Na segunda aula, Hulda se senta ao meu lado. E a sua cara me mostra claramente que ela tem um propósito com isso. A professora está ditando um texto quando ela pergunta:
— Então você e o Niki estão sérios agora?
— Estamos. — Eu a olho.
Ela faz uma careta estranha.
— Hmmm.
— Por quê?
— Sinceramente?
Ergo uma sobrancelha encarando-a.
— Sinceramente o quê?
— Eu não acho que vocês combinem. — Ela diz simples, voltando a atenção para a professora.
Eu entreabo a boca chocada, querendo rir. E quem ela pensa que é? Para opinar na minha vida... Ninguém!
— Você não tem que achar nada — olho para ela.
Ela dá de ombros.
— É só a minha opinião.
— Eu não preciso dela!
— Ei, calma — ela ri — eu só estou sendo uma boa amiga. Eu já vi o Nikolas com duas meninas, e uma delas é a filha da professora de norueguês.
Eu nego com a cabeça. Ela está mentindo...
— Com a Rebeka? Você está mentindo.
— Eu não estou. Por que eu mentiria? — Ela me olha.
— Para me prejudicar, como sempre faz — falo entre dentes.
— Eu já disse que estou tentando ser sua amiga — diz com um sorriso falso, o qual eu reconheço muito bem.
— Nós nunca fomos amigas de verdade Hulda, e nunca vamos ser! — Digo ríspida e pego o meu laptop, antes de sair da sala, sem me importar com os protestos da professora.
Quando chego nas escadas, trombo-me com Rebeka, a qual me cumprimenta educadamente. Então eu a observo enquanto ela continua subindo, para o dormitório. Será que a Hulda estava dizendo a verdade? — Penso e logo nego com a cabeça. A única coisa que ela quer é tentar fazer da minha vida um inferno. Só que ela se esquece de que eu sou o diabo.
— Hey?
Assusto-me com uma voz rouca atrás de mim. A qual eu reconheço... Pet Magnussen. Fecho os olhos por alguns instantes, e me viro para ele, controlando-me ao máximo.
— O que você quer?
Ele sorri. Um sorriso com duas covinhas fundas, um furo no queixo e uma veia salpicando perto do nariz fino. Os seus olhos negros brilham como se ele estivesse se divertindo com alguma coisa. Com a minha cara.
— Conversar. Eu posso?
— Eu não sei. Diga logo o que você quer! — digo fria.
Ele passa a mão entre os cabelos curtos e castanhos. Depois volta a sorrir, estranhamente.
— Então você e o Nikolas estão juntos?
Rolo os olhos.
— Você sabe a resposta. Diga logo o que quer.
— Calma — ele ri, jogando as mãos para o ar em forma de rendimento — vamos nos esquecer das desavenças do passado!
Eu cruzo os braços e o olho impaciente.
— Na verdade, você me ferrou uma vez — ele diz me olhando com um olhar totalmente diabólico — e agora que estou de volta, talvez eu possa ferrar um pouquinho com o seu namorado.
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Não Seja Esse Garoto
Teen Fiction1 lugar em herman 23/10/2019 Volume 1/2 da SÉRIE NORUEGUESA DE HISTÓRIA ORIGINAL » Você joga comigo como se você fosse tudo o que eu tenho. Mas eu não sou seu fantoche. Você está se apaixonando, só pra cair fora... Margot Hansen, garota do tipo reb...