— E o que o seu pai era? — Pergunto mexendo nos seus cabelos, agora na tentativa de ajeitá-los, impossível.
O suspiro que ele solta faz o meu coração se apertar. Mas quando seguro o seu queixo, ele me olha e sorri como uma criança, fazendo-me revirar os olhos e sorrir ao mesmo tempo.
— Empresário. Estilista também, como a minha mãe.
Recordo-me do primeiro dia em que eu voltara para o colégio. Quando eu o conheci... Aqueles boatos sobre drogas. E também sobre a Ana ter dito que a mãe dele era uma estilista muito famosa.
— Hmm, já tinha ouvido antes.
Ele ergue a cabeça para me olhar.
— Eu contei pra você?
— Na verdade, foi a Ana.
— Ah, Hermund — comprime os lábios — o que mais você sabe?
— Houve um boato nos primeiros dias de aula, o qual achavam que você estava...
— Estava?
— Vendendo drogas, ou algo do tipo.
— O quê? — Ele solta um riso alto. — Isso é sério?
Dou de ombros.
— É o que estavam dizendo.
— E você acreditou?
Ele me olha sério, com curiosidade.
— Não. Quase.
— É claro — responde voltando a fitar a fogueira — por causa dos cigarros.
— E você parou com isso, não é? — Toco no seu piercing que brilha refletindo as faíscas do fogo.
— Desde quando você me dissera aquelas coisas. Então eu joguei todos fora, e parei de andar com o Pet.
Ele parou por mim... — Penso e sorrio.
— Acho bom.
Ele ri e se levanta, beijando várias vezes os meus lábios.
— Está com sono?
— Ainda não. Você está?
— Não. Eu quero fazer uma coisa...
— Tipo?
Ajeito-me dentro da barraca. Ele me fita, e segura a minha nuca, beijando-me com calma. Eu retribuo o beijo e sinto o seu piercing gelado roçando o canto dos meus lábios.
— Eu quero fazer amor com você, aqui, no meio do nada.
O meu estômago se contraí com essas palavras. Ele sorri maliciosamente, e travesso ao mesmo tempo. Fico tentada a revirar os olhos para ele, mas apenas solto um riso e volto a meter a minha mão nos seus cabelos, puxando-os.
— Acho que posso atender ao seu desejo — mordo o lábio.
Ele dá um sorriso afetuoso, e segurando o meu queixo, puxa-o um pouco para cima, capturando mais uma vez os meus lábios.
— Eu fico no comando.
A sua voz é baixa, rouca e tentadora. Mordo os lábios com força. O que ele vai fazer?
— Okay?
Eu assinto. Ele sorri e sobe por cima de mim, mas sem liberar o seu peso, faz com que eu me deite e volta a me beijar. Porra... Sentir o seu corpo por cima do meu é tão bom! Não tenho sanidade nem para abrir a boca e responder. Apenas fecho os meus olhos e me deito devagar.
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Não Seja Esse Garoto
Teen Fiction1 lugar em herman 23/10/2019 Volume 1/2 da SÉRIE NORUEGUESA DE HISTÓRIA ORIGINAL » Você joga comigo como se você fosse tudo o que eu tenho. Mas eu não sou seu fantoche. Você está se apaixonando, só pra cair fora... Margot Hansen, garota do tipo reb...