Elizabeth*
Meu corpo insiste em permanecer na cama, depois do pesadelo sempre sinto um peso dentro de mim, abro os olhos e vejo pequenos e resistentes raios de sol invadirem o quarto.
Enrolo-me novamente nos lençóis e sinto o doce aroma do perfume de Drácula.
Aquele beijo poderia ter durado mais, mas isso so iria me machucar.
Ergo-me da cama e vou em direção ao banheiro , depois de um banho demorado saio e faço minha higiene matinal, troco de roupa de preferência coloco meu sobretudo verde-escuro, calças e botas, prendo meu cabelo em um simples rabo de cavalo.
Abro a porta do quarto e ouço notas de piano ecoando pelo Castelo, sigo som e chego ate a sala principal do Castelo onde Lady Joliet está tocando divinamente o piano.Aproximo-me lentamente para não atrapalhar.
Sento-me em uma poltrona de frente para ela.
Joliet cessa as notas e olha para mim com um sorriso gentil em seus lábios.
- Bom dia querida. Fala com sua voz mansa
- Bom dia Lady Joliet.
- Como esta se sentindo?
- Estou melhor agora.informo
Ela levanta e senta em uma poltrona ao lada da minha.
- Drácula praticamente nos expulsou do seu quarto ontem. Comenta
- Desculpe por incomoda-los. Digo baixinho
- Ora essa Lizzy você é a salvação dos meus dias. Ela segura minha mão.
- Lady Joliet posso lhe fazer uma pergunta?.
- Quantas quiser.
- A senhora conhecia bem a Eliza?
Lady Joliet sorri de forma pensativa.
- Eu a conhecia muito bem Lizzy, ela era assim como você,ela e Vlad se conheceram ainda muito jovens e tornaram-se amigos, Vlad tornou-se um cavaleiro famoso por suas vitórias e por seu modo bruto de agir em batalha, mas Eliza tornou-se uma mulher pacífica e com grande influência na côrte, com a convivência os dois acabaram se apaixonando e logo depois casaram-se e foi ai que Vlad descobriu que Eliza possuia um poder que nem mesmo sua familia compreendia.
- Mas aonde Heron aparece nesta história? Pergunto
- Heron sempre foi o rival do Vlad, ao descobrir sobre o poder maligno de Eliza ,Heron contou aos líderes da ordem sagrada que não pensaram duas vez antes de eliminar o mal pela raiz. Suas palavras saem amargas.
- E o que Vlad fez?
- Tudo o que você pode imaginar para proteger a Eliza, mas o pior aconteceu, desde desse dia Vlad tornou-se o que é hoje, um ser que até eu sendo sua tia e madrinha tenho medo de suas atitudes.
- Sabe Joliet, sempre ouvi sobre todas as barbaridades que Drácula ja fez e ainda faz, mas não consigo odia-lo. Digo cabisbaixa.
- Lizzy suas palavras são as mesmas da Eliza, mas devo alerta-la ja que não é mais uma criança, Drácula não tem sentimentos por ninguém, tudo o que ele faz é para seu próprio prazer.
- Eu estou começando a perceber isso Lady Joliet, mas meu coração não consegue aceitar. minha voz sai como um lamento.
- Querida eu sei o que é isso, mas as atitudes de Drácula perante o conselho não tem sido nada favoráveis, receio que essa revolta possa sair de seu controle.
- A senhora tem medo do que pode acontecer com ele?
- Sim...., o que falta para o Drácula é compaixão, mesmo que sejamos vampiros nada pode mudar o que somos de verdade, o Vlad não era assim , os anos que viveu com Eliza o tornaram um homem explendido, mas a maldade infelizmente tormou conta do meu sobrinho.
- Eu sinto que em alguns momentos Vlad aparenta algum compaixão, mas seus instintos sempre o levam a brutalidade. Digo ainda segurando sua mão com delicadeza.
- Você é tão gentil Lizzy e é por isso que você é minha esperança.
- Não estou entendo Lady Joliet. Digo realmente confusa com esse rumo da conversar.
- Elizabeth, eu imploro a você mesmo que Drácula seja esse homem perverso, não desista dele. Fico assustada com esse pedido.
- Joliet, se algo acontecer com ele, será consequência de seus atos, por mais que me doa dizer isso.
- Eu sei querida, mas não desista dele está bem?
- Sim. Joliet me deixou assustada com essa conversar, talvez seja apenas uma preocupação de tia.
- Elizabeth se quer saber mais sobre a Eliza ou até mesmo sobre o Vlad, pergunte para ele.
- Mas será que ele vai me dizer algo?Pergunto.
- Claro que sim com esse seu jeitinho meigo você vai conseguir fazer com que ele conte algo. Ela da uma piscadela para mim.
- Se você está dizendo eu vou perguntar.
Meu estômago denúncia a minha fome.
- Bem, acho melhor comer algo . Joliet sorri divertida.
- Também acho . Digo Levantando da poltrona deixando a sala e seguindo para a cozinha.
Depois do café da manhã decido ir para o laboratório conversar um pouco com papai.
O encontro imerso em seus livros de ciências.
- Atrapalho? Pergunto aproximado-me dele.
- Claro que não querida. Seu sorriso cansado me deixa mais aliviada depois de uma noite turbulenta.
- Como você está? Pergunta
- Bem, foi apenas um sonho ruim.
- Entendo.
- Pai, sei que não fala muito sobre isso , mas você tem alguma notícia da mamãe?
Papai arrelaga os olhos e devia o seu olhar do meu.
- Filha, não tenho nenhuma notícia de sua mãe desde daquele dia à dez anos, mas fique tranquila um dia estaremos todos juntos novamente, acredite nisso. As palavras de papai saem mais como afirmação do que como uma simples esperança.
- Eu também quero acreditar nisso papai. Dou um abraço desajeitado nele que retribui de forma meiga.
- A esperança é a última que morre filha.
- Isso mesmo papai. Confirmo com entusiasmo.
Depois de para o laboratório vou ate a biblioteca ler alguns livros para passar o tempo
A conversar com Lady Joliet esta martelando em minha cabeça.
Sempre ouvi histórias sobre o quanto o povo sofria nas mãos de Drácula , mas para mim ele sempre foi um símbolo de proteção.
Isso me deixa confusa.
Não consigo odia-lo.
Dizer que o amo é como uma facada em meu peito pois sei que será impossível para ele retribuir o que sinto por ele.
E ainda tem essa angústia por falta de notícias da mamãe.
Só gostaria de ter a minha família reunida novamente e que podemos viver em paz.
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The castle
FanfictionTransilvânia ano 1890 Elizabeth é uma jovem de 19 anos que passou quase metade de sua vida longe de seu pai Victor Frankenstein Em busca de resposta sobre os mistérios que envolve sua vida ela decide retornar a sua terra natal,a Transilvânia. Eliza...