Às vezes é mais fácil reclamar da sorte
Do que na adversidade ser mais forte
Querer subir sem batalhar
Pedir carinho sem se dar
Sem olhar do ladoDaniel
João Vittorio
As luzes brilham como se ainda fosse natal, mas já estamos no final de março e é só mais uma noite em São Paulo. O lugar parece brilhar e sexta feira a noite isso piora.
Não sei muito bem quando foi a última vez que saí do escritório antes das nove, me tornei um viciado em trabalho nesses últimos dias ou só alguém que gostem de fugir da própria solidão.
— O que você está fazendo? - eu me viro e encaro meu irmão
Vince me encara encostado na porta e com as mãos no bolso da frente do jeans, ele tá com a mesma cara de idiota de sempre e me olha como se eu fosse o idiota. Irmãos são estranhos.
— Ta fazendo o que aqui? - ele dá de ombros e entra na sala
— Tava passando pela rua e vi a luz ligada. - eu reviro meus olhos — Tá, é mentira, vim aqui pra gente ir num bar, cê tá precisando.
— Não tô afim. - ele reviro os olhos — Cadê sua noiva? Você é o único que tá com alguém que as meninas rejeitam.
— Eu que tenho que gostar da minha mulher e não minhas amigas. Pare de enrolar e vamos logo.
Eu acabo indo com ele, ele me convenceu na primeira frase mesmo. Vou no meu carro até em casa para tomar um banho e Vince me segue na moto dele.
Essas semanas foram muito boas, graças a Deus. Depois daquela maluquice da minha cunhada de não querer ir pro hospital no primeiro momento, eu consegui convencer ela e meu irmão de ir, tive que prometer várias coisas mas foi melhor assim.
Mari disse que a Sophia iria nascer no meio do caminho, mas ficamos algumas horas no hospital antes dela nascer. Nasceu bem, com saúde e linda como só um recém-nascido pode ser.
Depois desse dia eu e meus irmãos voltamos a nos falar, eles me perdoaram e entenderam meu lado. Entender é forçar demais, eles aceitaram que eu fui idiota demais. Eu tive que pedir perdão, mas com a falta que eles estavam me fazendo eu pediria até de joelho se precisasse.
O apartamento está do mesmo jeito desde que eu e a Sarah terminamos, o bom de não namorar ninguém é que eu deixo meu apartamento do jeito que eu quero e não do jeito que ela quer. Não fico muito aqui, só passo algumas horas durmindo e mais nada.
Tomo um banho e coloco jeans, uma camisa longline e um tênis. Vince entra no quarto com a cara de bunda de sempre e com uma garrafinha de cerveja na mão, eu levanto minha sobrancelha e ele dá de ombros.
— Já chamei um Uber, relaxa. - eu afirmo e termino de me arrumar
— Qual bar a gente vai? - eu pego minha carteira de cima da cômoda e minhas chaves de cima da mesa — Viu meu celular?
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Amor Eterno - Série Loucas Para Amar #4
ChickLitKayla Coutinho foi enganada. Ou melhor, deixou-se enganar. Acreditou que, enfim, o homem da sua vida tinha a notado. Mas não. Ele só estava bêbado. João Vittorio Morais perdeu o que ele mais amava, por não ter dado atenção. Por medo do que seu pai...