17. Superpower

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Olar, terça é dia de Away e olha quem voltou! 

Essa capitulo vai especialmente pra todos aqueles que escrevem ou já escreveram algo e que sabem o tsunami de sensações que podem nos atingir quando nossas palavras tocam alguém! 

@walkingabovethesky obrigado pela inspiração! 

Boa leitura mores!

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"É melhor fazer algo que importa e não ser notado do que o contrário.

Agora vem a parte difícil. Fazer algo que realmente importa.". 

– ForgetMeNot, Marvel

— Quer dizer que passou dias em claro tentando me desvendar? – perguntei voltando àquele assunto.

Nós já havíamos saído da caverna e agora estávamos montadas nos cavalos voltando pra casa. Estávamos secas e de roupas trocadas, andando lado a lado enquanto o céu refletia o laranja de um lindo pôr-do-sol.

— Não vai mesmo me deixar esquecer que disse isso né? – ela falou me encarando enquanto dava um leve puxão nas rédeas do seu cavalo pra que virasse e parasse perto da casa.

— Sem chance. – falei em um tom convencido enquanto assistia ela saltar e vir me dar a mão outra vez. Aceitei sua ajuda pra descer e ela aproveitou o momento pra me envolver novamente em seu abraço. - Sabe que eu adoro isso? – confessei com um suspiro apertando o corpo dela de encontro ao meu.

— Sei. – ela falou se afastando e apontando pro meu rosto. – Dá pra saber pela cara que você faz. Mexe aqui e aqui. – tocou minhas bochechas e testa.

Mostrei a língua pra ela enquanto ela dava de ombros e passava pela porta da casa.

— Quanto tempo temos? – perguntei quase correndo.

— Muitas horas. – falou fazendo feliz. – O que quer fazer?

— Que tal ouvir sobre aqueles dias em claro? – falei rindo e me jogando no sofá grande da sala de estar. Ela não me respondeu, ao invés disso pulou ao meu lado no sofá, deitando e encaixando meu corpo no seu. Alguns segundos em silêncio se passaram antes que eu retomasse. – É agora que você me conta?

— Caramba, como é chata. – sua voz rouca murmurou irritadiça me fazendo arrepiar inteira.

Aquela posição realmente não daria certo, eu sentia uma vontade louca de sentir mais dela, mas ao mesmo tempo eu tinha tantos medos. E se eu fizesse algo errado? E se eu estivesse me precipitando? E... se eu não soubesse fazer? Só de pensar nisso meu estômago revirou. Eu com certeza não sabia! Virei de frente pra ela, tentando tirar aqueles pensamentos da minha cabeça. Seus olhos se estreitaram.

— Tá desconfortável? – perguntou ainda com aquela voz baixa e rouca.

— Não, só... – me perdi nos olhos dela, depois em sua pele alva e ligeiramente corada, suas sobrancelhas grossas e aquela pequena argolinha em seu nariz. – Quero olhar pra você. – disse soltando um suspiro pesado, ela sorriu depositando um beijo leve na ponta do meu nariz.

Ficamos assim não sei por quanto tempo. Eu a olhava e ela me olhava de volta, em silêncio quase absoluto, a única coisa audível naquele cômodo eram as nossas respirações. Tomei a liberdade de acariciar os seus cabelos mesmo que minhas bochechas insistissem em esquentar quando eu o fazia.

— É tão bom estar aqui. – falei sentindo meus olhos lacrimejarem e pisquei rapidamente, porque chorar ali seria vergonhoso demais.

— É muito, muito, muito bom estar aqui. – ela concordou me apertando mais contra seu corpo quente.

AwayOnde histórias criam vida. Descubra agora