Capítulo 19

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Às vezes é mais fácil reclamar da sorte
Do que na adversidade ser mais forte
Querer subir sem batalhar
Pedir carinho sem se dar
Sem olhar do lado

Daniel

João Vittorio

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João Vittorio

As luzes brilham como se ainda fosse natal, mas já estamos no final de março e é só mais uma noite em São Paulo. O lugar parece brilhar e sexta feira a noite isso piora.

Não sei muito bem quando foi a última vez que saí do escritório antes das nove, me tornei um viciado em trabalho nesses últimos dias ou só alguém que gostem de fugir da própria solidão.

— O que você está fazendo? - eu me viro e encaro meu irmão

Vince me encara encostado na porta e com as mãos no bolso da frente do jeans, ele tá com a mesma cara de idiota de sempre e me olha como se eu fosse o idiota. Irmãos são estranhos.

— Ta fazendo o que aqui? - ele dá de ombros e entra na sala

— Tava passando pela rua e vi a luz ligada. - eu reviro meus olhos — Tá, é mentira, vim aqui pra gente ir num bar, cê tá precisando.

— Não tô afim. - ele reviro os olhos — Cadê sua noiva? Você é o único que tá com alguém que as meninas rejeitam.

— Eu que tenho que gostar da minha mulher e não minhas amigas. Pare de enrolar e vamos logo.

Eu acabo indo com ele, ele me convenceu na primeira frase mesmo. Vou no meu carro até em casa para tomar um banho e Vince me segue na moto dele.

Essas semanas foram muito boas, graças a Deus. Depois daquela maluquice da minha cunhada de não querer ir pro hospital no primeiro momento, eu consegui convencer ela e meu irmão de ir, tive que prometer várias coisas mas foi melhor assim.

Mari disse que a Sophia iria nascer no meio do caminho, mas ficamos algumas horas no hospital antes dela nascer. Nasceu bem, com saúde e linda como só um recém-nascido pode ser.

Depois desse dia eu e meus irmãos voltamos a nos falar, eles me perdoaram e entenderam meu lado. Entender é forçar demais, eles aceitaram que eu fui idiota demais. Eu tive que pedir perdão, mas com a falta que eles estavam me fazendo eu pediria até de joelho se precisasse.

O apartamento está do mesmo jeito desde que eu e a Sarah terminamos, o bom de não namorar ninguém é que eu deixo meu apartamento do jeito que eu quero e não do jeito que ela quer. Não fico muito aqui, só passo algumas horas durmindo e mais nada.

Tomo um banho e coloco jeans, uma camisa longline e um tênis. Vince entra no quarto com a cara de bunda de sempre e com uma garrafinha de cerveja na mão, eu levanto minha sobrancelha e ele dá de ombros.

— Já chamei um Uber, relaxa. - eu afirmo e termino de me arrumar

— Qual bar a gente vai? - eu pego minha carteira de cima da cômoda e minhas chaves de cima da mesa — Viu meu celular?

Amor Eterno - Série Loucas Para Amar #4Onde histórias criam vida. Descubra agora