Passeamos pelo campo verde e florido enquanto conversamos sobre várias coisas. Nadamos no lago e brincamos de guerrinha de água. Eu me sentia uma criança. À quanto tempo não me divertia assim? Sem pensar em; problemas, lembranças ruins, e qualquer coisa do tipo. Ana sempre diz que eu me privo muito das coisas. E ela sempre está certa enquanto a mim. Talvez eu deva mudar isso.
— Você está tão pensativa hoje — Niki diz ao meu lado, olhando-me com preocupação.
— Você está me observando?
Ele sorri sem se importar muito com o meu tom indignado. Eu acho bonitinho as rugas de expressão que apresenta no canto dos seus olhos, conforme ele sorri.
— Você sabe que sempre...
Reviro os olhos e solto um riso, jogando-lhe água. Saio do lago e vou me deitar de bruços na toalha, onde fizemos o piquenique, ao lado da Mia.
— Você está bem?
Pergunto olhando-a. Já faz um tempo que quis se isolar da brincadeira.
— Estou sim — ela sorri e me olha. Eu fico boba em como o seu sorriso é igual ao do Nikolas. — Só fiquei um pouco cansada.
— Certeza?
— Sim Margo, está tudo bem.
Um carro preto chega pela estrada. E quando a mulher desce do mesmo, logo a reconheço como sua mãe; Sara. Ela dá um sorriso enorme e simpático ao me ver. Fico vermelha. Okay... Isso é estranho.
— Pelo o que estou vendo, vocês se divertiram bastante por aqui.
Ela diz e começa a vir na nossa direção. Olho Nikolas. Ele a fita sem expressão. Então eles se olham como se discutissem com apenas um olhar (?).
Isso é literalmente muito estranho!
— Mamãe! — Mia sorri e corre de encontro a ela, abraçando-a. — Nós brincamos muito, fizemos piquenique, e a garotinha adorou o meu bolo!
Dou um sorriso sem graça.
— Isso é ótimo, meu amor.
Sara sorri, já a minha frente.
— Oi, querida.
— Oi, Sra. Folkestad.
— Ah não, linda... Para que tanta formalidade? Se é amiga do meu filho, é minha amiga também, me chame apenas de Sara.
— Certo... — sorrio pequeno.
— Você já veio buscar a Mia?
Nikolas saí do lago. Seu tom de voz é normal, mas ainda um pouco frio. Fico me perguntando o por que de ele tratá-la dessa forma. Eu não gosto disso.
— Sim Nikolas, já são quase seis horas — seu tom de voz também é estranho.
— Tudo bem. Amélia, vem se despedir da Margo.
Ela sorri e vem até mim, dando-me um abraço apertado. O qual eu retribuo com a mesma intensidade.
— Foi muito legal hoje, e eu gostei muito de conhecer você — sorrio beijando sua bochecha. — Obrigada pelo bolo, foi o melhor que já comi.
Ela abre um sorriso grande e muito fofo.
— Eu também gostei de você Margo, e te acho uma ótima garota para ser a minha cunhada.
Entreabo a boca sem o que dizer.
— Ela está brincando — Niki a pega no colo.
— Não estou não! — Ela cruza os braços.
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Não Seja Esse Garoto
Jugendliteratur1 lugar em herman 23/10/2019 Volume 1/2 da SÉRIE NORUEGUESA DE HISTÓRIA ORIGINAL » Você joga comigo como se você fosse tudo o que eu tenho. Mas eu não sou seu fantoche. Você está se apaixonando, só pra cair fora... Margot Hansen, garota do tipo reb...