Foi com náuseas que eu olhava aquele vídeo que meu pai exibia com orgulho como se fosse a coisa mais natural.
Eu simplesmente queria esbravejar, mas estava tão atemorizado que minha voz não saía, aquilo não podia ser verdade, meu pai não seria tão monstruoso assim.
A noite anterior havia sido magnifica, estávamos comemorando os dezoito anos de Valentim, eu sentia que Valentim estava radiante, exibindo o sorriso maravilhoso que ele tem, na hora de partir o bolo ele começou um discurso.
_ Todas as pessoas que estão aqui fazem parte da minha vida de alguma forma e todos vocês tem um lugar no meu coração, meus pais sabem que eu tenho muito orgulho de ser filho deles dois, vocês são muito mais que pais, vocês são minha base, minha alegria, meu abrigo, meus amigos, minha irmãzinha é a minha princesinha, eu lembro que eu tinha apenas seis anos quando ela chegou e desde o primeiro momento eu a amei, eu lembro também que no mesmo ano eu ganhei um cachorrinho e como choramos né maninha quando ele nos deixou, você tinha três aninhos apenas mais já mantinha essa sensibilidade, os amigos dos meus pais que de certa forma se tornaram uns tios para mim e para Lara, são alguém em quem eu posso confiar por que sei que se um dia eu precisar estarão sempre ali para me ajudar, e por fim não menos importante os meus amigos Hennrry e Léo que são meus companheiros na faculdade, que eu sei que posso confiar de olhos fechados, obrigado a todos vocês por estarem aqui comigo comemorando essa nova fase que se inicia, completar a maioridade é um desafio por que trás juntos as responsabilidades, agora as mudanças são necessárias, eu irei mudar, irei ter o meu carro e irei ter que amadurecer, se eu falar que isso não causa medo estarei mentindo por que causa, eu sei que sempre terei apoio daqueles que eu amo, e poderei sempre voltar para o colo dos meus pais e de todos aqui presente, mas... como vocês devem ter notado eu deixei para falar de uma pessoa bem no final do meu discurso, Biel... dois meses que nos conhecemos, algumas pessoas podem dizer que é pouco tempo para ter um sentimento tão forte como o que eu tenho por você, mas eu nunca me importei com opiniões alheias e sei bem o que eu sinto, eu já não me imagino sem você na minha vida, você é tudo o que eu quero para mim, só quero que me prometa que aconteça o que acontecer, você estará sempre do meu lado e eu já me darei por satisfeito, me darei como presenteado. Eu te amo Biel.
Nos abraçamos e nos beijamos sobre os aplausos de todos os presentes e eu sussurrei em seu ouvido:
_ Eu também te amo, e te prometo que ficarei para sempre ao seu lado, sempre.
Ficamos um pouco mais na festa depois ele me arrastou para o quarto, assim que ele fechou a porta Valentim me dava um beijo breve porém com toques de provocações puxando com os dentes o meu inferior, me roubando totalmente a capacidade de raciocínio:
_ Eu não via a hora de te arrastar para o quarto.
_ Eu também não via a hora.
_ Faça amor comigo Biel.
Aquele apelo erótico me fez novamente ir de encontro ao seus braços permitindo que nossas bocas se conectasse de maneira a serpentear a nossas línguas em uma frenética acrobacia:
_ Você não tem ideia do quanto eu desejei te arrastar para minha cama desde o momento em que eu te vi hoje.
Ele disse em sussurros contra a minha boca:
_ Agora estamos aqui, o que está esperando?
Ele sorriu já arrancando nossas roupas e logo estávamos os dois desnudos, as mãos dele me enlouquecendo, causando arrepios por cada poro do meu corpo, os beijos pausados se transformaram em ardorosos e o desejo avassalador a nos dominar, nossos corpos se colando no fervor dos nosso momentos, na posição de cachorrinho Valentim me colocava de quatro na cama, de joelhos e as mãos apoiadas sobre ela, ele se encaixava por trás também ajoelhado ele me puxava pela cintura surrando com vontade a minha próstata, vez ou outra jogava todo o peso do seu corpo sobre minhas costas praticamente se pendurando sobre mim, com a mão livre ele brincava com um dos bicos dos meus mamilos, eu por minha vez requebrava o meu quadril com o molejo de suas estocadas que a cada minuto ficava mais veloz, queria proporcionar a ele o máximo de prazer, depois mudamos a posição e resolvemos tentar uma posição diferente, ele me fez se apoiar contra a parede de costas para ele, ele beijou minha nuca e nesse momento eu empinei a bunda para ele, ele encheu a mão em uma das bandas e desferiu um tapa forte deixando a marca da mão dele sobre minha pele, se encaixou perfeitamente para o amalgamento dos nossos corpos e foi assim que exausto chegamos ao apogeu da nossa noite. Tudo com Valentim era perfeito, ele sabia o que o meu corpo necessitava sem que eu precisasse dizer a ele em palavras, tudo com ele era sempre perfeito.
Ficamos namorando ainda um pouco mais, depois tomamos um banho juntos, e voltamos para a cama onde ele me fez uma deliciosa massagem, sem que nos dessemos conta acabamos dormindo, amanhecemos com o sol a bater na brecha das persianas, eu fui o primeiro a acordar me dando conta que o dia já havia amanhecido, rápido peguei o celular dezesseis chamadas perdidas, eu era um cara morto:_ Acorda Valentim, vamos acorde, olha a hora meu pai vai me matar. Nós não podíamos ter dormido, o dia já amanheceu, caramba eu sou um cara morto.
Era tudo o que eu conseguia dizer a ele ao despertá-lo o balançando.
Eu o apressava já procurando minha roupa que estava toda espalhada pelo quarto, assim como as dele, que eu jogava para ele, me arrumei rapidamente já arrastando Valentim para fora onde encontramos os pais dele e Lara, eles sorriam a nos cumprimentar, eu correspondi ao sorriso mas sem demoras puxava Valentim para fora, ele tentava me acalmar mas eu estava uma pilha de nervos. Mais uma vez o telefone tocava e eu acabei desligando o celular, a caça as bruxas já estava ativa então eu os enfrentaria quando chegasse em casa.
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Tudo o que eu quero é você (quando o amor acontece 2)
RomanceEm meio a pessoas preconceituosas, Valentim luta para está junto a pessoa que ama, muitas coisas os mantém separados, a inveja de pessoas maldosas, o preconceito dos pais de Gabriel, as diferenças sociais econômicas, o medo da rejeição, entre ou...