Capítulo 22

47 2 0
                                    

Elizabeth

Depois dos preparativos , Vlad veste seu sobretudo preto , mas permanece com seus cabelos soltos , a aparência não mudou muito e seu porte de Conde continua intacto.
Seguimos para fora do castelo, a fragilidade do Vlad é notória , enquanto caminhamos para o barco sinto que a sua respiração está pesada.
  - Está se sentindo bem ? Pergunto tocando em sua mão.
  - Sim. Ele sussurra
  - Esta mentindo.Afirmo
  - Estou sentindo algumas dores em meu corpo, satisfeita. Ele me olha com um sorriso.
  - Sim. Digo convencida.
  - Podem subir.
  Subimos no barco e nos despedimos de Set.
  O barco segui no curso normal do rio, a escuridão ao nosso redor e assustadora.
Vlad permanece olhando para frente dialogando com o homem que esta conduzindo o barco em um idioma desconhecido.
Eu ao seu lado fico apenas observando os dois, ate que algo na margem do rio chama minha atenção, uma figura sem forma definida mais escura que a própria escuridão,com olhos verdes reluzentes, sinto um arrepio em meu corpo, aperto o braço do Vlad com força.
  Ele apoia seu rosto em meus cabelos.
  - Acalme-se Lizzy , são espíritos que vagam por este lugar ,eles são inofensivos.
  - Estou calma , eu só fiquei supresa.
  - Sei. Ele volta sua atenção para homem e recomeçam a conversa.
  - Chegamos. O homem informa em meu idioma.
  Paramos enfrente a entrada de um bosque onde uma carruagem está nos esperando.
Descemos do barco e caminhamos até a carruagem e para minha surpresa Chanceler será o nosso chofer.
  - Elizabeth . Chanceller vem em minha direção , me abraça e depois me olha verificando se estou intacta- Que bom, que está bem .
  - É bom vê-lo novamente Chanceller. Diz Vlad cruzando os braços.
- Mestre. Chaceller faz uma breve reverência - É muito bom vê-lo novamente, estou com saudades dos seus xingamentos. Ele ironiza.
  Solto uma pequena gargalhada.
  - Vocês dois podem ficar se confraternizado, mas eu quero descansar. Vlad dá alguns passos em direção a carruagem, mas para e põe a mão no lugar do ferimento.
  - Vlad , o que houve? Vou até ele.
  - Mestre. Chanceller me acompanha.
  - Acho que forcei demais os passos. Ele fala respirando pausadamente.
  - Caminhe devagar . Recomendo
  Entramos na carruagem e seguimos para a mansão.
O caminho é longo e sinceramente não sei como chegamos até esse bosque tão rápido, o rio parecia que não havia fim.
A escuridão vai dando lugar a luz e através da janela vejo que os raios do sol dão a impressão de um amanhecer.
  Vlad a minha frente , abri e fecha os olhos devagar , ele realmente esta cansado.
A carruagem para e Chanceller vai até a porta.
  - Bem- Vindo de volta mestre.
  - Eu quero dormir. Vlad Sussurra.
  - Parece uma criança , não é mesmo Chaceller? Pergunto irônica.
  - Sim ,senhorita.
  - Palhaço. Resmunga Vlad
  - Quanto tempo fiquei fora? Pergunto intrigada.
  - Dois dias senhorita , com a ajuda de seu pai conseguimos distrair a sua mãe.
  - O tempo no submundo é diferente da superfície. Vlad comenta bocejando.
  - Vamos logo para dentro. Digo e abro a porta , o sol esta agradável
  - Pode sair mestre. Informa Chanceller.
  Vlad fica receoso , mas sai com as mãos fazendo sombra sobre seus olhos.
  - Então , algum incômodo? Pergunto
  - Um pouco , meus olhos estão ardendo.
  - Levando em consideração o fato deles serem azuis , isso é normal, você só não esta acostumando.
  Seguimos até a porta da mansão abro e não encontro ninguém na sala.
  - Tranquilo demais. Comento
  - Devem está no laboratório. Informa Chanceller.
  Vlad senta na poltrona.
  - Elizabeth . Ouço a voz da mamãe vindo do corredor do laboratório.
  - Prepare-se. Chanceler murmura.
 
Mamãe chega a sala e me encara incrédula.
  - Oi mãe . Digo sorrindo
  - O que ele esta fazendo aqui? Ela grita
  - Se me fizer o favor de falar baixo eu agradeço. Vlad resmunga.
  - O que ? Como ousa falar assim comigo? . Mamãe esta gritando novamente.
  - Calma mamãe , depois conversamos, eu explico tudo. 
  - Acho bom você me explicar mesma mocinha. Mamãe cruza os braços.
  - Mestre . Papai aparece com uma cara assustada.
  Vlad acena com uma das mãos em resposta.
  - Pai podemos conversar . Digo  puxando-o para a parte superior da mansão.
  - Claro.
  - Chanceller cuide para que ele se comporte. Brinco
  - A minha babá é você Lizzy. Vlad diz sorrindo.
  - Eu não acredito que vou conviver com isso. Mamãe berra
  - Essa mansão é minha , sabe disso não sabe ? Vlad olha para papai.
  - Victor do que ele está falando?
  - Bem querida, a escritura dessa terra esta no nome do Conde e todos os nossos equipamentos também , eu iria falar para você.
  - Ou seja vocês é que vão morar comigo agora. Vlad acrescenta
  - Ótimo , depois conversamos. Mamãe vai resmungando para o laboratório.
  - Vlad pode controlar os seus comentários por favor. Peço
  - Tudo bem senhorita. Ele encosta a cabeça na parte acolchoada da poltrona.
  Subo com papai para o meu quarto.
  - O que houve querida?
  - Papai eu usei uma parte do meu poder para trazer o Vlad à vida , mas ao que parece o ferimento dele é grave e requer cuidados médicos. Informo
  - Eu percebi que ele está fragilizado.
  - Sim , ele ainda senti dores no corpo, eu preciso de sua ajuda papai , posso contar com o senhor?
  - Claro ,minha filha . Papai me olha com um sorriso de lado - A ligação de vocês dois é algo que eu não consigo explicar.
  - Nem eu papai. Afirmo no começo achei que seria por causa da Eliza , mas agora sinto que tem algo mais forte entre nós.
  - Bem vou fazer uma avaliação clínica no estado dele e depois vejo o que posso fazer.
  - Obrigado , eu te amo pai , pode dá um jeito na mamãe?
  - Eu também te amo filha , pode deixar que com sua mãe eu sei lidar. Ele sorri gentilmente.
  Descemos para a sala e encontramos Vlad e Chaceller conversando distraídos.
  - Mestre . Papai interrompe a conversa. - Temos que fazer alguns exames para avaliar as suas condições.
  - Pode ser outra hora , estou exalto. vlad esta começando a ficar pálido.
  - Claro, deixarei que descanse por hoje , amanhã iniciaremos os exames.
  - Certo. Vlad acena com a cabeça para papai
  - Você vai ficar no quarto de hóspedes por hoje Vlad. Informo
  - Sem problemas . Ele levanta e olha para a escada.
  - Eu o ajudo mestre. Chanceller pega em seu braço.
  - Devagar , um degrau por vez . Recomendo.
  - O quarto fica ao lado do meu . Subo junto com eles .
  O quarto é confortável e bem arrumado, com uma decoração imperial a pedido de joliet, com uma bela janela com vista para o jardim.
Vlad começa a tirar as suas roupas.
  - Qual a necessidade disso? Pergunto
  - Esta me incomodando. Responde
  Chanceller se aproxima para ajuda-lo .
  - Não precisa , eu faço isso sozinho. Resmunga.
  - Pode deixa Chanceller eu cuido dele . Sussurro e Chanceller sai do quarto.
  Vlad solta um gemido a cada tentativa frustrada de tirar o sobretudo.
Me aproximo e começo a abrir os botões , ele me encara confuso, mas não diz nada, retiro e coloco sobre a cama.
  - Pode tirar o resto. Sua voz sai provocativa, mas ignoro.
   Retiro a camisa de seda dele , que visão maravilhosa , seu peitoral definido , resultado de anos como cavaleiro, fico parada observando cada detalhe , volto a realidade vendo um obstáculo a minha frente.
  - Pode tentar tirar a sua calça?por que eu não vou fazer isso.
  - Esta com medo de ficar de joelhos na minha frente? .
  Fico sem reação , o que ele esta insinuando ?
  - Eu não vou consegui tira-la . Ele cruza os braços e ergui uma das sobrancelhas.
  Reviro os olhos , deveria ter deixando isso para o Chanceller.
Seguro a barra da calça.
  - Se fizer isso devagar, vai complicar a minha situação. Ele comenta sorrindo.
  - Fica em silêncio. Resmungo
  Começo abrindo um botão da calça , mordo os lábios , desço ou não desço?
  Vlad abri o zíper da calça , desce ate os pés.
  Preta? Claro, até a cueca dele é preta,reparo no volume que não é nada pequeno , tenho até medo do que esta lá dentro, acho melhor eu não encarar.
  - Esta ficando vermelhinha . Ele me olha nos olhos com um sorriso travesso nos lábios.
  - Você podia ter tirado sozinho desde do começo. Digo irritada.
  - Eu só queria vê até onde você iria.
  - Engraçadinho.
  Esse homem é uma obra-prima, tudo tão perfeito , droga só há uma peça de roupa cobrindo seu corpo, Deus que pecado.
  - Eu estou ficando sem graça com você me encarando desse jeito. Ele senta na cama.
  - Não estou encarando você.
  - Não ? . Ele levanta , se aproxima de mim, pegando em minha cintura e acariciando o meu rosto.
  - Você estava encarando a minha obra-prima e mordendo essa boquinha linda,sua pervertida. Ele  sussurra em meus lábios.
Coloco a minha cara de deboche para ele.
  - Estava mesmo. Digo em um sussurro.
  Ele sela nossos lábios num beijo intenso e permaneço com minhas mãos em sua cintura.
Ele cola seu corpo ao meu , sinto o volume pressionando minha barriga.
Ele para o beijo me dando um selinho .
  - É melhor eu ir dormir. Ele sorri malicioso.
  -  Você precisa descansar mocinho. Envolvo meus braços em seu pescoço.
  - Vai ser difícil com você perto de mim. Ele acaricia minhas costas.
  - Acho melhor você baixar seu fogo. Brinco
  - Eu preciso de você para isso. Sua voz rouca me deixa sem fôlego.
  - Vlad..
  - Tudo bem , irei dormir . Ele me solta e deita na cama.
  - Eu venho te acordar na hora do almoço.
  - Esta bem . Ele murmura e fecha os olhos.
  Saio do quarto suspirando , eu não posso fazer nenhuma bobagem ....ainda não.
Vou para meu quarto , me jogo na cama olhando para o teto .
  - Preciso contar para Joliet e dar um jeito de trazê-la para mansão.murmuro
  Confesso que não exitaria se o Vlad apronfunda-se o beijo e seus toques , sinto meu corpo queimar.
  - Controle-se Elizabeth , há coisas mais importantes para serem feitas. Digo sorrindo olhando os raios de sol adentrando o quarto através da janela.
 

The castle Onde histórias criam vida. Descubra agora