25. Christmas

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Olaaaaaar! Volteeei! Antes tarde do que nunca, né?
Queria divulgar pra vocês nesse cap o conto da maravilhosa  @LibbyLobo que eu tenho certeza que vcs conhecem de algum comentário aqui em Away ou em Dragon ashdusahdu Ela nem pediu pra eu divulgar, mas ela escreve suuper bem, é fã de SuperCombo (dentre várias outras bandas dahoras) e acabou de ganhar um concurso por esse conto então corre lá pra ler "Imaginário" assim que acabarem aqui. 

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"Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas"  

- Friedrich Nietzsche

Abri o Personal imediatamente. Ainda com a cabeça apoiada em um dos braços. O medo me atingia com tanta força que meu estômago embrulhava. Eu suava frio.

— O que está fazendo, pequena? - Dinah questionou, provavelmente notara meu olhar vazio, característico de quem usa o Personal sem projeta-lo.

— Entrando pra falar com ela. - disse rápido e ela colocou a mão sobre o meu pulso rapidamente.

— Calma. - pediu. - Cancela, pequena. Vamos conversar. - ela mal mascava o doce em sua boca.

— Vou perguntar pra ela. - falei exasperada.

— Tá sendo burra, Mila. - Machine falou aflito. - Ela não diria!

Parei e uma lágrima dolorosa e pesada escorreu lentamente pela minha bochecha. Meu peito estava apertado como se eu tivesse acabado de ser prensada entre duas paredes.

— Falta pouco pra esse evento. - Dinah disse. - Semana que vem já é natal e na outra, ano novo. - ela parecia pensar rápido. - Tenho mais um mês pra investigar isso. - seu olhar ficou perdido e ela murmurou coisas enquanto eu fechava meu Personal, ainda em estado catatônico.

Machine levantou e se sentou ao meu lado, me puxando contra seu ombro magro. Apesar de seus ossos quase me espetarem eu me soltei ali como se fosse o colchão mais confortável do mundo e chorei.

— Já comprou sua passagem? - a loira questionou como se não fosse pra mim, mas só podia ser.

— Ainda não. - murmurei baixo em meio ao choro. - Eu tô com medo. - falei olhando meu amigo de baixo. - Não é possível que eu seja tão trouxa. - disse enxugando a lágrima com a palma da mão, sem o menor cuidado.

— Não sofrer por antecipação. - ele falou ajeitando meu cabelo. - Dinah tem hipóteses, nada concreto. - ele sorriu fraco. - Sabe, ela pode tá errada. - ele tentava manter um tom leve, mas eu sabia que era forçado. Eu já o conhecia e ele não era assim.

— Nas mesmas proporções em que pode tá certa. - falei baixo e fraco, sem vontade alguma de debater.

Meu cérebro latejava, eu não queria acreditar que a mulher em que eu confiara, que o sonho que eu vivera, era uma enorme mentira e que ela só tinha me usado esse tempo todo.

Não! Eu via verdade nela! Mas eu não conhecia seres humanos, ela podia facilmente me enganar... mas não é possível! Eu sentia! Eu sabia o que tava no meu coração, era real, era amor. Ela podia ser uma criminosa se Dinah estivesse certa, mas ainda assim eu tinha certeza que não me faria nada.

— Pronto, minha gente! Três passagens compradas pro dia 19 as 7:00 da manhã. - a loira anunciou prostrado as mãos na mesa.

— Adoro sua praticidade. - ouvi a voz grossa de Machine logo acima da minha cabeça. - Viu Mila, vamos todos juntos. - ele sorriu. - Não tem problema que eu e Dinah não possamos resolver. - piscou pra mim e eu ri fraco.

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