- Elizabeth. Ouço a voz firme de Drácula.- Chegamos levante-se.
- Sim senhor. Sussurro.
Saímos da carruagem sinto como se minhas pernas estivessem congeladas, levanto os olhos e avisto um chalé com dois andares pequenos com uma decoração externa um pouco antiga de madeira, a neve esta dificultando ainda mais os meus passos.
- Se continuar assim vai virar um boneco de neve. Drácula não perde a oportunidade de ser um incomodo.
- Minhas pernas estão congelando. Grito irritada.
Ele se aproxima de mim e me põe em seus braços.
- Que cavalheiro conde. Debocho.
- Se falar mais alguma gracinha eu a jogo no chão.
- Bruto.
- Idiota. Drácula sussurra.
Ele me põe no chão a porta do chalé.
- Este chalé é seu? Pergunto.
- Tem meu nome na porta não esta vendo?. Drácula consegue ser grosso nos momentos mais inapropriados
- Era só dizer que sim. Digo
- Entre logo.
Eu empurro a porta e me deparo com um verdadeiro luxo de chalé o primeiro cômodo é a sala com apenas um sofá grande e uma mesinha com alguns livros a iluminação é feita por um enorme lustre com velas.
- Esta decoração parece ter sido feita pela Lady Joliet. Comento.
- E foi feita por ela. Drácula confirma. – Suba as escadas e vá ate o primeiro quarto à esquerda e tire essas roupas.
- Mas o que vou vestir?
- Existem algumas roupas que foram deixadas pela empregada de Joliet, pelo seu físico creio que elas vão servir.
Subo as escadas ate o quarto que Drácula informou, abro o guarda-roupa e vejo apenas uniformes.
- Não acredito. Digo a mim mesma.
Deus! Não vou vestir isso, mas é melhor do que continuar com essas roupas molhadas.
Tiro minhas roupas molhadas não posso ficar com minhas roupas intimas, pois também estão molhadas o jeito é vestir só o uniforme mesmo, graças aos céus ele tem um bom comprimento, me enxugo com uma toalha que esta dentro do guarda-roupa e ponho o uniforme que fica abaixo dos meus joelhos, totalmente fechado na frente.
Abro a porta desço a escada devagar descalça, Drácula esta sentado no sofá com os olhos fixos no teto ate perceber minha presença.
Ele arqueia uma das sobrancelhas me olha da cabeça aos pés, continuo descendo a escada e fico parada no primeiro degrau.
Espirro varias vezes.
- Acho melhor ficar perto da lareira. Ele aponta para uma poltrona perto de uma enorme lareira na sala.
Vou em direção à poltrona e me acomodo de forma que não apareça nada inapropriado, Drácula sobe a escada depois de alguns segundos volta com um lençol vem em minha direção e me cobre.
Espirro novamente e sinto uma dor em meu peito.
- Minha cabeça esta doendo. Sussurro.
- Não seria para menos Elizabeth. Ele põe a mão em minha testa.
Fico alguns minutos perto da lareira, mas continuou espirrando tenho a certeza que meus cabelos úmidos estão contribuindo para isso.
- Seus cabelos estão úmidos. Ele diz com uma voz serena. - Venha para o sofá vou da um jeito nisso. Levanto-me e vou para o sofá devagar, Drácula senta e encosta a costas no braço do sofá eu fico de frente para ele.
- O que vai fazer? Pergunto.
- Vou enxugar seus cabelos. Ele diz serio.
Coloco a mão em sua testa. – Esta doente? Pergunto ironicamente.
- Vire-se para de frente para a lareira. Ele ordena.
Encaixo-me entre as suas pernas de costas para ele, o sofá parece uma cama de tão espaçoso, Drácula tira as suas botas e fica descaço com os pés no sofá, ele pega uma toalha e começa a enxugar meus cabelos devagar.
- Acho que estou perdendo a pratica. Ele sorri.
- Está indo bem, esta me dando sono. Sussurro e encosto minha cabeça em seu peito.
- Pode dormir se quiser colocarei você na carruagem de qualquer jeito.
Viro-me para olha-lo a expressão em seu rosto me surpreende, ele parece preocupado, fico de frente para ele ainda entre as suas pernas coloco minhas mãos envolta do seu corpo e afundo meu rosto em seu peito coberto pelo sobretudo quentinho., ele fica imóvel com os braços apoiados ao lado do corpo.
- Você parece uma criança carente. Ele debocha.
- Eu sou carente. Minha voz sai abaixa, mas audível, sinto lagrima se formarem em meus olhos respiro fundo e tento segurar o choro. Todos esses anos longe da minha família por mais que titia fosse carinhosa e amorosa comigo nada me fazia esquecer de minha mãe e de seus abraços calorosos, tive carinho mas nunca foram o suficiente.
Drácula corresponde ao meu abraço.
- Sabe Elizabeth desde momento que a vi pela primeira vez quando ainda era um bebê pude sentir o quanto seus olhos me encantavam não apenas pelo fato de você ter o espirito de Eliza dentro de você, mas por você ser você, naquele momento prometi que nunca deixaria você sofrer, nunca deixarei sentisse sozinha, mas tive que manda-la embora para o seu próprio bem, com o passar dos anos tentei sufocar tudo o sentia por você mesmo que pareça estranho, pois você era apenas uma criança, por esse motivo resolve deixar você de lado e seguir com meus planos, mas você voltou senti meu coração bater novamente em meu peito.
Ele fica alguns segundos em silencio e depois continua:
- Tentei ignorar a sua presença, mas não posso fazer isso. Ele me aperta em seus braços. – Ouça bem Elizabeth as únicas coisas que posso oferecer a você são a minha amizade e a minha proteção como você tinha antes de partir, nada além disso. Ele sussurra a ultima frase.
Essas palavras fazem meu coração dá pulinhos dentro do meu peito.
- Vlad você é o meu morcego favorito. Sussurro olhando para ele.
- Você é a minha única bonequinha favorita.Ele brinca
- Acho melhor voltarmos para o castelo. Digo me levantando com cuidado do sofá.
- Vamos , temos muitas coisas para resolver sobre o Heron.
Saímos tranquilos do chalé , deixo minhas roupas no quarto Drácula diz que depois ira mandar alguém para busca-las, graças aos céus ele não percebeu que estou sem nada por baixo desta roupas, entro na carruagem e sento ao lado de Drácula e apoio minha cabeça em seu ombro e ele apoia seu rosto em meus cabelos.
Tê-lo ao meu lado novamente mesmo que seja apenas como um amigo me faz ter a certeza que posso enfrentar tudo e todos.
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The castle
FanfictionTransilvânia ano 1890 Elizabeth é uma jovem de 19 anos que passou quase metade de sua vida longe de seu pai Victor Frankenstein Em busca de resposta sobre os mistérios que envolve sua vida ela decide retornar a sua terra natal,a Transilvânia. Eliza...