Capítulo 9

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   Olho-me diante do espelho. Eu realmente gostei do resultado. Me sinto muito bonita. A calça rasgada modela bem o meu corpo, e ficara ainda mais bonita com a meia arrastão. A blusa combina com a botinha de salto. Os meus cabelos estão soltos e a make é básica; apenas rímel, muito rímel, e um batom vermelho vivo.

   Coloco um brinco de argolas e o meu relógio dourado de pulso. Pego as chaves da BMW, celular e identidade. Coloco tudo dentro do bolso da jeans. Eu não gosto de carregar bolsas.

   Olho as horas no meu relógio. 7h50. Desço e William já está arrumado na sala. Papai está comendo e assistindo em frente a TV. Ele sempre faz isso, eu peguei essa mania dele.

   Me despeço dos dois e saio antes que ambos voltem com os discursos de como eu devo me cuidar. Pego a BMW na garagem e sigo direto para a casa da Ana.

   Enquanto dirijo, me pego pensando em nada mais nada menos que; Nikolas. O que acontecera hoje.

   "Pode sentir o quanto eu te quero Margo?"

   Bufo e balanço a cabeça afastando os flashes.

   Às 8 horas em ponto estaciono em frente a casa da Ana. Pego o meu celular e mando uma mensagem.

Margo: Eu estou aqui na frente da sua casa. Você já está pronta?

   Alguns minutos depois ela responde...

Ana: Estou, eu já vou descer, baby.

   Visualizo e destravo a porta, esperando-a.

   Logo uma loira abre a porta entrando no meu carro. Ela está linda. Com um vestido azul escuro na altura das coxas e um salto preto. Ao contrário da minha make básica a sua é bem feita, com um esfumado preto bem marcante e um batom vermelho escuro.

— Uau. — Ela sorri abertamente, me analisando. — Você está linda!

— Hmm, não mais do que você. — Sorrio abraçando-a.

— Eu ainda não acredito que você aceitou ir para festa.

— É, vamos logo então, antes que comece a lotar de gente a ponto de não ter espaço para respirar. — Faço uma careta só de pensar — qual é o endereço mesmo?

   Ela ri e coloca o endereço no GPS. Dou a partida e nós conversamos sobre o colégio o caminho inteiro.

   Quando eu entro na rua, já ouço o som auto de música eletrônica. Não é difícil achar a casa quando a mesma está com um som alto desses, várias luzes coloridas e um multirão de gente no jardim.

   A rua está lotada com variáveis carros de luxo. Estaciono o meu atrás de uma Lamborghini preta.

— Nossa, a casa está lotada. — Diz Ana saindo.

   Saio do carro e travo o mesmo, pendurando as chaves na jeans.

— Realmente. — Suspiro. Eu já estou me arrependendo de estar aqui.

   Caminhamos juntas até a casa, a maioria do pessoal com bebidas. O mesmo cenário de quando eu entrei numa festa pela última vez. Sinto um frio na barriga e um mal pressentimento.

— Você está bem? — Ana segura a minha mão.

— Estou.

— Então vamos entrar — ela sorri e me puxa para dentro, onde o som é mais alto ainda.

   A sala é enorme e também está repleta de gente. Alguns dançam, outros bebem, ou namoram...

— Vocês vieram! — Mesmo com o som alto posso ouvir à voz do Christian.

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