Capítulo 27

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   Passeamos pelo campo verde e florido enquanto conversamos sobre várias coisas. Nadamos no lago e brincamos de guerrinha de água. Eu me sentia uma criança. À quanto tempo não me divertia assim? Sem pensar em; problemas, lembranças ruins, e qualquer coisa do tipo. Ana sempre diz que eu me privo muito das coisas. E ela sempre está certa enquanto a mim. Talvez eu deva mudar isso.

— Você está tão pensativa hoje — Niki diz ao meu lado, olhando-me com preocupação.

— Você está me observando?

    Ele sorri sem se importar muito com o meu tom indignado. Eu acho bonitinho as rugas de expressão que apresenta no canto dos seus olhos, conforme ele sorri.

— Você sabe que sempre...

    Reviro os olhos e solto um riso, jogando-lhe água. Saio do lago e vou me deitar de bruços na toalha, onde fizemos o piquenique, ao lado da Mia.

— Você está bem?

    Pergunto olhando-a. Já faz um tempo que quis se isolar da brincadeira.

— Estou sim — ela sorri e me olha. Eu fico boba em como o seu sorriso é igual ao do Nikolas. — Só fiquei um pouco cansada.

— Certeza?

— Sim Margo, está tudo bem.

     Um carro preto chega pela estrada. E quando a mulher desce do mesmo, logo a reconheço como sua mãe; Sara. Ela dá um sorriso enorme e simpático ao me ver. Fico vermelha. Okay... Isso é estranho.

— Pelo o que estou vendo, vocês se divertiram bastante por aqui.

    Ela diz e começa a vir na nossa direção. Olho Nikolas. Ele a fita sem expressão. Então eles se olham como se discutissem com apenas um olhar (?).

    Isso é literalmente muito estranho!

— Mamãe! — Mia sorri e corre de encontro a ela, abraçando-a. — Nós brincamos muito, fizemos piquenique, e a garotinha adorou o meu bolo!

    Dou um sorriso sem graça.

— Isso é ótimo, meu amor.

    Sara sorri, já a minha frente.

— Oi, querida.

— Oi, Sra. Folkestad.

— Ah não, linda... Para que tanta formalidade? Se é amiga do meu filho, é minha amiga também, me chame apenas de Sara.

— Certo... — sorrio pequeno.

— Você já veio buscar a Mia?

    Nikolas saí do lago. Seu tom de voz é normal, mas ainda um pouco frio. Fico me perguntando o por que de ele tratá-la dessa forma. Eu não gosto disso.

— Sim Nikolas, já são quase seis horas — seu tom de voz também é estranho.

— Tudo bem. Amélia, vem se despedir da Margo.

    Ela sorri e vem até mim, dando-me um abraço apertado. O qual eu retribuo com a mesma intensidade.

— Foi muito legal hoje, e eu gostei muito de conhecer você — sorrio beijando sua bochecha. — Obrigada pelo bolo, foi o melhor que já comi.

    Ela abre um sorriso grande e muito fofo.

— Eu também gostei de você Margo, e te acho uma ótima garota para ser a minha cunhada.

    Entreabo a boca sem o que dizer.

— Ela está brincando — Niki a pega no colo.

— Não estou não! — Ela cruza os braços.

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