Olaaaaaar! Volteeei! Antes tarde do que nunca, né?
Queria divulgar pra vocês nesse cap o conto da maravilhosa @LibbyLobo que eu tenho certeza que vcs conhecem de algum comentário aqui em Away ou em Dragon ashdusahdu Ela nem pediu pra eu divulgar, mas ela escreve suuper bem, é fã de SuperCombo (dentre várias outras bandas dahoras) e acabou de ganhar um concurso por esse conto então corre lá pra ler "Imaginário" assim que acabarem aqui.________________________________________________________________________________
"Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas"
- Friedrich Nietzsche
Abri o Personal imediatamente. Ainda com a cabeça apoiada em um dos braços. O medo me atingia com tanta força que meu estômago embrulhava. Eu suava frio.
— O que está fazendo, pequena? - Dinah questionou, provavelmente notara meu olhar vazio, característico de quem usa o Personal sem projeta-lo.
— Entrando pra falar com ela. - disse rápido e ela colocou a mão sobre o meu pulso rapidamente.
— Calma. - pediu. - Cancela, pequena. Vamos conversar. - ela mal mascava o doce em sua boca.
— Vou perguntar pra ela. - falei exasperada.
— Tá sendo burra, Mila. - Machine falou aflito. - Ela não diria!
Parei e uma lágrima dolorosa e pesada escorreu lentamente pela minha bochecha. Meu peito estava apertado como se eu tivesse acabado de ser prensada entre duas paredes.
— Falta pouco pra esse evento. - Dinah disse. - Semana que vem já é natal e na outra, ano novo. - ela parecia pensar rápido. - Tenho mais um mês pra investigar isso. - seu olhar ficou perdido e ela murmurou coisas enquanto eu fechava meu Personal, ainda em estado catatônico.
Machine levantou e se sentou ao meu lado, me puxando contra seu ombro magro. Apesar de seus ossos quase me espetarem eu me soltei ali como se fosse o colchão mais confortável do mundo e chorei.
— Já comprou sua passagem? - a loira questionou como se não fosse pra mim, mas só podia ser.
— Ainda não. - murmurei baixo em meio ao choro. - Eu tô com medo. - falei olhando meu amigo de baixo. - Não é possível que eu seja tão trouxa. - disse enxugando a lágrima com a palma da mão, sem o menor cuidado.
— Não sofrer por antecipação. - ele falou ajeitando meu cabelo. - Dinah tem hipóteses, nada concreto. - ele sorriu fraco. - Sabe, ela pode tá errada. - ele tentava manter um tom leve, mas eu sabia que era forçado. Eu já o conhecia e ele não era assim.
— Nas mesmas proporções em que pode tá certa. - falei baixo e fraco, sem vontade alguma de debater.
Meu cérebro latejava, eu não queria acreditar que a mulher em que eu confiara, que o sonho que eu vivera, era uma enorme mentira e que ela só tinha me usado esse tempo todo.
Não! Eu via verdade nela! Mas eu não conhecia seres humanos, ela podia facilmente me enganar... mas não é possível! Eu sentia! Eu sabia o que tava no meu coração, era real, era amor. Ela podia ser uma criminosa se Dinah estivesse certa, mas ainda assim eu tinha certeza que não me faria nada.
— Pronto, minha gente! Três passagens compradas pro dia 19 as 7:00 da manhã. - a loira anunciou prostrado as mãos na mesa.
— Adoro sua praticidade. - ouvi a voz grossa de Machine logo acima da minha cabeça. - Viu Mila, vamos todos juntos. - ele sorriu. - Não tem problema que eu e Dinah não possamos resolver. - piscou pra mim e eu ri fraco.
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Away
Science Fiction"Chegará o dia em que não precisaremos sair de casa para fazer absolutamente nada" eu li isso num livro antigo que encontrei na internet outro dia.. acho que esse dia chegou. Bem vindo a 2070, vivo praticamente isolada em meu apartamento desde que...