Elizabeth*
Inesperado?
Será que tudo que aconteceu foi tão surpreendente assim?
Eu poderia ter feito algo....
Um misto de alegria por encontrar a minha mãe e de tristeza por vê alguém que amo e sempre achei que fosse imbatível ser morto de uma forma tão brusca.
A dor em meu peito , as lágrimas são inevitáveis.
- Filha ja esta acordada? Mamãe abri a porta do quarto.
Recomeço o choro, tem sido assim nesses últimos três dias, estamos hospedados no castelo de Heron que por sinal é bem mais arrogante que Drácula.
Todos esses dias eu acordo aos prantos e durmo da mesma forma não consigo controlar , talvez a minha tristeza esteja se misturando com a da Eliza dentro de mim.
- Filha você tem que parar com isso. Mamãe me abraça.
- Eu o amava mamãe. Digo com a voz embargada.
- Amor? Filha quem ama uma pessoa como o Drácula ?. Pergunta incrédula.
- Alguém como eu ,mamãe embora seja estranho e confuso , mas eu o amava e doi mamae , doi muito saber que ele não vai voltar. As lágrimas molham meu rosto.
- Acalme-se nos vamos sair desse Castelo.
- O que?
- Eu , você e seu pai vamos para a nossa nova casa ,filha ,a nossa mansão e lá viveremos tranquilamente ,foi o que Heron nos garantiu.
Desfaço o abraço e olho em seus olhos enxugando as lágrimas.
- Mas mãe primeiro eu quero saber por que você foi embora? Pergunto confusa.
- Filha, eu fui encontrar uma forma de tirar esse poder de você , mas o Drácula tentou me matar foi então que Heron apareceu e me salvou me juntei a ele e seu plano para salvar você das mãos de Drácula.
- Eu não estava em perigo mamãe.
- Era o que Drácula queria que você pensasse meu amor.
- Eu sofri longe de vocês. Digo em um fio de voz.
Mamãe me abraça novamente.
- Eu nunca vou abandonar você meu amor.
- Mas e seu decidir ficar do lado do Drácula?
- Como assim, Elizabeth? Ele esta morto.
- Eu sei, mas e se ele voltar?
- impossível. Ela resmunga
- Se ele voltar saiba que estarei ao lado dele mamãe , mesmo que a senhora e o papai não queiram isso.
- Deixe de dizer bobagens Elizabeth, vamos Heron quer falar com você.
- Não quero olhar para esse homem.
- Agradeça a ele por esta livre.
- Eu não estava presa.
- Vamos. Ela ordena.
O dia esta agradável para quem quiser aproveita-lo , tomo um banho e visto meu sobretudo preto e minhas botas e deixo meus cabelos soltos formando onda ate o meio das costas , depois do café reforçado, vou até a sala onde Heron está.
- Entre. Heron ordena.
Entro a passos lentos.
- Que falar comigo? Pergunto e cruzo os braços.
- Sim senhorita, quero deixar claro que não tenho interesse algum em seus poderes.
- Não?
- Não, eu matei a Eliza por que na época eramos cavaleiros da ordem sagrada e era nosso dever proteger a humanidade de forças malignas.
- Entendo. Falo sem um pingo de interesse em nossa conversa.
- Mais alguma coisa? Pergunto
- Como pôde amar alguém como ele ? A pergunta de Heron me surpreende, mas respondo calmamente.
- Todos nós cometemos erros Heron, Vlad teve seus motivos para viver daquela forma assim como você tem os seus, mesmo ele sendo daquele jeito eu o amava acima de tudo.
- Entendo nós não mandamos nos nossos corações não é ?
- Isso mesmo, aliás quero lhe fazer um pedido.
- Sim...
- Posso vistar a Lady Joliet?
Heron estreita os olhos.
- Pode , mas não demore muito mandarei um soldado com você.
- Obrigado.
Ele acena com a cabeça para que o soldado me guie ate o calabouço.
Passo pelas paredes úmidas e escuras.
Encontro Joleit sentada cabisbaixa sem suas roupas finas e elegantes.
- Você pode entrar , mas não abuse da boa vontade do mestre. Diz o soldado.
Sigo para a porta da cela e Joleit me encara como se estivesse em outro mundo.
- Joliet . Chamo-a e ela pisca várias vezes.
- Lizzy. Sua voz fraca.
- Como você esta? Pergunto ja sentindo as lágrimas escorrem pelo meu rosto.
- Sobrevivendo Lizzy. Ela diz e não penso duas vezes antes de abraça-la.
- Esta doendo muito Joliet.
- Eu sei minha querida. Choramos juntas.
- A imagem do meu sobrinho caido ao chão me perturba. Sua voz trêmula.
- Joliet . Digo olhando em seus olhos. - Eu tenho certeza que o Vlad esta vivo. Afirmo
- O que? Ela pergunta confusa.
- Eu sinto Joliet como se algo dentro de mim dissesse isso.
- Lizzy vocês tem um laço imortal e inexplicável que não tem nada haver com a Eliza.
- É como se estivéssemos sempre ligados, como se o meu coração e o dele fossem um só.
Ela sorri gentilmente.
- Quando ele viu você pela primeira vez ele falou essas mesma palavras querida, no começo achamos que era por causa da Eliza, mas depois ele percebeu que era diferente.
- O que pode ser esse laço Joliet?
- Só você pode achar a resposta minha menina.
- O que eu faço agora Joliet?
- Ja ordenei que o Chanceller se una a Heron para ficar ao seu lado, não vamos desistir do Vlad , o que você esta sentindo so nos faz ter esperança de que tudo isso é apenas uma fase.
Meus olhos não conseguem conter as lágrimas.
- Eu prometo que não vou desistir do Vlad independente do que aconteça.
- Eu confio em você minha menina.
- obrigada. Digo e dou mais um abraço nela.
Me despeço e sigo para o meu quarto
E dou de cara com Alyra no corredor.
- Praga. Ela põe a mesma cara de debochada.
- Não me dirija a palavra sua vaca.
- Calma querida, eu sei o que esconde em seu coraçãozinho inocente.
- Sabe Alyra , eu espero que você tenha uma coração, pois um dia irei enfiar uma estaca de prata nele.
- irei ignorar a sua ameaça, sabe por que estou com o Heron?
Não respondo por puro desinteresse.
- Heron sabe como tratar uma mulher, se é que me entendi. O tom sarcástico em sua voz me faz revirar os olhos.
- Aproveite enquanto pode querida.falo
- Pode deixar. Ela da uma gargalhada e segue pelo corredor assobiando.
- Vadia. Sigo entro no quarto e logo me jogo na cama.
Meu coração da uma batida diferente.
- Onde você está, Vlad?......
Fecho os olhos tentando achar respostas.
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The castle
FanfictionTransilvânia ano 1890 Elizabeth é uma jovem de 19 anos que passou quase metade de sua vida longe de seu pai Victor Frankenstein Em busca de resposta sobre os mistérios que envolve sua vida ela decide retornar a sua terra natal,a Transilvânia. Eliza...