Capítulo 12

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   Fito os seus olhos aflitos. Eu não estou brava, mas sim, chateada. Qual é? Ela é minha melhor amiga. Devia me contar as coisas. Mas tudo bem, eu também não jogo limpo as vezes. Mas o Næsheim? Sério. Ele não é o cara certo para ela. A Ana é doce, meiga e pura. Já ele... Bem, eu não tenho nem o que falar sobre ele, o bad boy do colégio, o maior dos maiores galinhas.

— Não, eu não estou brava — digo e sorrio quando ela abre um sorriso maior que o próprio rosto. — PORÉM...

   O sorriso morre.

— Sempre tem um porém.

— Eu não acho que o Hermund seja o suficiente para você.

   Ela faz uma careta e depois suspira.

— Você só diz isso porque não o conhece direito, Margo, eu estou... Apaixonada. — Ela diz e os seus olhos brilham como nos desenhos animados. Só faltam os corações.

— Mas já?

   Ela assente e esconde o rosto, envergonhada.

   Pobre Ana. Eu não quero que ela se machuque. O amor as vezes machuca.

— Você ainda não me disse o por que de vocês terem brigado...

— Hmm, é porque ele estava dançando com a Hulda, e ele sabe que eu odeio aquela garota — faz uma careta — então nós discutimos enquanto você e o  Christian dançavam.

   Agora tudo faz sentido...

No final disso, vocês brigaram atoa, então.

   Ela me olha confusa.

— Por quê?

— A Hulda ficou com o Niki — faço uma careta ao me lembrar daquela cena. Me dá vontade de vomitar.

— Ah sério? — Ela me olha  surpresa e depois muda de expressão rapidamente. — Em falar nesse, o que o Nikolas estava fazendo aqui quando eu entrei? Vocês dormiram juntos, não é? Pode falar.

— Er...

   Comprimo os lábios e antes que eu a responda, sinto o meu celular vibrando entre os lençóis. Pego o mesmo e vejo 14 ligações perdidas de William e 6 mensagens.

William: Eu já cheguei em casa e estou me arrependendo até o último fio dos meus cabelos por ter deixado você aí no meio desses moleques.

William: Se cuida. Eu estou falando sério!

William: Richard não desconfiou de nada.

William: Você me paga por ter me colocado nessa fria, pirralha

William: Eu quero você em casa amanhã, até as 8 horas.

William: Ou eu vou ser obrigado a lhe buscar.

   Olho o horário. 7 e 19. Arregalo os olhos e me levanto.

— Nós temos de ir embora! Ou o William vem me buscar. E eu conheço o irmão que eu tenho.

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— Me passa a salada? Por favor.

   William pega o prato com a salada de tomate e quase joga a mesma em cima do meu vestido.

— Nossa William, seu desastrado — bufo e ele me olha sem expressão. — O quê? — reviro os olhos — você ainda está bravo comigo?

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