Esse cap vai pra @euharmony que é uma fofa - e por sinal, também escreve!! Deem uma olhada lá! - E vai pra @TRLC16 também, esse ser baixinho que negocia como ninguém asuhdashdasuhds Obrigado mooores, por todo apoio moral e mais <3
Aos demais, muito obrigado pelos comentários, votos e por adicionarem a fic nas listas de leitura!!! Já somos 2º na tag Futurista graças à vocês! Obrigado! Boa leitura!
E pra começar vamo de frase de uma das minhas bandas favoritas da vida toda...
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"[...] no fundo é simples ser feliz
Difícil é ser tão simples" – O Teatro Mágico
Eram quatro da tarde e eu tinha acabado de acordar. As noites estavam se tornando cada vez mais difíceis, eu ficava me remoendo entre perguntas intermináveis. Como contar pra Lauren? O que perguntar pra ela? Como chegar naquele assunto? Seria melhor eu ficar quieta e fingir que nada acontecia dentro de mim?
Quando eu tocava no assunto, lê-se todo santo dia, Machine fazia questão de repetir que se eu não fizesse nada eu nunca saberia o que ela achava de tudo isso. E pior ainda, minha inabilidade em ler pessoas só fazia com que eu soubesse menos ainda o que se passava na cabeça dela. Tentar me imaginar no lugar dela de pouco adiantava, por que o modo como Lauren me via ou deixava de ver era um enorme ponto de interrogação na minha mente.
Abri a conversa com o Personal de Machine, ele insistia pra que falássemos por fora do Knoü pra que ele não precisar gastar seus créditos do aplicativo com ações que podiam ser feitas fora dele. "Eu pago esse negócio menina e não é muito barato. Vamos ligar pelo outro aplicativo que sai de graça pros dois lados e da pra falar com calma.", foi o que ele me disse da primeira vez que eu troquei alguma palavra com ele no chat do Knoü... e da segunda vez também, porque eu tinha esquecido do primeiro pedido.
Hoje sempre que quero falar com ele, mando mensagem por esse segundo aplicativo, que basicamente reúne um chat, ligações e chamadas de vídeo grátis. Por falar nisso, ao abri-lo, notei que dormira no meio da conversa com ele na noite passada, às cinco da manhã, para ser mais precisa. Sorri levemente e sentei para tomar café com pão e pasta artificial, que era basicamente meu café da tarde pelo horário.
MGK: Vem cá, porque esse nome depressivo em todos os aplicativos heim, menina?
Ele com certeza se referia ao "ForgetMeNot". Essa era uma das últimas mensagens enviadas, seguida de um emoji impaciente, de outro sonolento e, por fim, um boa noite reclamando que eu havia dormido no meio do assunto, como sempre.
ForgetMeNot: Não é literal, te conto a história quando estiver online.
Dei um gole no café e abri o Knoü admirando a foto de contato dela. Já dava pra dizer que aquilo se tornara um hábito. Não foi algo consciente, sabe? Assim como a maioria dos hábitos, ele foi se infiltrando ali como um vírus em um software. Certo... talvez esse não tenha sido o melhor dos exemplos, já que um vírus é sempre ruim, mas... o fato é que olhar a foto dela e me flagrar sorrindo era um novo hábito. E não foi diferente dessa vez.
Estava distraída e perdida em pensamentos quando o Personal vibrou mostrando uma nova mensagem de Machine, o que me fez jogar o Knoü pro canto da tela.
MGK: Isso são horas de acordar? Cê não trabalha não?
Eu nunca tinha perguntado, mas eu tinha certeza de que ele devia ser responsável por alguém. Uma irmã mais nova, talvez. As vezes ele falava comigo como eu costumava falar com a Sofi. Um tom mandão, meio controlado, mas no fundo carinhoso e atento.
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Away
Science Fiction"Chegará o dia em que não precisaremos sair de casa para fazer absolutamente nada" eu li isso num livro antigo que encontrei na internet outro dia.. acho que esse dia chegou. Bem vindo a 2070, vivo praticamente isolada em meu apartamento desde que...