Capítulo 10

1.8K 133 0
                                    

    

        - Nos deixe sair daqui, sua bruxa! - Gritei,  ainda escondendo a varinha.

         - Não se preucupe quanto à isso. Amanhã será outro dia. Quem sabe o dia do sacrifício? - Ela deu uma risada maléfica que fez com que minhas pernas tremessem.

        Eu queria saber como usar a Varinha, mas não fazia a menor idéia, e sabia que não tinha muito tempo.

       Enquanto eu estava pensando no que fazer, Jorge me olhou e fez um gesto discreto para que eu passasse o objeto à ele. Não hesitei,  e lentamente pelas costas fui passando a Varinha até chegar em suas mãos. Mas como ele sabia como usar?

        -É o seguinte - disse Jorge, apontando a Varinha para Catarina.- Você vai fazer tudo que eu e Anna mandar você fazer.

  

        - Você está maluco! Vai colocar tudo a perder, qual seu problema? Acha que essa coisa funciona assim? Idiota! - protestei. Era mais do que óbvio que essa coisa não funciona assim.

         Catarina olhou para a Varinha como se fosse uma mina de ouro. Seus olhos brilharam como diamantes.

      

         - Dei-me isso garoto.

         - Vai sonhando.  Nunca,  só passando por cima do meu cadáver.

  

         - Se não fosse proibido matar você antesvda hora, eu ja o tinha matado com um estalar de dedos. Garoto burro! - disse Catarina,  se aproximando de Jorge para pegar a Varinha.

       Eu pensei que não teríamos mais chances. Que estava tudo acabado. Mas quando Catarina estava próxima o bastante de Jorge, ele enfiou a varinha em sua barriga, fazendo-a cair de joelhos e gemer de dor.

        - tcha- zã. Acho que é essa a palavrinha mágica.  Ou quem   sabe. .. adeus. - brincou Jorge, mas eu sabia que isso não ia segurar Catarina por muito tempo, logo ela ia usar a magia para se curar. Com isso, não tínhamos muito tempo.

       - Isso foi nojento.  Mas não podemos perder tempo aqui.  Vamos sair logo. - Eu disse. Quando Jorge tirou a Varinha de dentro da barriga de Catarina, fez meu estômago se embrulhar. Seu sangue era preto e pastoso. Tudo naquela mulher era preto. A cor das sombras. Como se ela vivesse na escuridão e transmitisse isso para quem estava ao seu redor.

       - Eca! -disse Jorge- Você tem razão.  Vamos logo sair daqui...

       - Seus desgraçados. Vocês não iram muito longe, vou achar você garota e essa jóia muito antes do que você possa imaginar... - Disse Catarina, interrompendo Jorge.

       Saimos e Catarina continuava falando. Trancamos a porta do quartinho com ela la dentro e corremos o mais rápido que conseguimos para fora do quarto que antes era meu.

Princesa de GodavaOnde histórias criam vida. Descubra agora