclusões precipitadas. Digo tentando ver algo fora da janela, mas só vejo um bosque escuro e alguns pares de olhos brilhantes que tenho a impressão que são os lobisomens.

- Acho que é melhor você ficar longe da janela. Drácula diz apoiando sua cabeça no forro por trás dos acentos da carruagem. - Eles podem me obedecer, mas você é uma estranha nessas terras eles podem querer experimentar algo novo, quanto assim não posso fazer nada. Ele sorri discretamente.

Eu me afasto lentamente da janela e fico próxima a ele, de repente sinto uma pontada em meu peito, encosto a minha cabeça levemente nos ombros de Drácula, não sei o que estou sentindo, meus olhos ficam pesados, minha respiração fica falha.

- O que esta fazendo? . Ouço a voz de Drácula um pouco longínqua.

- Minha cabeça esta doendo. Sussurro

- Meus ombros não são travesseiros, vamos já chegamos ao castelo.

- Eu...não consigo. Eu sinto meu corpo cada vez mais pesado.

- Elizabeth! . Essa é a única palavra que ouço de Drácula, vejo apenas sombras, ate não senti mais nada do meu corpo, fecho os olhos e adormeço.

Drácula

Elizabeth simplesmente desmaiou em meus braços, confesso que a volta dela me deixou abalado, no fundo sei que o que sinto por ela é inevitável, mas me manterei centrado no meu propósito de lutar pela continuação do meu povo.

Ordeno ao chofer que coloque a carruagem dentro do castelo, pego a Elizabeth em meus braços, ouço seu coração bater lentamente, desço da carruagem e vou em direção ao laboratório de Victor.

- Victor, abra a porta. Ordeno

- Sim, mestre. Ele diz. - O que aconteceu mestre?

- Sem perguntas Victor. Coloco Elizabeth com cuidado em um sofá perto da mesa de Victor.

- Quem é essa moça, mestre?

- Não a reconhece? Pergunto.

- Não.

- É a Elizabeth sua querida filhinha. Digo irritado

- Mas o que ela esta fazendo aqui?. Pergunta incrédulo

- Veio ver você.

- O que nós fazemos?

- ''Nós''? A filha é sua , ela veio aqui por você , o problema é seu.

- Não Drácula, o problema é nosso ela da linhagem da Eliza sua esposa.

- Eliza esta morta Victor, quanto a esta Elizabeth você terá que convence-la a voltar para a França o mais rápido possível, antes que o Heron a encontre novamente.

- Por favor mestre sem a sua proteção estaremos perdidos. Ele implora

- Falem baixo, por favor. A voz suave de Elizabeth nos faz olhar para ela que esta com a sua pele pálida, ela permanece deitada no sofá.

- Filha o que aconteceu?. Victor pergunta ajoelhando-se perto dela.

- Não sei, sente uma dor em meu peito e não consigo me lembrar o resto. Ela coloca uma das mãos em sua cabeça.

- Você desmaiou. Digo

- A sua voz esta me irritando. Ela diz.

- Deveria ter te deixado dentro daquela carruagem. Garota estupida.

- Deveria ter me deixado lá, já que me pediu para fica longe de você.

- Eu disse que iria trazê-la ate o seu pai , não costumo quebrar promessas. Ela só esta me fazendo perder tempo. - Já que esta com o seu querido papai vou me retirar, você me fez perder o melhor do baile.

- Espera. Ela grita

- O que quer?

- Eu preciso conversar com você. Ela sussurra

- Quando eu voltar do baile nos conversarmos. Por mais que eu peça para que ela fique longe , sei que ela não ira ficar com certeza seu sangue falara mais alto.

Faço um reverencia e me retiro da sala, vou em direção à carruagem, ela me fez perder o foco mais uma vez, droga, só espero que ela volte para a França antes que seja tarde demais.

Elizabeth

Minha cabeça ainda dói, mas ver o meu pai minimiza qualquer dor, depois que o Drácula saiu comecei a me sentir melhor.

- Pai. Minha voz ainda esta um pouco fraca.

- Minha filha como é bom te ver, você esta linda . Ouvir sua voz é com um calmante.

- Pai eu senti tanto a sua falta. Sinto lagrimas escorrerem pelo meu rosto, ele as enxuga.

- Eu também senti muito a sua falta minha querida, mas por que você veio ?

- Eu preciso de respostas papai , sobre o que aconteceu naquela noite , o por que dos sonhos estranhos que estou tendo , são tantas perguntas. Sinto minha cabeça dor novamente.

- Acalme-se filha, teremos tempo para isso, não pedirei que vá embora, você pode ficar, bom terá que enfrentar o Drácula, mas eu quero que fique .

- Eu não tenho medo do Drácula papai.

- Filha o Drácula que você conheceu não existe mais.

- Eu sei papai, ele me tratou com total desprezo, mas não vou me intimidar.

- Eu sei meu amor, então descanse você esta hospedada em algum lugar?

- Sim, mas amanha mesmo irei buscar as minhas coisas.

- Esta bem, agora vá para o quarto de hospedes e descase o baile só ira termina amanha.

- Este castelo é seu?

- Drácula me emprestou ate que minha mansão seja restaurada.

- Esta bem , irei dormir um pouco.

Saio lentamente da sala, papai me mostra o quarto hospedes um verdadeiro luxo, as cores vermelhas e douradas dão um ar de realeza ao lugar, deito sem pensar duas vezes, amanha conversarei com Drácula queira ele ou não irei ficar aqui ate que todas as minhas perguntas sejam respondidas. 

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