29. Reality

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Olaaa!!! Antes do cap tenho um recadinho. Acho que esse é o cap mais esperado em toda a Away.  Aquele botão de publicar ali acima nunca pareceu tão intimidador, exceto talvez no meu primeiro hot...hmm não, nem no meu primeiro hot. 

Esse cap é definitivamente o mais importante de todos que eu já escrevi, considerando Dragon, Away e as duas ONEs. Tenho medo de qual será a reação de vocês, mas eu quero que compartilhem tudo comigo <3

Coloquem o coletinho aí, que eu vou colocar meu coletinho aqui também...e bora.

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"Coisas menores podem tornar-se momentos de grande revelação quando as encontramos pela primeira vez."- Margor Fonteyn

Foi como se meu corpo tomasse um choque de realidade. Droga nenhuma que Dinah me desse aliviaria aquele momento. Meu mundo inteiro pareceu parar, como se só eu me movesse, só eu respirasse. Meus dedos ficaram dormentes e eu posso jurar que senti minha visão escurecer.

Machine se pôs de pé e deu a volta no sofá, ouvi a voz dele e dela conversando algo atrás de mim. Pareciam vozes inicialmente animadas e depois passaram para um tom mais contido, quase sussurrado. Podia sentir que a loira, ainda sentada, me encarava e eu via sua mão passando em frente ao meu campo de visão, como se para verificar que eu ainda enxergava. Eu via, mas não conseguia reagir. Era como se eu estivesse presa no lugar.

Meu amigo passou novamente pelo meu campo de visão, e o sofá se moveu do meu lado direito, indicando que ele voltara a se sentar. Logo depois senti um toque quente no meu ombro esquerdo e o sofá afundou, desse mesmo lado. Era ela, não é? Tinha que ser ela.

— C-camz? – a voz soou rouca, baixa e entrecortada, bem próxima. Mais próxima do que jamais estivera.

Meus olhos quase lacrimejaram, meu corpo teve uma onda de arrepio, partindo da região que ela tocara e se espalhando por todo o corpo. Eu ainda não conseguia me mexer e queria acertar um tapa em meu próprio rosto por isso.

— Camz, sou eu. – ela chamou novamente, agora se ajoelhando e ficando cara a cara comigo.

Um sorriso iluminou seu rosto, quase como aquele que as mães demonstram ao olharem para seus filhos recém nascidos. Que merda eu tava pensando?

Os verdes de seus olhos estavam clarinhos e ela tinha aquele sorriso estampado no rosto. Aquele que fazia quase tudo em seu rosto ser bochecha, que deixava suas covinhas à mostra, junto com os dentes. Ela era a coisa mais linda.

— Acho que ela quebrou. – ouvi a voz da menor atrás de mim, seguida de uma risada feliz de Machine.

Lauren ajeitou uma mecha em meu cabelo e em seguida se levantou, fazendo um gesto pra que eu ficasse de pé. Seus olhos fixos nos meus o tempo todo e aquele sorriso estonteante estampado no rosto. Eu devia estar com a maior cara de paspalha, mas eu conseguia ver mais nada no mundo além... dela.

Me levantei com dificuldade, travada como um robô velho, e logo fui envolvida nos braços dela. Um abraço quente, gostoso. Parecia que o mundo inteiro havia parado e que só existíamos nós na galáxia inteira. Uma lágrima quente brotou e escorreu pelo meu rosto e eu finalmente consegui voltar a respirar novamente.

— Lo...- murmurei sentindo aquele arrepio me percorrer outra vez.

— Oi, meu amor. – ela riu feliz com o rosto enterrado em meus cabelos.

— Parece que tem muita gente se encontrando nesse saguão. – Dinah comentou ao fundo, e Machine respondeu algo, mas eu não prestei a mínima atenção, nem olhei em volta.

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