27. Train

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Quem é vivo sempre aparece não é mesmo? Espero que vocês ainda estejam por aqui, tão ansiosos por Away quanto eu estou pelo feedback de vocês.  Me perdoem pelos quase 1 ano e meio entre um cap e outro, de coração :/ ...muuuitas coisas aconteceram nesse meio tempo, mas cá estou.
Eu lembro de ter dito que faltavam um ou dois caps pra acabar a história, mas conforme fui escrevendo vi que final de Away precisava se estender mais um pouco pra ficar redondinho....enfim...aqui está o primeiro cap depois de tanto tempo, apreciem com moderação, logo logo tem mais <3 
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"Viver é enfrentar desafios. Quem nunca enfrentou desafios, apenas passou pela vida, não viveu." - Augusto Branco

— Ih, cê tá doidona mesmo heim! - Machine exclamou alto e me abraçou por trás. - Dá aqui o meu abraço de ano novo.

— Não! Espera. - Lauren pediu encostando levemente no ombro dele. - Você perguntou se eu sou má? - seus olhos se estreitaram. - De onde veio isso, amor? - vi seu cenho franzir levemente.

— Eu.... - senti meu estômago revirar pelo nervoso ou pelo álcool... talvez os dois. - Eu não me sinto bem. - falei tapando a boca.

E essa é a última coisa que me lembro.

Acordei em casa, não sei quanto tempo depois. Talvez imediatamente, porque ALL-Y soava um alarme alto para me acordar.

Passei a mão pelo rosto e notei o motivo daquele barulho todo. Eu vomitara na cama e ela sabia que se eu permanecesse naquela posição podia morrer. Minha cabeça girava e aquele som se repetindo como uma sirene de emergência em meus ouvidos não ajudava nada.

— Já acordei, droga! - resmunguei ainda deitada.

O som persistiu e eu precisei sentar até que ALL-Y finalmente calasse a boca, ou melhor, os autofalantes.

Me recostei na parede ao lado da cama permanecendo sentada com o mínimo de esforço possível. Meu Personal vibrava insistentemente, mas eu fiz questão de ignorar.

Alguns minutos depois eu finalmente criei forças pra me levantar e olhar pra merda que havia feito. A cama parecia uma das fraldas da Sofi quando ela era nenê.

Como eu queria ter um robô doméstico, ele limparia isso pra mim rapidamente. Mas eu era meu próprio robô doméstico, então rapidamente encostei um dos meus cubos vazios no lençol e toda aquela nojeira ficou guardada lá dentro, exatamente como aconteceria com uma roupa normal. Amém tecnologia!

Depois eu levaria aquilo ao andar de lavanderia do prédio...ou talvez eu só jogasse fora.

O Personal continuava a vibrar, mas eu não tinha cabeça pra falar nada com ninguém no momento, ainda mais sabendo a possível confusão que eu iniciara na festa. Deixa eles conversarem.

Desativei todas as notificações, ajeitei novamente a cama e, cambaleante e relutante, fui tomar um banho rápido. Alguns minutos depois já estava jogada de volta na cama, e assim permaneci pelas próximas horas em um sono cansado e estranho.

Quando acordei minha cabeça parecia prestes a explodir, então pedi pra ALL-Y ler minhas mensagens de modo que eu não precisasse forçar a vista.

Parece que eu dormi um bom tempo, o sol começava a sair quando mudei o tom do vidro das janelas, deixando-o mais transparente. ALL-Y lia as mensagens de preocupação dos dois, eram várias e haviam ligações também. Meu amigo dizia que viria ao meu apartamento se ainda não tivesse uma resposta quando acordasse pela manhã. Lauren se sentia culpada por não ter conseguido cuidar de mim e por "não ter tido tato para lidar com a minha inexperiência em relacionamentos". Que?

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