Capítulo 17

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   Eu coloco a culpa inteira no demônio. Eu não tenho nada haver com isso, é mais forte do que eu. Solto um suspiro e seguro a sua mão. Ele sorri e me ajuda à levantar.

— Para onde nós vamos?

— Nós não vamos para nenhum lugar, se você não quiser...

   Eu o olho surpresa. Então esse é o Niki legal? logo ele some!

— Só diz para onde a gente vai — desvio o olhar. Eu não quero concordar com nada. Só espero que eu não me arrependa.

   Ele não diz nada. Apenas entrelaça as nossas mãos. Começamos a caminhar.

— Eu consigo andar sozinha — solto nossas mãos quando chegamos nas escadarias.

    Subimos juntos até os dormitórios. Na fronteira eu o olho e arqueio uma sobrancelha.

— Relaxa — ele diz e volta a segurar a minha mão.

— Os inspetores — digo ao ver os mesmos fazendo a ronda.

— Calma garotinha, eles não vão nos ver, eu vou na frente — ele diz e antes que eu possa responder o mesmo saí andando pelo corredor do dormitório feminino. A inspetora nem se dá conta de que tem um garoto entrando ali.

   Eu o sigo e logo chego ao meu quarto. Entro no mesmo. Está vazio. De repente, a porta se fecha num estrondo. Inferno.

— Você é um idiota Niki, porra! — Eu acerto-lhe um tapa no braço.

   Ele ri.

— Assustada garotinha?

— Vai te foder — bufo colocando a mão sobre o meu peito. Está disparado.

— Tudo bem aí? — Alguém bate na porta. A inspetora.

— Está sim — eu respondo fazendo cara feia para o Nikolas.

— Ótimo — ela diz e eu ouço os seus passos se afastando.

   Nikolas ri e se joga na minha cama, chamando-me.

— Agora vem cá!

   Passo à mão entre os meus cabelos nervosa e caminho até ele. Me sento ao seu lado.

— Mais perto.

   Reviro os olhos chegando um pouco mais perto.

— Eu disse perto, garotinha — murmura no meu ouvido, o que me faz arrepiar.

— É assim que você quer? — Digo impaciente me sentando no seu colo.

— Assim mesmo — sorri e passa os braços a volta do meu corpo.

   Sinto um frio na boca do meu estômago. Ah meu Deus, não. Essa sensação não.

   Ele sela os nossos lábios pedindo passagem com a língua. Abro a boca e retribuo o beijo, pousando as minhas mãos sobre as suas pernas. Sinto o gosto familiar de menta, cigarro não. O seu beijo é quente e intenso.

— Você vai sair correndo? — Murmura no meu ouvido.

— Não — eu sussurro fechando os olhos.

— Tem certeza?

— Eu tenho — abro os olhos e encaro os seus, cor de mel.

   Sinto a sua ereção por baixo de mim.

— Boa garota — sorri e volta à me beijar, virando-me de frente para ele.

   Entrelaço as pernas à volta do seu quadril e arfo ao sentir mais contato com o seu membro duro.

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